A principal criptomoeda do mercado, o Bitcoin (BTC), está cotada na manhã desta quarta-feira, 24/01/204, em R$ 198.781,13. Os touros conseguiram assumir o controle do preço do BTC e com isso o criptoativo vem subindo cerca de 3% votando a ficar acima dos US$ 40 mil.
"Após mais de 20% de queda o BTC encontrou a média móvel de 100 períodos. Um suporte fortíssimo e com muitos robôs programados para comprarem nessa região. Isso pode causar uma alta de curto prazo no ativo antes de voltar a cair", destacou Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget.
O analista Windsor Tree, Slobodan Drvenica, também não está otimista com a recente recuperação do BTC.
Segundo ele, a realização parcial de lucros elevou o preço, mas o risco de curto prazo permanece deslocado para o lado negativo, pois o fechamento de terça-feira ficou abaixo da zona crucial de US$ 39.500 (base da nuvem diária ascendente / Fibo 38,2% da subida de US$ 24.129/US$ 49.054) gerou um forte sinal de baixa.
"A correção limitada deve ser idealmente limitada por Tenkan-sen diário (US$ 41.028) e aumentos estendidos para não exceder o topo diário da nuvem (US$ 41.821) para manter os ursos maiores em jogo e marcar uma correção saudável antes de um novo impulso para baixo", disse.
Para ele, o sinal negativo também está se formando no gráfico mensal, já que o Bitcoin está a caminho da primeira perda mensal após três meses consecutivos de fortes ganhos, com uma longa sombra superior do castiçal mensal e uma armadilha de touros acima da barreira Fibo de US$ 48.484, aumentando a perspectiva de baixa.
"A quebra firme do DMA ascendente de 100 arriscaria ainda mais fraqueza e exporia os próximos alvos em US$ 36.592/US$ 35.940 (retração de 50% de US$ 24.129/US$ 49.054/base mensal da nuvem Ichimoku)", destacou.
Ainda de acordo com o analista, se o Bitcoin retornar acima do topo diário das nuvens (US$ 41.821) aliviaria a pressão negativa, no entanto, será necessária uma elevação acima da zona US$ 42.500/US$ 43.000 para neutralizar.
"Assim temos as resistências fixadas em US$ 40.479; US$ 40.992; US$ 41.369 e US$ 41.821. Já nosso suporte está em US$ 39.500; US$ 391.53; US$ 38.500 e US$ 36.592", finaliza.
Parte deste movimento negativo no Bitcoin está ligado aos grandes investidores. Recentemente, as baleias Bitcoin fizeram recentemente movimentos significativos no mercado de criptomoedas, vendendo uma quantidade substancial de Bitcoin nas últimas duas semanas. Esta venda totalizou aproximadamente 70.000 BTC, avaliados em cerca de US$ 3 bilhões.
Nos ETFs, recentemente, o Grayscale Bitcoin Trust ($GBTC) registrou uma saída impressionante de mais de US$ 640 milhões em um único dia. Estas saídas não mostraram sinais de abrandamento, indicando preocupações crescentes entre os investidores.
A saída de US$ 640 milhões do $GBTC marcou um marco significativo como a maior saída diária registrada para o fundo. As saídas totais do $GBTC atingiram agora substanciais 3,45 bilhões, sublinhando a extensão da liquidação em curso.
No entanto, esses movimentos negativos foram seguidos por um movimento positivo da BlackRock já que seu ETF spot de Bitcoin, experimentou o terceiro maior dia de entrada, com substanciais US$ 272 milhões entrando no fundo. Curiosamente, apesar das saídas observadas em outros ETFs de Bitcoin, o $IBIT conseguiu ter uma saída líquida de apenas -$76 milhões no dia.
Portanto, o preço do Bitcoin em 24 de janeiro de 2024 é de R$ 198.781,13. Neste valor, R$ 1.000 compram 0,0050 BTC e R$ 1 compram 0,0000050 BTC.
As criptomoedas com maior alta no dia 24 de janeiro de 2024, são: Akash Network (AKT), Sui (SUI) e Stacks (STX), com altas de 18%, 17% e 16% respectivamente.
O que é Bitcoin?
O Bitcoin (BTC) é uma moeda digital, que é usada e distribuída eletronicamente. O Bitcoin é uma rede descentralizada peer-to-peer. Nenhuma pessoa ou instituição o controla.
O Bitcoin não pode ser impresso e sua quantidade é muito limitada – somente 21 milhões de Bitcoins podem ser criados. O Bitcoin foi apresentado pela primeira vez como um software de código aberto por um programador ou um grupo de programadores anônimos sob o codinome Satoshi Nakamoto, em 2009.
Houve muitos rumores sobre a identidade real do criador do BTC, entretanto, todas as pessoas mencionadas nesses rumores negaram publicamente ser Nakamoto.
O próprio Nakamoto afirmou ser um homem de 37 anos que vive no Japão. No entanto, por causa de seu inglês perfeito e seu software não ter sido desenvolvido em japonês, há dúvidas sobre essas informações. Por volta da metade de 2010, Nakamoto foi fazer outras coisas e deixou o Bitcoin nas mãos de alguns membros proeminentes da comunidade BTC.
Para muitas pessoas, a principal vantagem do Bitcoin é sua independência de governos mundiais, bancos e empresas. Nenhuma autoridade pode interferir nas transações do BTC, importar taxas de transação ou tirar dinheiro das pessoas. Além disso, o movimento Bitcoin é extremamente transparente - cada transação única é armazenada em um grande ledger (livro-razão) público e distribuído, chamado Blockchain.
Essencialmente, como o Bitcoin não é controlado como uma organização, ele dá aos usuários controle total sobre suas finanças. A rede Bitcoin compartilha de um ledger público chamado "corrente de blocos" (block - bloco, chain - corrente).
Se alguém tentar mudar apenas uma letra ou número em um bloco de transações, também afetará todos os blocos que virão a seguir. Devido ao fato de ser um livro público, um erro ou uma tentativa de fraude podem ser facilmente detectados e corrigidos por qualquer pessoa.
A carteira do usuário pode verificar a validade de cada transação. A assinatura de cada transação é protegida por assinaturas digitais correspondentes aos endereços de envio.
Devido ao processo de verificação e, dependendo da plataforma de negociação, pode levar alguns minutos para que uma transação BTC seja concluída. O protocolo Bitcoin foi projetado para que cada bloco leve cerca de 10 minutos para ser minerado.