Resumo da notícia
André Franco: “Mercados asiáticos operam com volatilidade, e o dólar forte limita o potencial de alta do Bitcoin.”
Paulo Aragão: “Fechamento abaixo de US$ 120 mil pode levar o BTC a US$ 116 mil.”
Timothy Misir: “Essa não é uma fase de distribuição, mas de acumulação institucional.”
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Preço do Bitcoin ao Vivo
9h05
Marco Aurélio Moreira, CIO Vault Capital
O Bitcoin continua em uma fase de consolidação, operando dentro de um intervalo mais estreito após semanas de alta intensidade. As ordens de venda seguem concentradas nas regiões próximas às máximas históricas, enquanto há forte presença de compras entre 117 e 119 mil dólares, níveis que têm funcionado como um piso natural para o mercado.
Enquanto o preço se mantiver acima dos 118 mil dólares, a estrutura de curto prazo ainda é considerada positiva. Esse patamar tem servido como linha de sustentação, onde compradores mostram disposição para defender posição. Caso o ativo perca essa faixa, o movimento corretivo pode se intensificar, levando o preço de volta à abertura mensal, em torno dos 114 mil dólares.
No dia 10, o Bitcoin registrou mais uma máxima menor que a do dia anterior, sinalizando que a força compradora vem diminuindo gradualmente. O suporte em 121.330 foi testado diversas vezes, com o mercado chegando a se aproximar dos 120 mil dólares, mas a entrada de ordens de compra impediu quedas mais acentuadas. Mesmo assim, o ativo continua oscilando dentro do canal entre 121.300 e 123.731, região que reflete bem a indecisão dos participantes.
Neste momento, o mercado está em um ponto de equilíbrio: de um lado, investidores realizando lucro após a recente alta; de outro, novos compradores aproveitando as retrações como oportunidade. Para que o cenário volte a mostrar força, o ideal seria o preço romper com clareza a faixa dos 123.731 dólares, confirmando retomada de tendência. Se isso não acontecer e o suporte de 121.300 for perdido, o mercado pode buscar novamente a região entre 118 e 120 mil dólares, onde há grande volume de ordens de compra em corretoras como a Binance.
Um eventual recuo até esse patamar pode ser visto como uma oportunidade para o mercado “respirar”. Se houver resposta firme dos compradores, há espaço para uma nova perna de alta. O momento, portanto, é de observação e paciência: a estrutura de médio prazo continua positiva, mas o curto prazo exige atenção redobrada, principalmente à defesa dos 118 mil dólares nível que separa uma pausa saudável de uma correção mais profunda.
8h30
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta sexta-feira, 10/10/2025, está cotado em R$ 653.020,34. Os touros trabalham para segurar US$ 120 mil e evitar uma queda abaixo do suporte, o que poderia estender a liquidação até US$ 115 mil.
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos operam com volatilidade, enquanto as commodities recuam levemente após o recente rali. O índice MSCI Ásia‑Pacífico ex-Japão caiu cerca de 0,2%, pressionado pelas quedas em Wall Street e pelo fortalecimento do dólar, que se manteve próximo das máximas das últimas duas semanas.
Além disso, o iene perdeu valor frente à moeda americana, em meio a expectativas de ajustes na política monetária japonesa. O ouro, que recentemente ultrapassou US$ 4.000 por onça, apresentou leve correção. As apostas em um corte de juros pelo Fed em outubro seguem elevadas, com probabilidade precificada em cerca de 94,1%. O Bitcoin, cotado em torno de US$ 121.200, tem perspectiva de curto prazo neutra a levemente negativa.
A força do dólar limita o potencial de alta do ativo, enquanto a moderação nas commodities e o ajuste de posições nas bolsas reduzem o fluxo especulativo. Embora a expectativa por cortes de juros ainda ofereça suporte, esse fator já está amplamente incorporado aos preços. O Bitcoin tende a oscilar entre US$ 118.500 e US$ 124.000, com risco de teste de suporte caso o dólar continue se fortalecendo ou se os discursos do Fed forem considerados insuficientemente dovish.
