As consequentes interrupções do serviço de internet na Venezuela parecem estar ajudando na adoção das critpomoedas Bitcoin e Dash, conforme relatou o Cointelegraph em Espanhol que destacou que devido as restrições cambiais e o medo quando a manter seus recusos custodiados nos serviços do governo, cidadãos do país tem optado por adquirir criptomoedas.

A falta de internet tem contribuído com o cenário aumentando o medo de um colapso geral aponta a reportagem que afrima que a plataforma de comércio P2P, LocalBitcoins, viu um aumento em seus volumes diários de negociações.

Durante a semana de 11 de janeiro, os traders de criptomoeda natural na bolsa P2P compraram e venderam 367 bilhões de bolívares, cerca de US $ 5,5 trilhões em BTC somente na LocalBitcoins . O volume registrou um aumento de 40% em relação à semana anterior.

O aumento do comércio coincide com uma data importante para o país, em 5 de janeiro passado, quando houve momentos tensos no parlamento venezuelano que originaram o bloqueio geral das redes pelo governo nacional através de sua operadora ABA Cantv, gerando maior incerteza política que finalmente se reflete na desvalorização diária da moeda nacional.

Na Venezuela, duas taxas paralelas de cotação do dólar em relação à moeda local são emitidas diariamente por meio de redes sociais , que servem de referência para todas as transações comerciais realizadas no país, com exceção das operações oficiais do governo que são feitas usando a taxa oficial do Banco Central da Venezuela.

Desta forma, sem acesso a internet, os comerciantes não conseguem acompanhar a taxa de câmbio aumentando a pressão sobre a volatilidade da moeda local e aumentando o comércio de criptoativos, muitas vezes feito por acessos a rede que o gonverno não consegue gerenciar.

Uma recente pesquisa da NetBlocks confirma o caso, destacando que a instabilidade política no país do Caribe incentivou a deterioração da economia que promoveu a busca de refúgio nas criptomoedas como forma de salvaguardar o valor diante da hiperinflação que a Venezuela sofre.

Como resultado, durante o primeiro trimestre de 2019, o país latino-americano experimentou o maior volume de comércio de BTC na plataforma localbitcoins, que coincidiu com o aumento das tensões políticas e com as restrições de acesso a internet.

Além do Bitcoin, também há um aumento do uso da criptomoeda Dash. No passado, ainda segundo a pesquisa, com forte atuação na Venezuela a Dash é em aceita no país e durante 2019, a criptomoeda teve mais de 38.000 downloads de sua carteira gerados na Venezuela, estimasse que  80% das operações de empresas locais podem usar o Dash Merchant como uma solução para suas operações.

Confira mais notícias