Resumo da notícia
Saídas de ETFs de Bitcoin somaram US$ 258 milhões, maior fluxo negativo desde agosto.
Liquidações em derivativos ultrapassaram US$ 465 milhões, ampliando o “long squeeze”.
Pressão macroeconômica: tarifas anunciadas por Trump e dólar mais forte aumentaram a aversão ao risco.
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Preço do Bitcoin ao Vivo
8h30 -
O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta sexta-feira, 26/09/2025, está cotado em R$ 586.604,81. Os ursos estão no controle e derrubaram o preço do BTC em mais de 2%. Se a queda se aprofundar, os ursos podem testar US$ 105 mil.
Por que o preço do Bitcoin caiu hoje?
Um dos principais gatilhos para a baixa veio dos ETFs de Bitcoin à vista, que registraram uma saída líquida de US$ 258 milhões em 25 de setembro. O destaque ficou para o FBTC, que sozinho perdeu US$ 115 milhões. Esse foi o maior fluxo negativo em um único dia desde agosto, e trouxe forte sinal de cautela por parte dos investidores institucionais.
A perda de recursos nos ETFs enfraquece a pressão compradora, essencial para sustentar altas expressivas. O patrimônio sob gestão ainda soma US$ 144 bilhões, mas permanece 6% abaixo do pico de agosto, o que reforça a percepção de perda de confiança diante da incerteza macroeconômica global. Caso os fluxos negativos continuem, novas quedas podem se consolidar.
O gráfico também mostra sinais preocupantes. O Bitcoin rompeu o nível psicológico de US$ 110 mil, caindo abaixo de sua média móvel simples de sete dias, fixada em US$ 113.408. Indicadores técnicos confirmam a pressão: o histograma MACD em -549 indica força vendedora, enquanto o RSI em 36 se aproxima da zona de sobrevenda, mas ainda sem reação consistente.”, afirma Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR.
Traders algorítmicos e fundos quantitativos intensificaram vendas a partir da quebra desse suporte, acionando ordens automáticas de venda. A análise da Matrixport aponta para a formação de um padrão triangular simétrico, sugerindo alta volatilidade nos próximos dias. As projeções destacam que as zonas de US$ 105 mil a US$ 106 mil devem servir como próximo suporte, enquanto um fechamento acima de US$ 110,5 mil poderia reverter o cenário.
O terceiro fator que ampliou a baixa foi a onda de liquidações no mercado de derivativos. Dados da Bitget indicam que as posições longas liquidadas somaram US$ 465 milhões em apenas quatro horas. O interesse em aberto, por outro lado, subiu 7%, alcançando US$ 1,1 trilhão, o que mostra que os traders continuam alavancados e dobrando as apostas de baixa.
Esse ambiente gerou um clássico “long squeeze”, em que a liquidação forçada de posições compradas acelera a pressão vendedora. Ao mesmo tempo, o Índice de Medo e Ganância caiu para 32, entrando na zona de “medo”. Com isso, muitos investidores de varejo venderam em pânico, buscando liquidez rápida para reduzir perdas.
“Com isso, o BTC está pairando logo acima do seu nível de suporte. Se esse nível se mantiver, o Bitcoin poderá subir para US$ 112.000 . Em caso de colapso, o BTC testará novamente a região de suporte de US$ 101.000 antes da reversão”, afirma Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin
Bitcoin análise macroeconômica
André Franco, CEO da Boost Research, afirma que as bolsas asiáticas recuaram após o presidente Donald Trump anunciar novas tarifas que entram em vigor em 1º de outubro, incluindo 100% sobre medicamentos de marca, 25% sobre caminhões pesados e 30% sobre móveis estofados.
O setor farmacêutico foi o mais afetado, puxando os índices para baixo. Além disso, a expectativa por cortes agressivos de juros pelo Federal Reserve perdeu força após dados econômicos resilientes nos Estados Unidos, incluindo a revisão positiva do PIB. O dólar se fortaleceu e os futuros americanos caíram levemente, enquanto os investidores voltam suas atenções para o índice de inflação PCE, que será divulgado ainda hoje.
O ambiente geral é de cautela em relação a ativos de risco. Já o Bitcoin, negociado em torno de US$ 109.400, apresenta expectativa de curto prazo negativa. A valorização do dólar e a redução das apostas em cortes agressivos de juros pressionam os ativos de risco, como o BTC. As novas tarifas reforçam a aversão ao risco e reduzem o fluxo especulativo para cripto. É provável que o Bitcoin recue, testando suportes na faixa de US$ 107.000 a US$ 108.500, a menos que o PCE ou outro catalisador relevante reverta o sentimento.”, disse.
