O Bitcoin (BTC) continua negociando lateralmente com touros e ursos brigando para ver quem assume o controle da tendência do valor da maior criptomoeda do mercado. Nos últimos 7 dias, a resistência dos US$ 47 mil não foi rompida e o movimento de alta do Bitcoin perdeu força, fazendo com que seu preço voltasse ao patamar abaixo dos US$ 40 mil.
Segundo análise da Transfero, compartilhada com o Cointelegraph, um sinal evidente de tendência de baixa é o fato de que os preços estão se comportando abaixo tanto da média móvel de 200 períodos (MMS200) quanto na média móvel de 50 períodos (MMS50).
“Fica evidenciado uma queda lenta e que podemos visualizar uma lateralização do bitcoin, conforme analisado no Canal”.
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Fonte: TradingView
Desta forma, segundo analistas da empresa, essa lateralização tem influenciado o sentimento dos investidores, que passaram a ficar um pouco mais receosos com a expectativa de alta no curto prazo.
Além disso a Transfero aponta que o índice praticamente não se modificou desde a os últimos 14 dias, o que chama a atenção para um cenário mais “estável” do BTC, porém com uma leve tendência para baixo no curto prazo, conforme análise das médias móveis acima.
Fonte: alternative.me
Conforme a Transfero, essa queda vista nos últimos dias pode levar o preço do BTC de volta aos US$ 37,5 mil, que é o principal suporte dos últimos três meses.
“Mais uma vez, poderemos ter uma boa oportunidade de compra nesse ponto”, destacou a equipe de especialistas.
No entanto, eles alertaram que é importante ter atenção a uma possível quebra do canal destacado, o que poderia dar força à tendência de queda e ao rompimento do forte suporte de US$ 37,5 mil, podendo levar o bitcoin para a faixa dos US$ 30 mil.
Bitcoin não vai subir
Como aponta a Transfero a tendência é que o Bitcoin continue negociando lateralmente nas próximas quinzenas já que o mercado não apresenta sinais de força. Quem também concorda com a análise é Guilherme Rebane, Head de América Latina da OSL, plataforma de ativos digitais, sediada em Hong Kong.
Para Rebane, o cenário global é de aversão ao risco e tem trazido realizações ao mercado acionário, principalmente as ações relacionadas às empresas de tecnologia.
“Isso se dá em parte pelo aperto monetário e o aumento dos juros norte-americanos, medida que visa o combate à inflação no País”.
Segundo Rebane, outro fator que contribuiu para o mau momento dos mercados e que impacta o preço do Bitcoin, é o lockdown que está sendo realizado na China, por conta da Pandemia do Covid; e o prolongamento do conflito entre Rússia e Ucrânia, tudo isso, segundo ele, são fatores que têm trazido preocupação para a atividade econômica global.
“O mesmo contexto macro e global também explica o comportamento do Ethereum, que segue o mesmo movimento do Bitcoin e perdeu nos últimos dias o range entre 2.900 e 3.100 dólares. O momento ainda sugere cautela, diante destes acontecimentos”, afirma Rebane.
Essa tendência também é confirmada por uma análise da comunidade do Coinmarketcap cujas análises tem um percentual de acerto em 83% e de acordo com a previsão de preços elaborada pelo portal, junto com seus usuários e combinando métricas de mercado, o Bitcoin deve fechar o mês de maio com seu valor pouco acima de US$ 46 mil.
Diante da turbulência do mercado global, os especialistas estão observando ansiosamente o desempenho do Bitcoin como um ativo de refúgio seguro, especialmente porque o BTC caiu -16,09% no acumulado do ano.
Vale ressaltar que uma quebra acima da barreira de US$ 39.300, bem como o enfraquecimento do índice do dólar americano (DXY), são duas possibilidades que, de acordo com o Michaël van de Poppe, podem fazer com que o preço do Bitcoin se torne altista.
“Existe um nível inteiro em torno de US$ 39.300 que precisa virar para obter suporte e isso pode ser um gatilho para longos em geral. Se varrermos a baixa e recuperarmos US$ 37.000 ou se quebrarmos US$ 39.300 e o DXY começar a reverter, eu acho que o Bitcoin encontrará uma corrida séria”, disse ele.
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