A Binance esta 'in love' com a Solana (SOL). A criptomoeda foi um dos grandes destaques do último relatório da exchange que também anunciou estar preparando um sistema de liquid staking para o token SOL em sua plataforma.

No dia 29 de agosto, três das maiores plataformas de negociação, Binance, ByBit e Bitget, anunciaram planos para lançar seus próprios tokens de liquid staking, conhecidos como LSTs (Liquid Staking Tokens), focados no ecossistema Solana.

A Binance, que lidera o setor em volume de negociação, foi a primeira a divulgar seu LST, chamado de $BNSOL. O anúncio gerou grande expectativa entre os investidores, pois a Sanctum, uma das principais fornecedoras de soluções de staking para Solana, está envolvida no desenvolvimento desse novo produto. A Sanctum é amplamente reconhecida por sua expertise em LSTs, o que explica a parceria com a Binance.

Seguindo o exemplo da Binance, a ByBit e a Bitget anunciaram suas próprias versões de LSTs, denominadas $bbSOL e $BGSOL, respectivamente. Esses lançamentos representam uma estratégia das exchanges para fortalecer sua presença no DeFi de Solana, oferecendo produtos que incentivam o staking de SOL e aumentam a liquidez e a flexibilidade para os investidores.

"A Solana, atual quinta maior criptomoeda em capitalização de mercado no mundo, vem se destacando em desempenho de preços e em meio a desenvolvimentos de mercado", aponta relatório da Binance Research. Somente neste ano, o ativo acumula alta superior a 42%, um dos melhores resultados dentre as dez principais moedas em negociação, segundo a CoinMarketCap.

Solana

Segundo o relatório da Binance, na qual a Solana ganhou um amplo destaque, o desempenho da SOL foi impulsionado pelo aumento significativo nos volumes de trading nas corretoras descentralizadas (DEX), que atingiram saltaram 42,2% em julho para um total de US$ 54,6 bilhões.

O movimento foi amplamente alimentado pelo crescente interesse no trading de moedas meme. Além disso, o ecossistema Solana continuou a expandir-se com uma média de 1,7 milhão de endereços ativos diários e um aumento de 18,2% nas transações diárias, que alcançaram 1,3 milhão.

No Brasil, a Solana também é protagonista de um marco para a indústria cripto, depois que a Comissão de Valores Mobiliários (CVM) aprovou o primeiro ETF (exchange traded funds, ou fundos negociados em bolsa) de Solana nas Américas. Um segundo ETF foi aprovado neste mês. Com essas aprovações, o Brasil reforça sua posição como um dos mercados mais inovadores e diversificados de ETFs de criptomoedas no mundo.

O desempenho positivo da criptomoeda também foi impulsionado por importantes desenvolvimentos no espaço de finanças descentralizadas (DeFi). Entre os principais avanços, destacam-se a introdução da Jito Restaking e o lançamento dos mercados de previsão do Drift, que têm atraído a atenção de indivíduos e instituições ao redor do mundo.

"O mercado brasileiro já demonstrou pioneirismo ao lançar ETFs criptoativos, e a aprovação de ETFs de Solana pela CVM reflete uma demanda dos investidores locais e contribui para o otimismo em torno da crescente adoção institucional de criptomoedas no país e no mundo. O Brasil se consolida como um dos mercados com grande potencial de crescimento no mundo e que tem um dos mercados de capitais mais pujantes”, disse Guilherme Nazar, Vice-Presidente Regional da Binance para América Latina.

Com a crescente regulamentação e avanços no mercado de criptomoedas, o Brasil tem se consolidado como um dos principais players no cenário global de ativos digitais, atraindo tanto investidores locais quanto internacionais. A inovação constante no ecossistema de criptomoedas e a expansão dos produtos financeiros relacionados reforçam o futuro promissor do mercado no país.

“A regulação do mercado de criptoativos, sendo trabalhada pelo Banco Central, deve criar uma estrutura de normas que permita o crescimento ainda mais acelerado de usuários de ativos digitais ao conferir regras de proteção e segurança, ao mesmo tempo incentivando a continuidade da inovação", acrescentou Nazar.