O ex-presidente do Banco Central do Brasil, Gustavo Franco, declarou que o Bitcoin (BTC) é uma invenção espetacular e que se fosse uma empresa valeira mais de  US$ 175 bilhões, segundo coluna assinada por Franco e publicada no jornal O Estado de São Paulo, em 28 de julho.

"O bitcoin é o caso mais espetacular de criptomoeda pois, se fosse uma empresa, valeria US$ 175 bilhões (valor de todos os bitcoins em circulação). Só que não tem ações, nem acionistas ou governança. Somadas, todas as outras (100 maiores) criptomoedas, valem pouco menos de US$ 100 bilhões, sendo que 14 delas valem mais que US$ 1 bilhão", declarou.

Em sua coluna o ex-presidente debateu as novas formas de dinheiro e os novos meios de pagamento. No texto também versou sobre o Libra, stablecoin proposta pelo gigante das redes sociais, o Facebook e destacou que embora a rede social não tenha proposto nada de 'novo' pelo seu porte e penetração o Libra levanta muitas questões, mas a inovação é inevitável.

"Em resumo, o modelo já existe, apenas se teme a escala que possa alcançar uma vez patrocinado por um gigante como o Facebook, e se teremos controles internos como os que valem para os bancos. Em tese, todavia, qualquer empresa global, mesmo sem ser “big tech”, poderia empreender algo semelhante. O McDonald’s poderia criar o Mac, uma criptomoeda conversível em bigmacs. O Starbucks, o Star, funcionando como um “vale capuccino”, tudo em blockchain. Por que não? (...)Na verdade, quando se faz essa pergunta, a inovação já se tornou inevitável", finalizou.

Franco foi um dos economistas responsáveis pelo lançamento do Plano Real que ajudou o Brasil a sair da hiperinflação e impulsionou o país para o crescimento econômico.

Como reportou o Cointelegraph, o presidente da Comissão de Ciência, Tecnologia, Inovação, Comunicação e Informática (CCT) do Senado Federal do Brasil, senador Vanderlan Cardoso (PP-GO), disse que acredita que as criptomoedas têm "regras claras" e têm "todas as seguranças" para serem usadas no país.

O senador disse que o desenvolvimento de uma regulamentação cripto brasileira já foi debatida no segundo semestre em uma audiência pública conjunta com a Comissão de Assuntos Econômicos (CAE). 

Segundo ele, a regulação para as criptomoedas segue na pauta de discussões da CTT. Ele ainda completou, dizendo que o debate sobre o tema contribui para que a aceitação das criptomoedas ganhe mais adeptos na casa. Segundo ele, as criptomoedas já provaram serem seguras: