Resumo da notícia
Bitcoin volta a US$ 112 mil após liquidações e compras de baleias.
Regulação e ETFs reforçam confiança institucional e impulsionam o mercado.
Derivativos em foco: funding negativo gera short squeeze e liquida US$ 570 milhões.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
8h30 -
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta terça-feira, 30/09/2025, está cotado em R$ 601.041,00. Apesar do retorno para US$ 114 mil os touros não conseguiram segurar a alta e agora lutam para não perder US$ 112 mil.
Bitcoin análise macroeconômica
“Os investidores estão de olho em uma possível retração com uma nova lacuna na CME em US$ 110 mil .Ainda assim, as vibrações macroeconômicas sugerem outro forte “Uptober” para as criptomoedas”, afirma Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que os mercados asiáticos avançaram modestamente em meio a preocupações persistentes com um eventual shutdown do governo dos Estados Unidos, que poderia atrasar a divulgação de dados-chave como o relatório de empregos.
Desse modo, o ouro atingiu nova máxima, impulsionado pela busca por ativos seguros, enquanto o petróleo recuou diante das expectativas de aumento na produção da OPEP+. A China voltou a registrar contração na manufatura, reforçando o ambiente global de incerteza. Já o Bitcoin avançou e está atualmente cotado em US$ 114.400, com expectativa de curto prazo tendendo a ser neutra a levemente positiva.
A forte valorização do ouro e o risco de interrupção na divulgação de dados macroeconômicos nos EUA oferecem suporte ao BTC como ativo alternativo. No entanto, o fortalecimento pontual do dólar e a ausência de catalisadores concretos podem limitar movimentos mais expressivos. Se o shutdown se confirmar ou surgirem novos ruídos, o Bitcoin pode testar o suporte na faixa de US$ 112.000–113.000. Por outro lado, caso haja notícias favoráveis ou reforço de um ambiente dovish, o BTC pode buscar resistências próximas de US$ 116.000.”, disse.
ETFs
De acordo com um relatório da Coinshares, os produtos de investimento em ativos digitais registraram saídas de US$ 812 milhões na última semana, à medida que as expectativas para dois cortes de juros nos Estados Unidos em 2025 perderam força. O movimento ocorreu após a divulgação de dados macroeconômicos mais fortes que o esperado, especialmente as revisões do PIB e dos bens duráveis.
Apesar do recuo, o acumulado de entradas permanece robusto: já são US$ 4 bilhões apenas em setembro e US$ 39,6 bilhões no acumulado do ano (YTD), mantendo o ritmo para possivelmente igualar o recorde histórico de US$ 48,6 bilhões de 2024.
Do ponto de vista geográfico, os Estados Unidos concentraram a maior parte das saídas, com US$ 1 bilhão no período. Em contrapartida, outras regiões demonstraram resiliência, lideradas pela Suíça (US$ 126,8 milhões), Canadá (US$ 58,6 milhões) e Alemanha (US$ 35,5 milhões).
O Bitcoin registrou saídas de US$ 719 milhões, mas sem aumento proporcional na demanda por produtos vendidos a descoberto (short Bitcoin). Isso sugere que o sentimento negativo tem baixa convicção e pode ser temporário.
O Ethereum também sofreu, com saídas de US$ 409 milhões na semana. O resultado praticamente estagnou o acumulado de US$ 12 bilhões em 2025, já que o fluxo líquido de setembro foi de apenas US$ 86,2 milhões.
Na contramão, a Solana foi o grande destaque, com entradas de US$ 291 milhões, seguida pelo XRP, que recebeu US$ 93,1 milhões. Segundo analistas, o movimento pode estar ligado à expectativa pelo lançamento de novos ETFs de criptoativos nos EUA.
Bitcoin análise técnica
“Estamos vendo compradores defenderem agressivamente a região dos US$ 110 mil. Essa força compradora dá sustentação ao cenário positivo, embora a confirmação só virá com um rompimento claro de US$ 116 mil”, explicou Timothy Misir, head de pesquisa da BRN.
Apesar da recuperação, ele destaca que a convicção ainda é limitada. Dados on-chain mostram sinais de estresse, derivativos mantêm postura defensiva e tensões geopolíticas seguem latentes.
“Há espaço para ganhos no médio prazo se a liquidez continuar fluindo. Mas, no curto prazo, o mercado segue dos traders: ranges, rompimentos e reversões rápidas. O melhor é manter cautela, reduzir alavancagem e só aumentar a exposição após uma confirmação acima de US$ 116 mil”, concluiu Misir.
Uma análise da Bitfinex aponta que do ponto de vista de ciclo, os fluxos de capital realizados mostram a força estrutural deste bull market. Desde janeiro de 2023, o Bitcoin já recebeu US$ 678 bilhões em novos aportes, volume 1,8x maior que o de todo o ciclo anterior, impulsionado pela adoção institucional e pelo aumento da liquidez do mercado.
Diferente de fases passadas, este ciclo avançou em três grandes ondas de valorização, cada uma seguida por fortes realizações de lucro, quando mais de 90% das moedas movimentadas estavam em território positivo.
“Investidores de longo prazo já venderam 3,4 milhões de BTC — número superior ao de todos os ciclos anteriores —, mostrando a maturidade desse grupo e a intensidade da rotação de capital que sustenta o mercado atual. Com a terceira onda de vendas perdendo força, o cenário aponta para uma fase de resfriamento e consolidação dos ganhos antes de um possível novo período de alta”, afirma a empresa.
Já Sarah Uska, analista de criptoativos do Bitybank, destaca que com fluxo mais fraco para ETFs, sentimento em queda e incertezas macroeconômicas, os investidores tendem a agir com cautela.
Para quem tem visão de longo prazo, esses momentos de medo podem gerar boas oportunidades, mas exigem atenção redobrada aos próximos dados econômicos e aos sinais vindos dos EUA, que seguem sendo decisivos para o rumo do mercado cripto.", aponta.
Portanto, o preço do Bitcoin em 30 de setembro de 2025 é de R$ 601.041,00. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 30 de setembro de 2025, são: Sonic (S), Monero (XMR) e DeXe (DEXE), com altas de 24%, 18% e 11% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 30 de setembro de 2025, são: Plasma (XPL), Story (IP) e Immutable X (IMX) com quedas de -18%, -10% e -9% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.