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Bitcoin análise técnica
Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, afirma que se o BTC continuar sua correção e fechar abaixo de US$ 120.000, poderá estender o declínio em direção ao próximo nível de suporte diário em US$ 116.000.
O Índice de Força Relativa (RSI) no gráfico diário marca 58 após cair das condições de sobrecompra na segunda-feira, indicando uma possível desaceleração no momentum de alta e a probabilidade de consolidação de curto prazo. No entanto, se US$ 120.000 se mantiver como suporte e o BTC mantiver seu impulso ascendente, ele poderá estender a alta em direção à máxima recorde de US$ 126.199.
De acordo com o relatório diário da BRN Research, os ETFs de Bitcoin registraram US$ 198 milhões em entradas líquidas na quinta-feira (10), marcando o nono dia consecutivo de captação positiva. Já os ETFs de Ethereum tiveram saídas de US$ 8,54 milhões, encerrando uma sequência de oito dias de ganhos. O total de ativos sob gestão nos fundos de Bitcoin ultrapassa US$ 168 bilhões, o que representa cerca de 7% de todo o valor de mercado da criptomoeda.
O cenário macroeconômico também reforça o otimismo. A ata da reunião de setembro do Federal Reserve indicou que metade dos membros do comitê espera dois cortes adicionais de juros até o fim do ano, alimentando a percepção de que a liquidez global deve aumentar. O ouro, que superou a marca simbólica de US$ 4.000 por onça, reflete essa busca por ativos escassos e resistentes à inflação, movimento que se repete no Bitcoin.
“O mercado está claramente se reposicionando diante de uma nova fase de expansão monetária global. Bitcoin e ouro estão sendo vistos como refúgios contra a desvalorização do dinheiro estatal”, afirmou Timothy Misir, chefe de pesquisa da BRN. “Essa não é uma fase de distribuição, mas sim de acumulação institucional”, completou.
Enquanto isso, o S&P 500 segue em máximas históricas, acumulando alta de 35,5% nos últimos seis meses, o que adicionou US$ 16,5 trilhões em valor de mercado desde abril. A expansão de liquidez também se manifesta em acordos internacionais: os Estados Unidos fecharam um swap cambial de US$ 20 bilhões com a Argentina, enquanto Índia e EUA reafirmaram sua cooperação comercial em meio à disputa tecnológica com a China.
No mercado de derivativos, o open interest em futuros de Bitcoin atingiu US$ 100 bilhões, refletindo o aumento da alavancagem e da exposição institucional. Dados de opções indicam tendência otimista, com 59,57% das posições em calls, contra 40,43% em puts.
Além disso, a demanda corporativa por Bitcoin vem crescendo rapidamente. A DDC Enterprise, que recentemente migrou de um modelo de negócios tradicional para uma estratégia de tesouraria baseada em Bitcoin, anunciou uma nova captação de US$ 124 milhões para expandir suas reservas em BTC.
“O movimento das empresas é fundamental. Cada vez mais companhias estão vendo o Bitcoin como parte da sua estratégia financeira de longo prazo, e isso muda completamente a dinâmica de oferta e demanda”, analisou Misir.
Do ponto de vista técnico, o suporte entre US$ 120 mil e US$ 121 mil segue firme, sustentado por forte concentração de custo-base on-chain e compras via ETFs. Um rompimento decisivo acima de US$ 124 mil pode abrir caminho para um novo avanço rumo a US$ 130 mil–135 mil ainda em outubro.
Segundo Misir, “cada correção tem servido apenas para fortalecer a base do próximo movimento de alta. O mercado está líquido, calmo e estruturalmente otimista”.
Portanto, o preço do Bitcoin em 10 de outubro de 2025 é de R$ 653.020,34. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 10 de outubro de 2025, são: ZCash (ZEC), Bittensor (TAO) e Litecoin (LTC), com altas de 27%, 15% e 11% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 10 de outubro de 2025, são: DoubleZero (2Z), Mantle (MNT) e Aster (ASTER), com quedas de -14, -13% e -10% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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