A queda no preço do Bitcoin não afetou o interesse dos brasileiros por criptomoedas e na Bolsa de Valores do Brasil, a B3, o ETF de criptomoedas da Hashdex o Hash11, se tornou o segundo maior da categoria no mercado de investimentos no Brasil.
Atualmente, o produto possui quase R$ 1,5 bilhão em patrimônio líquido e conta com mais de 118 mil cotistas – deste total, aproximadamente 70% dos investidores são pessoas física e 30% institucionais.
Segundo a Hashdex, além do crescente interesse do investidor pelo mercado de ativos digitais, a popularização do produto pode ser explicada por um momento favorável para a entrada no segmento.
“A recente queda nos preços dos ativos acabou servindo com um incentivo para os investidores acessarem esse mercado. Por conta disso, estamos vendo um movimento muito forte de entrada no HASH11”, afirma Roberta Antunes, Chief of Growth da Hashdex.
O HASH11 foi criado com o objetivo de oferecer, para todos os tipos de investidores, acesso total ao melhor do mercado de ativos digitais – de forma segura e regulada. O produto replica o Nasdaq Crypto Index, mais conhecido como NCI.
Atualmente, o índice é composto pelos seguintes ativos: Bitcoin (65,27%), Ethereum (29,70%), Litecoin (1,23%), Chainlink (0,99%), Bitcoin Cash (0,87%), Uniswap (0,74%), Filecoin (0,65%) e Stellar Lumens (0,56%).
“Do lançamento, no dia 26 de abril, até o momento, o ETF mais do que dobrou em número de cotistas. Se seguirmos neste caminho, acredito que o produto tem potencial para tornar-se o maior da B3”, diz.
A executiva destaca ainda que a diversidade de criptoativos na composição do índice é o que torna o HASH11 um produto robusto e mais seguro. O NCI tem possui critérios rígidos para selecionar os ativos que o compõem.
“Essa metodologia, desenvolvida em conjunto com a Nasdaq, oferece para o investidor brasileiro todo o potencial do mercado de ativos digitais. Basicamente, é uma cesta com o que há de melhor no segmento”, diz.
Coinbase também segue forte
No mercado de ações americanas os papéis da exchange Coinbase também estão entre os preferidos dos brasileiros e segundo a plataforma de negociação de ações americanas, Stake, as ações da exchange de criptomoedas americana estão entre as principais na preferência dos investidores nacionais, inclusive superando grandes companhias de tecnologia como a Amazon.
O interesse dos brasileiros na Coinbase é tanto que o Banco Itaú, um dos principais do país, anunciou que irá disponibilizar a seus clientes investimentos em um fundo de empresas de blockchain e um Certificado de Operações Estruturadas (COE) baseado nas ações da Coinbase.
O fundo baseado em empresas baseadas em blockchain é chamado de Itaú Index Blockchain Ações DX IE e tem aplicações em 50 ações de empresas ligadas à tecnologia blockchain em 26 países do mundo.
Entre as aplicações, há destaques do criptomercado como a MicroStrategy, uma das maiores investidoras de Bitcoin do mundo, que oferece serviços de tecnologia da informação em nuvem e em blockchain, ações da Coinbase, maior exchange dos EUA, e até protocolos de finanças descentralizadas, conhecidos como DeFi.
Já o COE lançado pelo Itaú para investir na Coinbase permite que o investidor ganhe na valorização das ações da exchange mas mantenha o capital protegido em caso de desvalorização. Neste último caso, ele recebe de volta o valor investido - ou na pior das hipóteses as perdas ficam limitadas à atualização monetária e rendimentos com outras aplicações.
A captação dos produtos foi até esta quinta-feira às 12h, com operação de três anos e meio, ou seja, até dezembro de 2024.
LEIA MAIS