Em um outro giro da complexa abordagem da Rússia quanto às criptomoedas, as usinas de energia começaram a vender o excesso de capacidade para os mineradores de Bitcoin.

O jornal Daily Storm reporta nesta segunda-feira que os principais fornecedores de energia do país Gazprom e EuroSibEnergo estão atualmente "em negociações" com "dezenas" de mineradores que procuram aproveitar os preços baratos da eletricidade.

"Nenhum contrato foi finalizado até agora, mas a empresa (EuroSibEnergo) não está diminuindo oportunidades de parceria", afirma o relatório.

Um mapa interactive mostra cerca de 70 locais "potenciais" que os mineradores poderiam usar para se beneficiar da capacidade disponível.

Os desdobramentos acontecem em contraste com a situação das criptomoedas em nível regulatório na Rússia nesta semana.

A Cointelegraph informou na segunda-feira que altos funcionários das finanças planejam proibir as vendas de criptoativos proibir as vendas de criptoativos, como o Bitcoin a particulares.

Contradições

Somente os "investidores qualificados" deveriam ter acesso a esses recursos, disse o vice-ministro das Finanças, Alexey Moiseev, ao canal de televisão Rossiya 24, acrescentando que achava que era "difícil argumentar contra" que as criptomoedas fossem um "esquema de pirâmide".

Ao mesmo tempo, um novo negócio de copropriedade do Ombudsman do Kremlin da Internet está buscando levantar cerca de US$ 100 milhões para encurralar o mercado de mineração Bitcoin e desafiar o domínio chinês.

Como os mineradores que procuram a Gazprom e a EuroSibEnergo, os participantes do estado querem usar as taxas de energia mais baratas da Rússia para concorrer em grande escala com a China.