A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta sexta-feira, 24/01/2025, em R$ 621.546,89. Os touros esboçaram animo e conseguiram elevar o preço do BTC para US$ 105 mil após o presidente dos EUA, Donald Trump, assinar uma ordem executiva que prevê a criação de uma reserva estratégica de ativos digitais nos EUA e impedir o desenvolvimento de uma CBDC.

Após o otimismo com o anúncio de Trump, o analista Manish Chhetri, destaca que o indicador Relative Strength Index (RSI) no gráfico diário lê 57, acima do seu nível neutro de 50; no entanto, ele aponta para baixo, indicando uma desaceleração no momentum de alta.

"O indicador Moving Average Convergence Divergence (MACD) também está convergindo. Se o MACD virar para um cruzamento de baixa diariamente, ele daria sinais de venda e sugeriria uma tendência de baixa. No entanto, se o nível de suporte de US$ 100 mil se mantiver, o BTC poderá estender o rali acima da marca de US$ 125 mil, calculado pelo nível de extensão de Fibonacci de 141,40% (extraído da mínima de 4 de novembro de US$ 66.835 até o ATH de segunda-feira de US$ 109.588) em US$ 127.287", disse.

Quem também acredita em uma queda no curto prazo é o analista Fábio B. Zampirão. Segundo ele, o Bitcoin está em um momento crucial, e os próximos dias podem trazer grande volatilidade. As linhas verdes marcadas no gráfico representam ângulos importantes de Gann, que funcionam como suportes estratégicos. Caso o primeiro nível seja perdido, o próximo suporte relevante se encontra no ângulo inferior.

"Além disso, há diversas confluências temporais indicando que hoje e amanhã são dias decisivos para o BTC. Embora uma queda abrupta não seja garantida, o cenário sugere um aumento significativo na volatilidade a partir desta sexta-feira. Outro ponto de atenção é a dominância do Bitcoin, que já atingiu a extensão de 2.618 da acumulação de fundo. Isso pode indicar que o topo desse movimento já foi atingido, pelo menos temporariamente. Além disso, o volume elevado combinado com uma vela fraca sinaliza uma possível exaustão da alta.

O dia-chave para uma decisão no preço do Bitcoin será hoje e neste final de semana. Se houver um movimento forte para baixo, pode ser o sinal definitivo para venda, principalmente em caso de perda do fundo recente. Vale destacar que a primeira semana de fevereiro tende a ser um período crítico, e a movimentação atual de alta pode ser apenas uma busca por liquidez antes de um movimento corretivo mais forte", sinaliza.

Outro analista que está sinalizando uma correção para o BTC no curto prazo é Mike Ermolaev, fundador da Outset PR. Segundo ele, o Bitcoin está consolidado em uma formação de triângulo simétrico, o que indica que um rompimento pode estar próximo.

Há duas possibilidades principais a serem observadas: Caso o preço perca o suporte na região de US$ 97.100, há potencial para uma queda mais acentuada. O primeiro alvo dessa movimentação seria a linha de tendência média, próxima dos US$ 96.000, podendo se estender até US$ 88.500 no caso de um rompimento mais agressivo.

Para esse cenário, uma estratégia de venda (short) pode ser considerada nessa região, com um stop-loss posicionado dentro da consolidação, garantindo um risco controlado com uma relação risco-retorno favorável de até 5 para 1.

Agora se o Bitcoin romper a resistência chave na região de US$ 109.000 e conseguir se manter acima desse nível, isso pode abrir caminho para uma movimentação mais forte de alta. O próximo alvo seria a expansão de Fibonacci de 61% e 100%, que projeta o preço na faixa de US$ 120.000", apontou.

Rodrigo Miranda, criador da Universidade do Bitcoin, destaca que o BTC continua negociando lateralmente com um suporte forte em US$ 100 mil, mas o fluxo de entrada nos ETFs pode sinalizar um movimento de alta.

"Possivelmente, nas próximas semanas, veremos o BTC buscando os alvos de US$ 118 mil e depois US$ 123.800 mil .Para que tenhamos uma correção, ele precisa trabalhar no diário abaixo de US$ 99.500. Enquanto ele não perder esses US$ 99.500, US$ 99 mil, dificilmente veremos o BTC buscando alvos lá para baixo.

Tem players acreditando que o BTC pode buscar um gap do CME lá, que está entre US$ 78 mil e US$ 75 mil. Mas, conforme saem as notícias, notícias muito favoráveis, e os dados on-chain também estão muito favoráveis para o mercado cripto, para o BTC especificamente, fica cada vez mais difícil de você ver o BTC ali a US$ 70 mil, US$ 75 mil", disse.

Rafael Bonventi, analista da Bitget aponta que o gráfico mostra que o Bitcoin está consolidando uma base robusta, indicando que um rompimento significativo pode estar prestes a acontecer.

"Acredito que poderemos ver um movimento forte em breve, já que é possível ver uma grande 'vela' de alta se formando no gráfico. Ao que parece, o mercado ainda segue bastante otimista com o novo governo de Donald Trump.

Esse "pingue-pongue" entre US$ 100 mil e US$ 110 mil deve continuar por algum tempo, mas sigo otimista no horizonte de médio-longo prazos, com mais de 80% de chance que o Bitcoin inicie nova trajetória de alta. Se um novo all time-high acontecer nas próximas semanas, é possível projetar o Bitcoin mirando os US$131 mil", destacou.

Portanto, o preço do Bitcoin em 24 de janeiro de 2025 é de R$ 621.546,89. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0015 BTC e R$ 1 compram 0,0000015 BTC.

As criptomoedas com maior alta no dia 23 de janeiro de 2025, são: Lido Dao (DAO), Ondo (ONDO) e Nexo (NEXO), com altas de 17%, 12% e 9% respectivamente.

Já as criptomoedas que estão registrando as maiores baixas no dia 23 de janeiro de 2025, são: Fartcoin (FARTCOIN), XDC Network (XDC) e Official Trump (TRUMP) com quedas de -5%, -4% e -3% respectivamente.

O que é Bitcoin?

O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.

O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoin podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.

Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.

O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.

Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.

Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).

Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.

A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.

Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.

Aviso: Esta não é uma recomendação de investimento e as opiniões e informações contidas neste texto não necessariamente refletidas nas posições do Cointelegraph Brasil. Cada investimento deve ser acompanhado de uma pesquisa e o investidor deve se informar antes de tomar decisão