Resumo da notícia
Bitcoin rompe padrão e sinaliza ciclo diferente dos anteriores.
Liquidez menor pressiona preços, mas fundamentos seguem positivos.
Medo extremo cria zonas raras de acumulação estratégica.
Esta sexta, 14 de novembro, marcou mais um capítulo tenso no mercado cripto, porque o Bitcoin rompeu seu comportamento histórico e reacendeu um debate sobre o futuro do ciclo atual. O preço caiu para a US$ 96 mil, e essa oscilação chamou atenção porque o movimento contrariou padrões vistos em ciclos anteriores. Ainda assim, dados recentes mostram que o momento, embora negativo, pode abrir espaço para uma nova fase de alta.
O relatório da 21Shares destacou que o mercado segue em reajuste de meio de ciclo, e isso manteve Bitcoin e Ethereum presos em faixas estreitas. Mesmo assim, as vendas de longo prazo pesaram muito, já que mais de 405 mil BTC mudaram de mãos, somando quase US$ 40 bilhões em um mês. Além disso, a forte redução da alavancagem enfraqueceu a pressão compradora e expôs o mercado a quedas rápidas.
A capitalização total caiu cerca de 21% desde outubro, o que derrubou o valor de US$ 3,9 trilhões para US$ 3,1 trilhões. Porém, os analistas descrevem esse movimento como uma retração ordenada, não como um caos. Além disso, parte relevante do capital recuou para Bitcoin e stablecoins, que atingiram um novo recorde de US$ 300 bilhões em oferta. Ao mesmo tempo, as altcoins ficaram bem abaixo do Bitcoin, mas muitas delas criaram zonas interessantes de desconto.
Fim do ciclo de 4 anos
Esse comportamento amplia a discussão sobre o fim do tradicional ciclo de quatro anos. Isso acontece porque o pós-halving atual divergiu de forma clara dos ciclos anteriores, que dependiam quase totalmente da oferta menor dos mineradores. Agora, fatores como ETFs, adoção institucional e acumulação estatal criaram um Bitcoin mais maduro e mais sensível à liquidez global, não apenas à escassez.
No curto prazo, o mercado observa a média móvel de 50 semanas na região de US$ 102.900. Um fechamento forte abaixo desse ponto poderia abrir caminho para testes entre US$ 90 mil e US$ 95 mil. Mesmo assim, analistas afirmam que isso seria um inverno curto, porque mais de US$ 1,7 bilhão em alavancagem sumiu em apenas 24 horas, reduzindo a pressão especulativa.
Do lado positivo, segundo a empresa, muitos catalisadores agora se alinham. A volta da agenda regulatória nos EUA, a fila de mais de 100 ETFs aguardando aprovação, a possível acumulação estatal prevista no BITCOIN Act e o fim do aperto monetário podem reacender o apetite por risco. Além disso, o forte rally do ouro pode repetir o padrão de 2020, quando o metal antecipou a alta explosiva do Bitcoin.
O sentimento está em “Medo”, com pontuação 27 no Índice de Medo e Ganância, e esse nível costuma marcar zonas de acumulação. Além disso, o mercado de derivativos aponta maior volume de posições vendidas, cenário comum antes de fundos importantes.
Com menos pressão vendedora e mais liquidez no horizonte, o Bitcoin pode tentar recuperar US$ 110 mil até o fim do ano. Enquanto o preço permanecer acima de US$ 100 mil, a estrutura de longo prazo segue firme e aponta que uma nova fase pode estar próxima.”, afirmou a empresa.