À medida que 2022 vai chegando ao fim, torna-se óbvio que o Bitcoin (BTC) está prestes a fechar um dos piores de seus 13 anos de história. Salvo um inesperado rali de Natal, o Bitcoin deve fechar o ano com perdas superiores a 60%. Se confirmado, será o segundo pior desempenho do preço do BTC em uma década.
Trata-se do típico caso de uma exceção que confirma a regra, pois nos últimos 10 anos, o Bitcoin fechou no vermelho apenas três vezes – 2014,2018 e 2022 –, de acordo com dados divulgados pelo estrategista de investimentos e adepto das criptomoedas Raoul Pal em uma postagem publicada no Twitter na terça-feira, 13.
Interesting to see that in the last 10 years BTC has been the best-performing asset in 7 out of those 10 years. In the years it wasn't the best performing, it was the worst performing!
— Raoul Pal (@RaoulGMI) December 13, 2022
However, since 2013:
BTC is up 114,00%
NDX +392%
SPX +203%
Fed Balance Sheet +201%#Bitcoin pic.twitter.com/vYa2rBPv0f
É interessante observar que nos últimos 10 anos o BTC foi o ativo com melhor desempenho em 7 desses 10 anos. Nos anos em que não teve o melhor desempenho, registrou o pior desempenho!
No entanto, desde 2013:
BTC subiu 114.000%
NDX +392%
SPX +203%
Balanço Fed +201%
#Bitcoin
— Raoul Pal (@RaoulGMI)
Um ativo de extremos
Os dados compartilhados por Pal mostram que o Bitcoin costuma se posicionar entre os dois extremos. Acumulou ganhos exponenciais nos sete anos de altas, e perdas massivas nos três anos de desempenho negativo.
As piores performances do Bitcoin coincidem com os anos reconhecidos por fortes invernos criptos. Pal utiliza o Bloomberg Bitcoin Galaxy Index para medir o desempenho da maior criptomoeda do mercado nos últimos 10 anos.
Os resultados mostram que em 2014, o Bitcoin fechou o ano com perdas de 57,51%, enquanto em 2018, a desvalorização chegou a 74,28%. Até agora em 2022, o prejuízo encontra-se em torno de 62%.
Em contraste, até hoje o ano de melhor desempenho do preço do BTC em uma década foi o de 2013, quando valorizou 5.413%, seguido por 2017, com uma alta de 1.403% e 2020, com um crescimento de 306%.
Em 2021, quando registrou sua máxima histórica atual de US$ 69.000, o preço do BTC teve um crescimento anual de apenas 58%, de acordo com o Bloomberg Bitcoin Galaxy Index.
Os dados mostram a importância de os investidores buscarem exposição ao ativo em momentos como o que o mercado está atravessando agora, quando o Bitcoin está flertando com as mínimas do ciclo de baixa, para maximizar os seus ganhos.
Quem tivesse segurado Bitcoins comprados no início de 2013, mesmo com a forte queda de 2022 teria obtido um rendimento de 114.000%.
Como destacou o analista da Ativa Investimentos, Felipe Vella, em uma entrevista concedida ao Cointelegraph Brasil, o melhor momento para comprar Bitcoin é no auge do inverno cripto:
"Possivelmente, a gente esteja vivendo essa consolidação de fundo e este é o melhor momento para investir no Bitcoin. Não adianta a gente querer se posicionar no ativo depois que ele cresceu mais de 200%, 300%."
Por sua vez, um modelo matemático criado pela Pantera Capital aponta que, historicamente, a valorização do Bitcoin tende a diminuir a cada novo ciclo de alta. Com base no desempenho do ativo em ciclos anteriores, o fundo de investimento em criptomoedas prevê que o preço do BTC atinja uma nova máxima histórica em torno de US$ 148.000 em meados de 2025.
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