A Binance relatou esta semana que alcançou US$ 180 bilhões em entradas de stablecoins em 2025 e que concentrou US$ 31 bilhões em USDT e USDC em maio de 2025. No Brasil, dados do Biscoint Monitor também apontam avanços em negociações de stablecoins e do Bitcoin (BTC) nas exchanges brasileiras, apesar do recuo do Ethereum (ETH).

De acordo com os dados CryptoQuant, o volume de maio representa uma fatia de 59% das duas principais stablecoins lastreadas no dólar americano na Binance. Além dos fluxos de stablecoins, a exchange global de criptomoedas relatou que liderou as entradas de Bitcoin, com o maior depósito médio (7 BTC) entre as principais plataformas de negociação em 22 de maio.

USDT-BRL

No Brasil os dados do Biscoint apontam que o total Negociado em USDT foi de 9,63 bilhões BRL em junho, sendo:

  • Volume Médio Diário (em Cripto): 57,66 milhões de USDT

  • Volume Médio Diário (em Reais): R$ 320,94 milhões

  • Volume Negociado Total (Cripto): 1,73 bilhão de USDT

  • Volume Negociado Total (Reais): R$ 9,63 bilhões

  • Preço Médio (R$): R$ 5,57

Segundo a plataforma, o mercado de USDT apresentou um crescimento significativo em junho de 2025 em relação ao mês anterior. O volume total negociado saltou de R$7,29 bilhões para R$9,63 bilhões, um aumento de cerca de 32%, enquanto o volume em USDT subiu de 1,28 bilhão para 1,73 bilhão de unidades.

Divulgação/Biscoint

A média diária também cresceu, passando de 41,28 milhões para 57,66 milhões de USDT negociados. Mesmo com uma leve queda no preço médio do ativo (de R$5,69 para R$5,57), o aumento na movimentação mostra o fortalecimento das stablecoins como meio de troca e reserva de valor no Brasil, sobretudo em um contexto de maior uso para pagamentos e remessas.

No panorama das exchanges, a Binance manteve ampla liderança com 81,9% de market share em junho. Entre as exchanges brasileiras, o Biscoint relatou que a BitPreço alcançou 5,4% de participações em junho.

BTC-BRL

Em relação às negociações BTC-BRL, a plataforma informou que o volume negociado alcançou 5,8 bilhões em BRL em junho, sendo:

  • Volume Médio Diário (em Cripto): 292,74 BTC

  • Volume Médio Diário (em Reais): R$ 172,53 milhões

  • Volume Negociado Total (Cripto): 8.782 BTC

  • Volume Negociado Total (Reais): R$ 5,18 bilhões

  • Preço Médio (R$): R$ 589.370,00

Em uma comparação entre os meses de maio e junho de 2025, o mercado de Bitcoin no Brasil apresentou um crescimento expressivo em volume e liquidez. O volume total negociado em reais subiu de R$4,90 bilhões para R$5,18 bilhões, um avanço de aproximadamente 5,7%.

Segundo o Biscoint O volume em BTC também aumentou, passando de 8.252 para 8.782 unidades negociadas, refletindo um maior engajamento dos participantes do mercado. A média diária de negociação subiu de 266,20 BTC para 292,74 BTC, acompanhada por um aumento no volume médio diário em reais, que foi de R$158,09 milhões em maio para R$172,53 milhões em junho. Isso ocorreu mesmo com o preço médio do Bitcoin caindo de R$593,87 mil para R$589,37 mil, o que indica maior atividade mesmo com leve retração no preço.

No que diz respeito à participação das exchanges, a Binance manteve sua posição dominante, com 53,5% do market share em junho — uma leve queda em relação aos 58,4% registrados em maio. Já o Mercado Bitcoin (MB) cresceu sua participação, indo de

18,4% para 19,9%, enquanto a BitPreço subiu de 11,6% para 14,8%. Segundo análise, essas mudanças apontam para uma leve redistribuição da liquidez no mercado brasileiro, com exchanges nacionais ganhando espaço diante de um cenário mais ativo e competitivo.

ETH-BRL

O total Negociado em ETH no Brasil foi de 1.95 bilhões BRL em junho, sendo:

  • Volume Médio Diário (em Cripto): 4.640 ETH

  • Volume Médio Diário (em Reais): R$ 64,92 milhões

  • Volume Negociado Total (Cripto): 139.280 ETH

  • Volume Negociado Total (Reais): R$ 1,95 bilhões

  • Preço Médio (R$): R$ 13.980,00

Na avaliação do Biscoint, o mercado de Ethereum no Brasil registrou em junho de 2025 uma leve retração em relação ao mês anterior. O volume total negociado caiu de 142,68 mil ETH em maio para 139,28 mil ETH em junho, uma redução de cerca de 2,4%. Em reais, o total movimentado passou de R$1,98 bilhão para R$1,95 bilhão, acompanhando a queda no número de unidades negociadas. Ainda assim, o preço médio da criptomoeda teve uma pequena valorização, subindo de R$13.860 para R$13.980. A média diária de negociação também se manteve praticamente estável: 4,60 mil ETH em maio contra 4,64 mil ETH em junho, sinalizando um mercado com menor oscilação, mas ainda com boa liquidez.

No que diz respeito à participação das exchanges, a Binance manteve sua liderança, embora com uma leve queda de participação: de 56,7% em maio para 49,7% em junho. Já o Mercado Bitcoin (MB) ampliou sua presença no mercado ETH-BRL, passando de 22,6% para 24,4%. BitPreço também avançou, de 10% para 12,8%, enquanto a Foxbit se manteve próxima dos 7%. Para a plataforma, o recuo da Binance pode indicar uma leve migração de volumes para plataformas nacionais, impulsionadas por campanhas locais ou maior confiança institucional. A descentralização gradual da liquidez entre as exchanges mostra um amadurecimento do mercado brasileiro de Ethereum, com mais participantes ganhando relevância no ecossistema.

Em outra frente, os investidores nacionais retiraram R$ 57 milhões na 12ª semana consecutiva de entradas em fundos de criptomoedas, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.