A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta quinta-feira, 27/03/2025, em R$ 502.729,89. Os touros estão aguardando um gatilho para elevar o preço do BTC acima de US$ 90 mil e iniciar um novo movimento de alta.

Beto Fernandes, analista da Foxbit, destaca que os temores sobre o tarifaço de Trump voltaram ao mercado, principalmente depois que alguns presidentes do FED discursaram entre hoje e ontem. Os membros baixaram bastante o tom do otimismo, sugerindo que as incertezas econômicas podem levar a apenas um corte de juros este ano.

"Com isso, o mercado tira o pé do acelerador e volta a esperar o próximo dia 2, quando Trump afirmou que será iniciado o processo de tarifas a países estrangeiros. Sem força, o Bitcoin volta a operar na região dos US$ 86 mil.

Porém, os ETFs ainda parecem possuir certo fôlego. Já são oito dias consecutivos de fluxos positivos, apesar de bastante tímidos. Isso acaba mostrando que o mercado está demandando e negociando menos neste período, o que faz com que o BTC e outros ativos fiquem ainda mais suscetíveis a volatilidades repentinas", afirma.

Segundo Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, o Bitcoin neste momento tem um grande teste entre US$ 91 mil a US$ 92 mi, caso o mercado venha a romper essa zona de resistência, pode ocorrer uma reversão da tendência de baixa do curto prazo, e então o BTC pode buscar os alvos novamente de US$ 96 mil e depois US$ 98.500.

Após uma correção de quase 30% e buscar o fechamento do gap da CME, que foi na base dos US$ 78 mil a US$ 77 mil, o mercado vem se recuperando aos poucos. 

Assim, ele aponta que se o preço continuar subindo, possivelmente deixará muitas pessoas arrependidas, pois muitas pessoas se desfizeram dos seus BTCs ali no rompimento dos US$ 80 mil, então venderam Bitcoin entre US$ 79 mil e US$ 78 mil.

"Então, o BTC agora está se recuperando e rompendo essas resistências, a gente vai ter um nível de arrependimento muito grande e podemos ver o BTC voltando em V, inclusive rompendo os US$ 110 mil. Caso, claro, ele venha a trabalhar acima desses 98 e 500 e os 100 mil, a gente vai ver o BTC rompendo os US$ 110 mil e fazendo uma nova máxima histórica.  Isso é muito natural no mercado quando a gente tem aquele nível de arrependimento. O mercado tende a voltar em V", disse.

Na mesma linha, Rafael Bonventi, analista da Bitget, destaca que o Bitcoin segue em um momento crítico, consolidando entre níveis de suporte e resistência que podem definir a direção do mercado nos próximos dias. Atualmente, o suporte em US$ 86.190 está segurando a estrutura de alta, sustentando a possibilidade de um movimento impulsivo rumo aos US$ 91.000.

No entanto, ele aponta que o ativo ainda não demonstrou força suficiente para romper as resistências em US$ 87.500 e US$ 88.580, pontos essenciais para validar a continuidade da tendência de alta.

Desse modo, segundo o analista, se o BTC conseguir romper essa zona, abre-se espaço para um avanço mais expressivo, impulsionado pela estrutura técnica de uma possível terceira onda de Elliot. Contudo, se o suporte em US$ $86.190 for perdido, o mercado entrará em uma zona de risco, e uma queda abaixo de US$ 83.200 invalidaria a tentativa de recuperação, podendo levar a uma correção mais acentuada.

"No curto prazo, o sentimento do mercado ainda é de incerteza, com traders monitorando de perto a dinâmica dos rompimentos. A falta de um catalisador macroeconômico relevante pode estar contribuindo para essa indecisão, enquanto o fluxo institucional ainda não demonstrou uma entrada agressiva.

O cenário está aberto para ambos os lados: acima de US$ 87.500, o viés se fortalece para uma nova alta, enquanto abaixo de US$ 86.190, o risco de retração aumenta significativamente. A volatilidade segue presente e a decisão do mercado pode vir a qualquer momento", disse.

Já Mike Ermolaev, analista e fundador da Outset PR, destaca que nos últimos cinco meses, o fornecimento dos principais players diminuiu, com uma redução total de 290.000 BTC. Atualmente, os números médios começaram a subir, refletindo essencialmente um acúmulo de fornecimento entre os players com saldos de carteira >1.000 BTC. 

"Em termos mais simples – as baleias pararam de vender e um possível movimento de alta está por vir", disse.

Portanto, o preço do Bitcoin em 27 de março de 2025 é de R$ 502.729,89. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0019 BTC e R$ 1 compram 0,0000019 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 27 de março de 2025, são: Toncoin (TON), Sui (SUI) e Maker (MKR), com altas de 8%, 6% e 5% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 27 e março de 2025, são: Hyperliquid (HYPE), Bonk (BONK) e Movement (MOVE), com quedas de -10%, -1% e -0,9% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão