O preço do Bitcoin (BTC), na manhã desta sexta-feira, 20/06/2025, está cotado em R$ 585.715,84. Os touros conseguiram retomar o nível de US$ 106 mil mantendo o movimento lateral do BTC que não apresenta sinais de rompimento.

Bitcoin análise macroeconômica

André Franco, CEO da Boost Research, destaca que os mercados globais permaneceram pressionados pela intensificação do conflito entre Israel e Irã e pela postura cautelosa do Federal Reserve diante dos riscos inflacionários relacionados a tarifas, o que elevou a aversão ao risco e impulsionou o dólar para sua maior alta semanal em mais de um mês.

“O petróleo seguiu valorizado, enquanto investidores migraram para ativos de proteção como ouro e Treasuries. O Bitcoin recuou para cerca de US$ 104.600, impactado pela fuga de capital de ativos mais voláteis, embora tenha demonstrado resiliência com suporte parcial de fluxos institucionais em fundos cripto”, disse

Valentin Fournier, analista-chefe da BRN Research, destaca que o mercado segue pressionado por fatores externos, como as tensões no Oriente Médio e a falta de fluxo significativo nos ETFs de Bitcoin. Dados de alavancagem apontam que há mais investidores apostando na queda do que na alta, refletindo o clima de incerteza.

“A falta de impulso no curto prazo é clara. Mas, mesmo assim, vimos uma reação surpreendentemente resiliente nos ativos principais. Apesar da cautela generalizada, também vemos um movimento de demanda corporativa crescente e com isso, a pressão vendedora está diminuindo, e o preço do Bitcoin mostra força ao se manter acima dos US$ 104 mil.

Na visão da BRN Research, a estratégia de alocação segue assim:

  • Bitcoin: 70% – “Exposição principal. A tese de longo prazo só se fortalece.”

  • Caixa: 15% – “Para manter flexibilidade diante das incertezas.”

  • Ethereum: 10% – “Reduzimos um pouco, já que o fluxo positivo perdeu força.”

  • Solana: 5% – “Aposta tática, com chance de superar o mercado se o apetite por risco voltar.”

Bitcoin análise técnica

Mark Ermolaev, analista e fundador da OutsetPR, afirma que a retorno do BTC a US$ 106 mil revela um forte interesse comprador, além de uma estrutura técnica claramente otimista. Com isso, os olhares do mercado se voltam agora para as próximas barreiras, situadas na faixa de US$ 107 mil a US$ 108 mil, que podem ser os próximos desafios para os compradores.

“Apesar do avanço, o sentimento geral permanece cautelosamente otimista, especialmente diante das tensões geopolíticas que ainda geram incerteza no mercado global”, destacou.

Nic Puckrin, analista de criptomoedas, investidor e fundador do The Coin Bureau, afirma que os mercados em geral estão presos em um modo de espera. Petróleo, ouro, dólar americano, S&P 500 e Bitcoin aguardam ansiosamente uma resolução para o conflito no Oriente Médio.

No entanto, o que é realmente notável é que, durante todo esse tempo, o Bitcoin se manteve firmemente acima de US$ 100 mil por mais de cinco semanas. O nível de US$ 100 mil não é mais apenas um suporte, mas está sendo consolidado na mente dos investidores como preço base. É um sinal de que há consistentemente mais compradores do que vendedores no mercado, e isso se reflete no fluxo de notícias – Michael Saylor acaba de comprar mais de US$ 1 bilhão, e novas empresas de tesouraria de Bitcoin estão surgindo todos os dias. Qualquer venda de pânico por parte do investidor de varejo agora está se tornando uma saída de liquidez para os compradores institucionais.

Paulo Aragão, apresentador e fundador do podcast Giro Bitcoin, destaca que o Bitcoin iniciou uma nova fase de descoberta de preço, mesmo sendo considerado fundamentalmente subvalorizado. De acordo com o indicador 2-Year MVRV Z-Score, que historicamente aponta os estágios iniciais dos mercados de alta, o BTC ainda está longe de estar superaquecido.

Embora tenha rompido a marca de US$ 100 mil, o Bitcoin segue operando dentro de uma faixa que, segundo esse modelo, representa uma janela de forte oportunidade. Atualmente, o Z-Score se mantém próximo de +1, patamar que, em ciclos anteriores, antecedeu grandes ralis de alta, e não o final deles”, disse

Segundo ele, o mercado passou por um longo período de consolidação, onde as fases de baixa limparam os excessos e expulsaram participantes especulativos. Nesse cenário, os investidores institucionais e o chamado “smart money” intensificaram suas acumulações silenciosas, preparando-se para o próximo grande movimento.

“Agora, com o momento claramente mudando, os dados reforçam que o potencial de valorização do Bitcoin segue extremamente elevado. O ciclo atual, portanto, parece estar apenas começando”, afirma.

Fase de consolidação

Guilherme Prado, country manager da Bitget, aponta que o Bitcoin opera em fase de consolidação, mesmo diante de um cenário macroeconômico desafiador. Após o Federal Reserve manter os juros inalterados, mas adotar um tom mais hawkish, o BTC chegou a recuar, mas logo se recuperou, mostrando resiliência.

Segundo ele, no campo regulatório, o avanço do marco para stablecoins no Senado americano reforça a expectativa de maior adoção institucional no setor. Esse movimento é apoiado por um fluxo constante de compras por parte dos ETFs de Bitcoin, com destaque para o fundo da BlackRock, que já soma US$ 70 bilhões em ativos sob gestão.

Do ponto de vista técnico, o Bitcoin encontra suporte sólido entre US$ 104.000 e US$ 105.000, com resistência próxima em US$ 108.000. O RSI segue elevado, mas sem indicar sobrecompra. Um fechamento acima de US$ 108.000 pode abrir caminho para uma nova onda de valorização, mirando US$ 110.500 e, eventualmente, novas máximas históricas. Por outro lado, a perda do suporte atual pode levar o preço a testar os US$ 103.100 e até a faixa entre US$ 98.000 e US$ 100.000”, disse.

Portanto, o preço do Bitcoin em 20 de junho de 2025 é de R$ 585.715,84. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0017 BTC e R$ 1 compram 0,0000017 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 20 de junho de 2025, são: Sei (SEI), Kaia (KAIA) e Gate (GT) com altas de 14%, 11% e 10% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 20 de junho de 2025, são: Fartcoin (FARTCOIN), Sky (SKY) e SPX6900 (SPX), com quedas de -5%, -4% e -3% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão