A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta quarta-feira, 08/02/203, em R$ 120.782,28. Assim como em momentos anteriores do bear market, o Bitcoin vem negociando em uma estreita faixa de volatilidade, entre US$ 22.800 e US$ 23.200. Esse movimento precede um rompimento para a maior criptomoeda do mercado.

No entanto, o rompimento é indefinidio e pode ocorrer tanto par o lado positivo como negativo. Nas últimas vezes que essa estreita faixa foi estabelecido o rompimento foi de alta, com os touros estabelecendo suportes mais altos, contudo, com o hype da taxa de juros chegando ao fim, uma queda para US$ 20 mil não pode ser descartada.

"Os últimos dias no mundo cripto tem sido tanto sem volatilidade quanto sem surpresas. O bitcoin segue se movimentando em torno dos 23 mil dólares e hoje começa o dia com leve queda de 0,17%. O ether sobe 0,26% nesse início de quarta-feira e negocia próximo dos 1700 dólares. Nos dados on-chain vimos mais 2 mil bitcoins serem adicionados às mãos dos investidores de longo prazo (LTH). No Ethereum, mais de 11 mil novos ETH foram travados na Beacon Chain", declarou André Franco, especialista do MB Research do Mercado Bitcoin.

Dados do Cointelegraph Markets Pro e TradingView mostraram que o BTC/USD atingiu a importante zona de US$ 23.400 no Bitstamp durante a noite. O par reagiu positivamente aos últimos comentários do Federal Reserve dos Estados Unidos, que também elevou as ações durante o pregão de 7 de fevereiro em Wall Street.

O presidente do Fed, Jerome Powell , mencionou novamente a “desinflação” durante sua fala, reforçando as esperanças do mercado de que os aumentos das taxas de juros possam esfriar mais rapidamente em linha com a inflação. Isso decorreu da última reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (FOMC) em 1º de fevereiro, quando o Fed aumentou as taxas em 0,25%.

“A mensagem que enviamos na reunião do FOMC na última quarta-feira foi realmente que o processo desinflacionário – o processo de reduzir a inflação – começou, e começou no setor de bens, que representa cerca de um quarto de nossa economia”, disse ele. no The Economic Club de Washington, DC

Powell, no entanto, alertou que havia “um longo caminho a percorrer” e que os EUA estavam “nos estágios iniciais de desinflação”. Apesar disso, os ativos de risco subiram no fechamento de Wall Street, com o S&P 500 e o Nasdaq Composite Index subindo 1,3% e 1,9%, respectivamente.

O Bitcoin também eliminou a fraqueza anterior, tendo caído abaixo de US$ 22.700 no início da semana, mas os touros se mostraram incapazes de enfrentar a liquidez de US$ 23.400 e além.

Portanto, o preço do Bitcoin em 8 de fevereiro de 2023 é de R$ 120.782,28

Fim do bear market?

Segundo Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget, um dos principais sinais de que o mercado de baixa realmente chegou ao fim, é o otimismo exacerbado e o FOMO (fear of missing out, ou “medo de ficar de fora”) visto nas moedas relacionadas a IA.

"Diversos projetos passando dos 100% de valorização em questão de horas, como costumava acontecer nos períodos de bull market. Os investidores já estão se sentindo mais seguros para investir em projetos menores.  Um ponto importante é observar esse movimento depois de uma forte alta da principal criptomoeda, o Bitcoin. Esse é o ciclo natural do mercado cripto, o dinheiro entrar primeiro no BTC e depois nas altcoins", afirmou

Segundo Tasso Lago, gestor de fundos privados em criptomoedas e fundador da Financial Move, o Bitcoin sobe porque no ano passado as criptomoedas tiveram uma correção maior do que o esperado e essa correção gerou grandes oportunidades.

“Essa retomada também muito tem a ver quando o FED começa a se pronunciar dizendo que os juros já estão próximos de um teto, teto esse que vai ser de 5 a 5,4% de juros base dos Estados Unidos”, afirma Lago.

No último anúncio, o especialista afirmou que ali seria o fundo dos mercados de renda variável, já que quando o FED começa a sinalizar uma estabilização dos juros, o mercado começa a antecipar esse movimento e a precificar o juros caindo.

Mas Lago afirma que graficamente ainda não podemos bater na tecla de uma confirmação de tendência para alto.

“Para isso teria que ter passado de US$ 25.000. Mas foi uma boa recuperação”, analisa.

Além do Bitcoin, outras moedas estão embarcando de carona nesse crescimento, como no caso das criptos de segunda camada da rede Ethereum, como Optimism e LDO.

“São bons projetos que focam nas escalabilidades da rede Ethereum, que pra mim hoje é uma das moedas mais fortes no mercado cripto”, afirma Lago.

Quanto ao fim do inverno cripto, o fundador da Financial Move, acredita que ele já ocorreu desde o momento em que o FED comentou sobre o novo teto de juros e como funcionará a política, mas que graficamente, a confirmação só virá ao bater os U$ 25.000 na visão do semanal.

O que é Bitcoin?

O que é Bitcoin? O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e a sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimo sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas razoáveis sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e corporações. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, impor taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente). Esse ledger contém todas as transações processadas. Os registros digitais das transações são combinados em "blocos". 

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um ledger público, um erro ou uma tentativa de fraude podem facilmente ser detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A autenticidade de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes às dos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

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Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar uma decisão