Bitcoin análise técnica
“O investidor institucional olha para os ETFs como principal porta de entrada. Quando há saídas expressivas, o mercado interpreta como sinal de cautela e reduz exposição”, explicou um analista da Bitunix.
Com o patrimônio sob gestão de ETFs ainda em US$ 144 bilhões, mas 6% abaixo do pico de agosto, a percepção é de que a confiança diminuiu diante da incerteza macroeconômica global.
No campo gráfico, o Bitcoin perdeu o suporte de US$ 110 mil, além de cair abaixo da média móvel simples de sete dias (US$ 113.408). O histograma MACD em -549 indica força vendedora, e o RSI em 36 se aproxima da zona de sobrevenda.
“Esse rompimento técnico ativou ordens automatizadas e deu força a fundos quantitativos para ampliar posições vendidas. O próximo suporte relevante está em US$ 105 mil a US$ 106 mil”, destacou o analista da Bitunix.
Segundo ele, apenas um fechamento acima de US$ 110,5 mil poderia invalidar o padrão de baixa que vem se consolidando nos últimos pregões.
O impacto mais visível ocorreu no mercado de futuros. As liquidações de posições longas somaram US$ 465 milhões em apenas quatro horas, segundo a Bitget. Ao mesmo tempo, o interesse em aberto cresceu 7%, chegando a US$ 1,1 trilhão, mostrando que a alavancagem continua elevada.
“O mercado entrou em um ciclo de long squeeze, no qual liquidações forçadas aceleram a pressão vendedora. Com o Índice de Medo e Ganância em 32, muitos investidores de varejo saíram às pressas, vendendo em pânico”, disse o analista.
Bitcoin perde força após liquidações
“O comportamento dos ETFs mostra que o apetite institucional diminuiu. Esse é um sinal claro de que parte dos grandes investidores está repensando a exposição ao mercado cripto”, disse um analista da BRN Daily.
O movimento foi acompanhado por baleias vendendo agressivamente: desde 21 de agosto, cerca de 147 mil BTC deixaram as carteiras dos maiores detentores. Ao mesmo tempo, investidores de longo prazo realizaram lucros em aproximadamente 3,4 milhões de BTC, o que aumentou a pressão de oferta.
O mercado de derivativos sofreu o impacto mais imediato. Em apenas um dia, US$ 265 milhões em posições longas de BTC foram liquidadas, desencadeando um processo de desalavancagem em larga escala.
“As liquidações em cascata criaram um efeito de ‘purga’ no mercado futuro, enquanto as opções se ajustaram defensivamente com aumento do viés e da volatilidade implícita”, explicou o analista.
Segundo ele, a concentração de contratos em vencimentos de setembro criou pontos de tensão em torno de níveis técnicos importantes, como os US$ 117 mil a US$ 118 mil, região onde há grande zona de liquidações potenciais.
Do ponto de vista gráfico, o Bitcoin tem suporte imediato no intervalo entre US$ 105 mil e US$ 110 mil, enquanto a resistência está em US$ 113.500 a US$ 116 mil. Um rompimento para cima só ganharia força com fluxo consistente de capital, mas a perda de US$ 103 mil poderia invalidar qualquer tentativa de recuperação.
“O mercado ainda não entrou em capitulação estrutural, já que cerca de 95% do suprimento de BTC segue em lucro. Mas a distribuição por grandes investidores aumenta o risco de pressão de venda”, avaliou o analista.
“O processo de desalavancagem é doloroso, mas não destrutivo. A confirmação de retomada só virá quando os ETFs estabilizarem os fluxos e o BTC recuperar a faixa dos US$ 113.500 a US$ 116 mil. Até lá, a prioridade deve ser preservação de capital, posições defensivas e disciplina no gerenciamento de risco”, concluiu o analista.
Portanto, o preço do Bitcoin em 26 de setembro de 2025 é de R$ 586.604,81. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0016 BTC e R$ 1 compram 0,0000016 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 26 de setembro de 2025, são: Plasma (XPL), Kaspa (KAS) e OKB (OKB), com altas de 45%, 2% e 1% respectivamente.
Já as criptomoedas que etão registrando as maiores baixas no dia 26 de setembro de 2025, são: Story (IP), Avalanche (AVAX) e Aster (ASTER) com quedas de -25%, -11% e -10% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão.