A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin, está cotado na manhã desta terça-feira, 11/10/202, em R$ 99.092,87. O BTC começa mais um dia abaixo de US$ 20 mil e, neste caso, muito perto de cair novamente para US$ 18 mil.

No entanto, a principal criptomoeda do mercado segue na faixa de volatilidade que vem dominando o valor do BTC desde o crash no ecossistema Terra (LUNA) hoje Terra Classic (LUNC). Além disso o cenário macroeconômico também continua ditando os movimentos das principais criptomoedas do mercado.

Sobre este ponto, André Franco, Head da área de Research do Mercado Bitcoin, destaca que todas as atenções continuam voltadas para o índice de preços ao consumidor dos EUA, o chamado CPI, cujo relatório sai na quinta-feira (13).

"Os dados do CPI poderão trazer muita volatilidade e uma aceleração na queda do mercado caso seus números sejam ruins, caso o cenário para esses dados seja mais positivo, nós poderemos ver um ganho nos ativos de risco. Por isso os preços de bitcoin e ether continuam sem grandes movimentações no início do dia. Nos dados on-chain vimos mais 8 mil bitcoins adicionados aos investidores de longo prazo (LTH), marcando um novo recorde na métrica", aponta.

Outro ponto ressaltado pelo analista é o pagamento de 141.000 BTC para ex-clientes do Mt. Gox que ficou definido para janeiro de 2023. De acordo com o documento divulgado, os antigos clientes da Mt.Gox têm até o dia 10 de janeiro para preencher o formulário de reembolso e habilitar uma função que registra o método de pagamento que eles preferem para receber a quantia devida.

"No total devem ser pagos cerca de US$ 1,7 bilhão em dinheiro, 141.000 Bitcoins ( BTC ) e outros 142.000 Bitcoin Cash (BCH) para cerca de 10.000 clientes globalmente", destaca.

Portanto, o preço do Bitcoin em 11 de outubro de 2022 é de R$ 99.092,87

Momento é de cautela

Já Ayron Ferreira, analista chefe da Titanium Asset Management, aponta que os mercados seguem pressionados nesta manhã de terça-feira, após a surpresa com os dados do mercado de trabalho norte-americano, na sexta-feira. O resultado do Payrol mostrou uma economia em pleno emprego, portanto, que o FED terá que manter o seu discurso duro contra a inflação por mais tempo.

"Com isso, a percepção é de que ainda há espaço para mais quedas para a cotação dos ativos de risco, algo que terá muito mais chances de acontecer caso tenhamos um PPI (quarta-feira) e um CPI (quinta-feira) mais forte do que o esperado", afirma.

Segundo ele, o S&P parece ir rumo a romper uma nova mínima no ano, o que o levaria para a região de 3.400. Já o bitcoin, caso rompa a região de US$ 18.600, patamar de suporte mais próximo, pode levar a uma liquidação dos comprados e levar o preço a testar a mínima do ano, em US$ 17.700.

"Os ativos de risco vivem um momento tenso, que ainda pode demorar para acabar. Um respiro maior tende a ocorrer somente quando o FED estiver realmente prestes a “pivotar”, conforme ansiado por tantas pessoas. Algo que ainda deve demorar mais alguns meses para acontecer. É esperado que a taxa de juros chegue a 5% no primeiro trimestre de 2023. Logo, teríamos espaço para, pelo menos, mais três altas de 0,75 pontos nas próximas reuniões de política monetária", afirma.

Ele tmbém destaca que para o investidor, é necessário paciência e cautela, pois o mundo vive um momento macroeconômico a muito tempo não visto, ou seja, um processo de contratação nas condições financeiras, em um ambiente acostumado com a abundância de liquidez, com taxa de juros negativas e majoritariamente movido a incentivos econômicos.

Mudanças muitas vezes não são bem aceitas, mas são necessárias, para consertar os exageros. Nesta manhã, o dolár-americano segue forte ao redor do mundo, com o DXY subindo 0,13%, aos 113,40 prs. Já os índices futuros de NY caem 0,80%, aos 3.595 pts, o bitcoin cai 0,97%, aos US$ 19.097 e o VIX sobe 3,61%, aos 33,62 pts.

Tudo pode acontecer

Uma análise do Cointelegraph na atividade no livro de pedidos da Binance, o recurso de análise on-chain "Material Indicators" previu um surto de comportamento de preços comparativamente volátil em linha com “um aumento no volume de lances e atividade de baleias”.

Uma impressão adicional do livro de pedidos BTC/USD mostrou a construção de suporte adicional entre US$ 19.000 e US$ 19.200, posições que se mostraram não confiáveis ​​devido à ação do preço posterior.

Gráfico

Dados do livro de pedidos BTC/USD em 10 de outubro (Binance). Fonte: Indicadores de Materiais/ Twitter

Assim, o popular trader Crypto Tony permaneceu firmemente do lado da cautela, preferindo vender BTC no dia.

“Não ficarei nem um pouco otimista até vermos uma quebra sólida da linha de tendência de baixa”, disse ele aos seguidores do Twitter ao lado de um gráfico de preços:

Cada pequeno solavanco fica excessivamente otimista. Não é um bom sinal na minha opinião.. Shorts são a prioridade no momento.

Gráfico

Gráfico anotado BTC/USD. Fonte: Crypto Tony/ Twitter

Como o Cointelegraph relatou, US$ 19.000 continua sendo uma zona de preço extremamente influente para aqueles que estão de olho no mercado, representando a base geral de custo agregado nas categorias de investidores.

Com o consenso geral a favor de um novo rebaixamento, aqueles que acreditavam que o último fundo macro do Bitcoin - a reversão de US$ 17.600 em junho - iria durar, eram poucos e distantes entre si.

Entre eles estava o popular trader Crypto Kaleo, que argumentou que o mercado já estava na “fase de acumulação” do estilo Wyckoff, que segue o fundo.

Como tal, aqueles que pedem o quarto trimestre de 2022 para espelhar a sequência inferior do mercado de baixa de 2018 ficariam desapontados.

“Estou vendo mais comparações de fractais do mercado de urso de 2018 sendo usadas para esse intervalo, e realmente não sou fã da ideia”, comentou Kaleo:

Na minha opinião, já vimos esse grande colapso. Estamos na fase de acumulação. O Mark Up vai pegar todos desprevenidos.

Bitcoin

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla. 

O Bitcoin não pode ser impresso e a sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimo sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas razoáveis sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e corporações. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, impor taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente). Esse ledger contém todas as transações processadas. Os registros digitais das transações são combinados em "blocos". 

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um ledger público, um erro ou uma tentativa de fraude podem facilmente ser detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A autenticidade de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes às dos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletem as posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão