O Bitcoin superou novamente a barreira psicológica de US$ 10 mil com uma valorização acima de 5% no momento da escrita. No Brasil, impulsionado pela alta do dólar o BTC está sendo cotado em média a R$ 57.700 segundo dados do portal Cointrademonitor. Todo este movimento vem redobrando as expectativas de alta no curto prazo impulsionado pela proximidade do halving.

Desde 29 de abril, quando o preço do Bitcoins salto de US$ 7800 para US$ 8600, o BTC não recuou em sua valorização, que subiu o patamar de US$ 8 mil e se estabeleceu acima de US$ 9.300, fator que mostrou que os bulls estão no comando no curto prazo.

O desempenho do Bitcoin tem feito muitas figuras declararem publicamente sua fé renovada nos ganhos para este ano no mercado de criptomoedas. Entre os otimistas está Mike Novogratz , que considerou emocionante a recuperação para US$ 10.000.

"Dia emocionante para o Bitcoin. Este período de alta está apenas começando. Não perca o ônibus", disse.

No entanto nem todos estão otimistas com relação ao halving. Especialistas apontam uma forte resistência em US$ 10.500 e declaram que ela é fator chave para o BTC, destacando que caso ele consiga romper este patamar de preço o caminho está livre para chegar a US$ 14 mil.

Contudo se este valor não for rompido e permanecer como resistência após o halving é possível que ele atue jogando o Bitcoin em um mercado de baixa, que pode levar a um retrocesso em US$ 6 mil.

"A grande verdade é que ninguém sabe realmente o que vai ocorrer. Porém o que tenho visto historicamente com o Bitcoin é que enquanto a maioria catalisa suas previsões para um lado, o bitcoin vai para o outro. Para ficar somente nos exemplos recentes, foi assim em 2017, quando o coro cantava 'to the moon' e a ducha de água fria veio e iniciou o bear market. Foi assim também em 2018 e 2019, não duvido que seja diferente agora quando, novamente a premissa da vez é 'halving + Bitcoin + coronavírus = porto seguro, morte ao dólar, fim do dinheiro'", destacou ao Cointelegraph um minerador brasileiro que opera uma fazenda de mineração no Paraguai.

De acordo com a empresa, considerando toda a crise deflagrada pelo COVID-19, é complexo ter claro uma perspectiva do que vai acontecer, "portanto especula-se que o halving do Bitcoin já tenha sido precificado pelo mercado e que de fato em 2020 a dinâmica será outra"

"O início desse novo ciclo ocorrerá em um mercado muito diferente, mais maduro e com mais instrumentos financeiros quando comparado aos ciclos anteriores. Um fato é bem claro: a demanda por Bitcoin continua subindo, enquanto a oferta de novos Bitcoin será cortada pela metade. Essa dinâmica simples da oferta e demanda tende a pressionar o preço positivamente no médio prazo. Traders de curto prazo devem tomar cuidado com qualquer tipo de correlação entre o halving e o preço do BTC, pois poderá haver muita volatilidade", afirmou no documento Ricardo Da Ros - Country Manager Brasil.

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