A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta segunda-feira, 27/03/203, em R$ 146.736,90. Os touros não tem conseguido romper com a resistência de US$ 29 mil e mostraram fraqueza na semana passada com o BTC recuando pouco mais de 1%.
André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin, aponta que os touros parecem estar tomando fôlego para um movimento mais contundente.
"A correlação do Bitcoin com o ouro segue em alta e já se encontra em 0,8. Nos dados on-chain tivemos o acúmulo de 10 mil bitcoin por parte dos investidores de longo prazo (LTH) no final de semana. No Ethereum vimos mais 35 mil novos ETH travados na Beacon Chain nos últimos dois dias", afirmou.
Portanto, o preço do Bitcoin em 27 de março de 2023 é de R$ 146.736,90
Touros sem forças
Uma análise da Bybit compartilhada com o Cointelegraph destaca que após superarem a marca de US$ 25 mil transformando a resistência em suporte, os touros enfrentaram uma grande barreira em sua trajetória rumo a US$ 30 mil.
"Por diversas vezes na semana passada os touros tentaram romper com US$ 29 mil, mas não tiveram sucesso e o BTC acabou fechando a semana com queda de 1,3% apesar de ter conseguindo manter seu valor entre US$ 27 mil e US$ 28 mil", afirmou.
A análise destaca que além da pressão de venda e da resistência em US$ 29 mil, os touros tiveram que lidar com uma nova onda de possíveis investigações da Comissão de Valores Mobiliários (SEC) que enviou um aviso para a Coinbase, sobre seu serviço de EARN e para Justin Sun, fundador da Tron, devido a acusações de manipulação de preços no lançamento de alguns tokens na blockchain do TRX.
A SEC também já sinalizou que todos os serviços de staking devem ser repreendidos no país, bem como os protocolos de proof-of-stake, colocando novamente o Etheruem sob o olhar dos reguladores americanos. O regulador americando também atacou o sistema de Proof-of-Reserve (PoR) das exchanges sinalizando que ele é um mecanismo criado para enganar os investidores, pois não prova a liquidez da plataforma.
"Para completar o cenário ruim nos EUA, a Casa Branca divulgou um documento no qual condena a indústria de criptomoedas, dizendo que elas não trouxe efetivamente nada de bom para o mercado. Investidores e empresários começam a temer um ambiente hostil nos EUA para as criptomoedas, o que certamente irá impactar todo o mercado tendo em vista que os americanos são os maiores investidores de criptoativos", disse.
A bybit aponta que outro fato importante é que como resultado do aumento da atividade de mineração de Bitcoin, a dificuldade subiu 7,56%. O valor renovou seu recorde em 46,84 T. A taxa média de hash foi de 335,23 EH/s. As métricas correlacionadas aumentaram mais de 30% desde o início do ano, indicando que os mineradores não estão mais vendendo seus BTCs e estão acumulando, aumentando o poder de mineração, aguardando o halving do próximo ano.
"Portanto, acreditamos em uma semana morna com o BTC com um possível fundo de 7 dias em US$ 24 mil e topo em US$ 29 mil", finaliza.
O que é Bitcoin?
O que é Bitcoin? O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e a sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimo sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas razoáveis sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e corporações. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, impor taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente). Esse ledger contém todas as transações processadas. Os registros digitais das transações são combinados em "blocos".
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um ledger público, um erro ou uma tentativa de fraude podem facilmente ser detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A autenticidade de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes às dos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.
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