Resumo da notícia
Saídas de US$ 471 milhões de ETFs geram pressão vendedora no mercado.
Baleias movimentam 281 BTC e aumentam remessas para exchanges.
Bitcoin consolida entre US$ 108 mil e US$ 116 mil, com tendência neutra.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
10h50
Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual
O mercado cripto opera em queda nesta manhã, mesmo após o corte de juros pelo Fed. O movimento já estava precificado, mas houve um ponto positivo relevante: o banco central anunciou o fim do quantitative tightening (QT) a partir de dezembro. Desde 2022, o balanço de ativos do Fed encolheu cerca de US$ 2,4 trilhões (~26% da máxima). Encerrar essa drenagem de liquidez adiciona suporte estrutural para os criptoativos, que são especialmente sensíveis às condições de liquidez.
Por outro lado, o discurso de Powell elevou a incerteza de curto prazo. Ele mencionou divergência no comitê para dezembro, escassez de dados e a dificuldade de navegar durante o shutdown, levando à reprecificação da curva de juros e derrubando a probabilidade de novo corte em dezembro para abaixo de 70%.
Já o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping trouxe alívio apenas parcial. A tarifa de 100% não será implementada, a alíquota média sobre a China recua de 57% para 47% e houve acordo de um ano sobre exportação de terras raras. O acerto tende a estabilizar as relações, mas não resolve divergências estruturais que ainda precisam ser endereçadas para reduzir o grande déficit dos EUA com a China, que originou a disputa.
Apesar do cenário construtivo no médio e longo prazo, no curto a volatilidade deve persistir até que os fluxos via ETFs e tesourarias corporativas melhorem ou surjam novos catalisadores claros para a classe de ativos.
10h30
Ana de Mattos, analista técnica e trader parceira da Ripio
Após atingir a máxima de US$ 116.400 na última segunda-feira (27), o preço do Bitcoin recuou e atingiu a mínima, até o momento desta publicação, de US$ 107.925. Essa faixa de preço trata-se de uma importante região de liquidez com demanda compradora, portanto, essa faixa de preço pode atuar como suporte de curto prazo. O suporte de médio prazo está na faixa dos US$ 105.000.
Se entrar fluxo comprador revertendo o movimento, as resistências de curto e médio prazo do preço do Bitcoin estão nas regiões de liquidez dos US$ 112.500 e US$ 118.700.
9h30
Guilherme Prado, country manager da Bitget O Bitcoin inicia o dia sob forte cautela, pressionado pelo realinhamento das expectativas macroglobais.
Após o corte de 25 pontos-base pelo Fed — já amplamente precificado — o discurso cauteloso de Jerome Powell trouxe incerteza sobre o ritmo futuro de afrouxamento monetário, o que levou a uma reprecificação rápida dos ativos de risco. Com a inflação persistindo em torno de 3% e o dólar retomando força, o BTC perdeu tração e volta a testar níveis críticos de suporte na região de US$ 110 mil.
No campo estrutural, o avanço da institucionalização segue como um pilar importante — evidenciado pelo interesse contínuo em ETFs, incluindo novas alternativas como o de Solana com staking. Contudo, neste momento, esse fluxo atua mais como amortecedor de médio e longo prazo do que como catalisador imediato, insuficiente para neutralizar o ambiente global de aversão ao risco.
A faixa entre US$ 108 mil e US$ 110 mil se torna, agora, um ponto de defesa essencial. A perda desse suporte pode acelerar movimentos em direção aos US$ 105 mil, enquanto uma reação positiva abre espaço para uma recuperação rumo aos US$ 112 mil–US$ 115 mil. No curto prazo, o mercado parece focado em digestão macro e desalavancagem, sinalizando que, por ora, o conservadorismo prevalece sobre o apetite ao risco em cripto.
9h10
Timothy Misir, analista da BRN
Tecnicamente, o BTC testa a faixa de suporte entre US$ 107 mil e US$ 109 mil, região considerada crítica para evitar uma correção mais profunda até US$ 104 mil. A resistência continua firme em US$ 117 mil, zona onde investidores realizam lucros e travam novas altas.
O tom mais duro de Powell surpreendeu o mercado menos pela decisão em si e mais pela incerteza sobre os próximos passos. O dólar ganhou força, os rendimentos dos Treasuries subiram e os ativos de risco, como criptomoedas e ações, sentiram a pressão.
Os derivativos mostram uma redução no endividamento, com liquidações relevantes e taxas de financiamento em queda — um sinal de que o mercado está se ajustando. No entanto, a falta de novos fluxos institucionais mantém o Bitcoin vulnerável a movimentos bruscos.
Nos dados on-chain, os saldos das exchanges continuam baixos, o que ainda indica um ambiente estruturalmente positivo. Mesmo assim, o volume de transferências caiu durante o comunicado do Fed, refletindo cautela dos investidores.
No campo macro, o encontro entre Donald Trump e Xi Jinping trouxe alívio momentâneo aos mercados globais. Ambos os líderes classificaram as negociações como “produtivas” e sinalizaram uma trégua nas tensões comerciais, o que pode suavizar o impacto do tom duro do Fed.
Em resumo, o mercado de criptomoedas enfrenta um cenário de volatilidade impulsionada por liquidez e política monetária. Powell cortou juros, mas retirou a previsibilidade — e isso pesa mais do que o próprio corte.
Enquanto os fluxos de ETF não se recuperarem e os rendimentos dos títulos seguirem altos, o Bitcoin tende a permanecer pressionado. A recomendação é clara: reduzir risco, manter caixa disponível e aguardar sinais claros de demanda antes de novas entradas.
8h30
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta quinta-feira, 30/10/2025, está cotado em R$ 591.063,53. O preço do BTC caiu para US$ 108 mil, mas conseguiu recuperar parte do valor e voltou para US$ 110 mil, embora os traders ainda estejam pessimistas com o ativo.
Por que o preço do Bitcoin caiu hoje?
A retração ocorre após uma sequência de altas que levou o ativo a testar resistências próximas dos US$ 113 mil, mas sem força para romper esse patamar. A combinação de lucros realizados por baleias, fluxos negativos em ETFs e incertezas macroeconômicas ajudou a pressionar os preços no curto prazo.
O principal gatilho da queda foi a retirada de US$ 471 milhões de fundos ETFs de Bitcoin à vista. Trata-se da maior saída institucional em um único dia desde o primeiro trimestre de 2025, segundo o portal CoinSpeaker. Nenhum dos 12 fundos ativos registrou novas entradas, o que indica uma mudança de sentimento entre os investidores institucionais.’ disse Mike Ermolaev, analista e fundador da OutsetPR
Essa fuga de capital equivale à venda indireta de aproximadamente 4.278 BTC, o que aumenta a pressão no mercado à vista. Além disso, os ETFs de Ethereum também apresentaram saídas de US$ 81 milhões, ampliando o clima de aversão ao risco. A falta de apetite dos fundos ocorre em meio à expectativa pela ata do FOMC, marcada para 1º de novembro, quando o Federal Reserve pode dar sinais sobre futuros cortes de juros.
Enquanto o mercado aguarda, muitos gestores preferem reduzir exposição a ativos voláteis como o Bitcoin, buscando proteção em títulos do Tesouro americano.
Outro fator que pesou sobre os preços foi a distribuição de grandes carteiras. Dados da CryptoQuant mostram que a razão de baleias na Binance (Binance Whale Ratio) subiu para 0,41, a maior desde 12 de outubro. Esse indicador revela que os grandes investidores voltaram a movimentar moedas para exchanges, um comportamento típico de realização de lucros.
A SpaceX, por exemplo, transferiu 281 BTC para novas carteiras via Coinbase Prime, dentro de um volume de US$ 432 milhões movimentados em outubro. Embora as transferências sejam de custódia e não de venda direta, o aumento geral das remessas para corretoras mostra que os investidores institucionais estão se preparando para ajustar posições antes dos próximos dados econômicos.
Rejeição técnica reforça o pessimismo
No gráfico, o Bitcoin falhou em romper a resistência de US$ 113 mil, nível que coincide com a retração de Fibonacci de 23,6%. O RSI (Índice de Força Relativa) recuou para 44,6 pontos, indicando perda de força compradora, enquanto o MACD exibe divergência de baixa desde setembro.
Além disso, a média móvel simples de 30 dias (US$ 114,4 mil), antes suporte, agora atua como resistência, sinalizando uma inversão de tendência. Caso o preço feche abaixo de US$ 108.400, correspondente ao nível de 78,6% de Fibonacci, há risco de liquidações em cascata até US$ 101 mil.
A queda do Bitcoin representa uma realização natural de lucros após semanas de alta, mas também expõe a fragilidade do mercado à vista diante da volatilidade macroeconômica. Apesar de operadores de derivativos terem adicionado US$ 5,2 bilhões em posições em aberto, sinalizando otimismo de curto prazo, a convicção no mercado spot diminuiu.
Tudo agora depende de dois fatores: o comportamento das baleias e a política do Fed. Se o banco central americano adotar uma postura mais agressiva nos juros, o fluxo de liquidez pode secar e empurrar o Bitcoin abaixo dos US$ 105 mil.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos abriram em alta nesta quinta-feira após o Federal Reserve cortar a taxa de juros em 25 pontos-base e sinalizar que este pode ser o último corte de 2025.
O otimismo também foi alimentado pelo encontro entre os presidentes Donald Trump e Xi Jinping na Coreia do Sul, que reacendeu esperanças de trégua comercial. A decisão do Banco do Japão é aguardada com expectativa, embora o mercado já precifique a manutenção da taxa.
O dólar recuou levemente frente ao iene, enquanto o ouro subiu para US$ 3.937/onça e os rendimentos dos Treasuries atingiram máximas de três semanas. O Bitcoin, cotado em aproximadamente US$ 110.800, apresenta uma expectativa de curto prazo neutra a levemente positiva.
O corte de juros pelo Fed e o recuo do dólar criam um ambiente mais favorável à liquidez, o que tende a beneficiar ativos alternativos como o BTC. No entanto, a sinalização de que este pode ser o último corte no ano limita o impulso imediato. A atenção agora se volta para as falas do Banco do Japão e o desdobramento da reunião entre Trump e Xi, que podem trazer volatilidade adicional.
A faixa provável de oscilação do BTC situa-se entre US$ 108.000 e US$ 113.000, com chance de rompimento para cima caso o clima global de descompressão geopolítica e monetária se confirme. Por outro lado, falas mais duras do BoJ ou falhas no diálogo EUA-China podem levar o BTC de volta à faixa de suporte entre US$ 105.000 e US$ 108.000.
Bitcoin análise técnica
O investidor conhecido como @Burning_Forest aposta em um cenário pessimista, com o Bitcoin atingindo US$ 175 mil em 2025, antes de cair para US$ 65 mil em 2027. “O realismo supera o hype”, escreveu em julho, lembrando que ciclos de euforia sempre são seguidos por longas correções.
Já o analista @nsquaredvalue, conhecido por suas projeções de ciclo, mantém uma visão oposta. Segundo ele, canais paralelos de preço indicam que o BTC pode chegar a US$ 200 mil em cerca de 170 dias. Ele aposta que há uma chance de 50% de o movimento se concretizar, com base em padrões que historicamente precedem grandes altas.
Tecnicamente, o Bitcoin permanece preso em um canal lateral desde meados de outubro. A região de US$ 108 mil serve como suporte principal, enquanto US$ 116 mil se tornou resistência imediata. Um rompimento acima desse nível pode abrir caminho para US$ 124 mil, mas uma perda de suporte pode levar o ativo a US$ 101 mil rapidamente”, destacou Paulo Aragão, apresentador do podcast Giro Bitcoin.
Segundo analistas da Glassnode, uma redução de mais de 0,5% nas participações institucionais em 30 dias pode sinalizar realização de lucros e antecipar um movimento corretivo. Por ora, o equilíbrio entre entrada institucional e saída de varejo mantém o mercado em compasso de espera.
Portanto, o preço do Bitcoin em 30 de outubro de 2025 é de R$ 591.063,53. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 30 de outubro de 2025, são: ZCash (ZEC), Memecore (M) e Aerodrome Finance (AERO) com altas de 10%, 9% e 6% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 30 de outubro de 2025, são: Plasma (XPL), Pi (PI) e Ethena (ENA), com quedas de -14%, -10% e -9% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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