A Binance revelou que, ao longo dos últimos 12 meses, identificou cerca de 3.326.090 de transações suspeitas com criptomoedas em sua plataforma. Destas, o monitoramento on-chain processou 677.772 alertas, um aumento de 150% em relação ao ano anterior.
Segundo a Binance, analistas revisaram e encerraram 2.648.318 alertas off-chain, representando um aumento de 40% em comparação com o ano anterior. A equipe de relatórios de atividades suspeitas (SARs, na sigla em inglês) concluiu 51.627 desses relatórios, registrando um aumento de 157% no total de casos e melhorando a produtividade em 180%.
Além disso, em 2023, a empesa destacou que auxiliou as autoridades no congelamento e confisco de mais de 1 bilhão em equivalente a USDT como parte de suas colaborações públicas e privadas.
"A empresa também continuou a aprofundar seus esforços em cibersegurança na América Latina, colaborando e participando de workshops organizados pela INTERPOL, Ministério Público do Chile, Conselho da Europa e também pela Polícia Nacional da Colômbia", destacou.
Ainda sobre as ações para combater o uso indevido de criptomoedas, a Binance destacou que no último ano, as equipes especializadas da empesa responderam a mais de 58.000 solicitações de autoridades e realizaram 120 workshops e sessões de treinamento com agentes de combate ao crime em todo o mundo.
"A Binance permanece comprometida em manter um ambiente de criptomoedas mais seguro para proteger todos os usuários e seus fundos. Reforçaremos ainda mais os esforços para combater atividades ilícitas e continuaremos a investir em tecnologia e recursos humanos para conformidade, monitoramento e investigações. Levamos essa responsabilidade a sério", comenta Min Lin, chefe da América Latina na Binance.
Crimes com criptomoedas
Crimes relacionados a criptomoedas diminuíram significativamente em 2023. De acordo com o 2024 Crypto Crime Report da Chainalysis, a parcela de transações ilícitas caiu para 0,34% do volume total de transações em criptomoedas no ano passado, em comparação com 0,42% em 2022 - totalizando US$ 24,2 bilhões e US$ 39,6 bilhões, respectivamente.
Isso inclui ativos roubados em ataques a criptomoedas, bem como fundos enviados para carteiras designadas pelos analistas da Chainalysis como ilícitas – aquelas associadas a grupos de ransomware, estabelecimentos fraudulentos, mercados da darknet e vendedores de drogas online; endereços vinculados ao financiamento do terrorismo, entidades e jurisdições sancionadas, e outras categorias relevantes.
Diante das conclusões do relatório, a Chainalysis estima que apenas uma pequena fração de todos os negócios com criptomoedas estava vinculada a atividades criminosas ou entidades sancionadas.
Isso demonstra que, em 2023, o ecossistema de ativos digitais foi um ambiente hostil para agentes mal-intencionados, ainda mais do que em 2022. Isso contrasta fortemente com as falsas crenças sobre as criptomoedas sendo um local de completa falta de lei, ideia que algumas pessoas ainda mantêm e propagam.
Para colocar isso em perspectiva, o montante total de fundos ilícitos que fluíram pelo sistema financeiro global no ano passado foi de US$ 3,1 trilhões, conforme estimativas no recente Relatório Global de Crimes Financeiros da NASDAQ.