A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta terça-feira, 27/02/204, em R$ 280.285,81. Nas últimas 24h o preço do Bitcoin subiu mais de R$ 26 mil, saindo de R$ 254.539,20 para os mais de R$ 280 mil atuais com uma alta de 10% que surpreendeu o mercado.
"Depois dessa alta, podemos identificar alvos para o BTC utilizando o espelhamento de Fibonacci do último movimento de alta. Sendo assim, os alvos para os próximos meses são: US$ 58.291, US$ 64.539 e US$ 74.646", disse Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget.
A alta foi impulsionada principalmente pelo resultado das negociações dos ETFS spot de Bitcoin nos EUA. O especialista em ETF da Bloomberg Intelligence, Eric Balchunas, reconheceu que os nove ETFs de Bitcoin quebraram recordes históricos de volume, com US$ 2,4 bilhões. O IBIT da BlackRock registrou uma alta histórica de 30%, superando mais de US$ 1,3 bilhão em negociações.
Segundo o analista @The_Golden_Ratio, a Média Móvel Exponencial de 21 períodos (EMA) no gráfico de 12 horas está mostrando que não pode ser subestimada como um nível de suporte dinâmico que o preço deve respeitar.
"Na minha opinião, será mais difícil para o preço cair muito abaixo da mínima atual neste padrão de consolidação. Não é uma afirmação exagerada, pois sabemos que o volume está relativamente baixo, o que causa uma acumulação de liquidez acima do nível de preço atual. Do ponto de vista técnico, vemos que o RSI está mostrando uma estrutura de duplo fundo, o que confirma que a maioria está comprando agora", acrescenta.
Já uma análise da @XForceGlobal aponta que à medida que o frenesi em torno do Bitcoin continua, é hora de dar um passo para trás e avaliar o panorama atual. Com a análise de curto prazo se alinhando, há menos necessidade de se concentrar em flutuações imediatas.
"Em meio a isso, uma palavra de cautela é justificada, especialmente para aqueles que estão surfando na onda eufórica do trading. Dois cenários potenciais se destacam:
1. Uma correção acentuada da Onda 3/4, após um período de movimento lateral.
2. Uma série de correções da Onda 1-2, sinalizando um padrão diferente", destacou
Segundo a análise, a recente ação de preço sugere uma zona de resistência significativa entre US$ 57-60 mil, indicando um interesse curto substancial. Isso poderia desencadear múltiplas rodadas de liquidação antes de uma possível queda, potencialmente causando estragos em traders de curto prazo com posições alavancadas. Uma queda de 20-30% não está fora de questão.
"Prepare-se para uma volatilidade aumentada enquanto o Bitcoin se mantém em torno da marca de US$ 57-60 mil. Além disso, fique de olho de perto na faixa de US$ 50-53 mil, pois movimentos de preço aqui também podem desencadear alterações significativas no mercado. Investidores e traders devem agir com cautela nestas águas incertas", disse.
Portanto, o preço do Bitcoin em 27 de fevereiro de 2024 é de R$ 280.285,81. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0036 BTC e R$ 1 compram 0,0000036 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 27 de fevereiro de 2024, são: Theta Network (THETA), Pyth Network (PYTH) e Stacks (STX) com altas de 56%, 37% e 25% respectivamente.
Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 27 de fevereiro de 2024, são: Worldcoin (WLD), Mantle (MNT) e The Graph (GRT) com quedas de -12%, -4% e -3% respectivamente.
Bitcoin vai superar seu ATH
Sebastián Serrano, CEO e cofundador da Ripio, aponta que em todos os ciclos anteriores, a demanda começou a esquentar meses após o halving, mas agora estamos observando uma maior atividade antes do halving e isso foi antecipado devido a uma forte demanda que era esperada com a aprovação dos ETFs.
Segundo ele, analisando este contexto, muito provavelmente será um ciclo intenso, mas talvez mais curto. A verdade é que há incerteza em relação a isso porque também há quem fale de um super ciclo que vai durar muito tempo.
"O que está claro é que os ETFs são importantes para o mercado cripto e estão exigindo e atraindo muito capital. O halving está se aproximando e reduzirá a produção dos mineradores, o que pode impactar positivamente esse mercado", afirmou.
Segundo ele, vale ressaltar que o Ethereum (ETH) continua sendo a segunda rede e criptomoeda mais importante do ecossistema. Apesar disso, é improvável que ela ganhe uma grande participação de mercado no curto prazo, porque no nível de investimento o ETH está em um meio-termo entre o BTC, que define tendências, e as altcoins de pequena capitalização, para as quais muitos fundos estão se movendo rapidamente em busca de melhores retornos em corridas de alta.
"Da mesma forma, o Ethereum mantém fundamentos muito sólidos e continua a otimizar seus aspectos técnicos desde que a fusão (mudança operacional na rede que modifica como o token é minerado) começou em setembro de 2022. Ao ponto de que o ETH já é uma cripto deflacionária (ele queima mais do que emite)", apontou.
Solana (SOL) teve um ano de 2023 muito interessante, ficando em quarto lugar no gráfico cripto, atrás apenas de BTC, ETH e BNB. O desempenho da Solana pressiona o ecossistema Ethereum, pois oferece uma alternativa muito rápida e barata para usos gerais de DeFi e web3. E, além de seu token nativo, tem um ecossistema impressionante de altcoins e NFTs.
"É mais provável que Ethereum e Solana apresentem os principais projetos baseados em contratos inteligentes, também porque são atualmente os ecossistemas mais amplos. Com o ciclo de alta já bem encaminhado, as dominantes Bitcoin, Ethereum e Solana parecem ser criptomoedas com um futuro promissor em 2024. Entretanto, é provável que haverá outras oportunidades durante o ano", destacou.
Serrano aponta ainda que além dos tokens mais promissores para 2024, identificamos um interesse crescente em relação à tokenização de ativos do mundo real (RWA) e que sejam tokenizáveis, ou seja, que possam ser negociados em ambientes de blockchain, geralmente em DeFi. Imóveis, títulos e ações estão liderando as iniciativas de tokenização de RWA, e já existem projetos no mercado dedicados a esses temas, com tokens de utilidade que podem ter um alto retorno à medida que a tendência se solidifica.
"Daqui a dois anos, cripto deve entrar no roadmap de todo o mercado financeiro, o que pode resultar em uma grande capilaridade a esses ativos e aos do mundo real, que possivelmente serão os que terão mais tração nesse mercado. Se isso ocorrer, haverá ainda mais aproveitamento e será uma ótima porta de entrada para outras possibilidades", destacou.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.