Em entrevista ao CNBC na última quarta-feira (2) o bilionário investidor de Wall Street e fundador da Miller Value Partners, Bill Miller contextualizou o Bitcoin (BTC) no cenário geopolítico mundial da atualidade, marcado pela guerra entre a Rússia e a Ucrânia. Autoproclamado “observador do Bitcoin”, Miller sugeriu que o conflito consolida o BTC como reserva de valor e favorece um cenário de alta para a principal criptomoeda do mercado.
O ex-gestor da Legg Mason Capital Management argumentou que a Rússia possui quase 50% de suas reservas em moedas controladas por adversários, no caso 16% em dólares americanos e 32% em euros. O que segundo ele coloca a Rússia em uma posição desconfortável, com exceção de sua reserva em ouro, 22%, imune ao controle de outras nações, conforme repercutiu uma publicação da Exame.
Se você é um país sem uma moeda forte, existem aproximadamente 100 deles, talvez deva pensar em algo que os outros países não possam usar para te machucar. Algo resistente à inflação e que não pode ser fabricado em grandes quantidades. Eu acho que tudo isso é muito bullish (positivo) para o Bitcoin em particular, disse Miller.
Por outro lado, as criptomoedas não seriam um porto segundo para o governo de Vladimir Puttin escapar das sanções econômicas impostas por diversos países ao redor do mundo. Especialistas em política de criptomoedas argumentam que as preocupações de alguns políticos de alto escalão relacionadas a esta possibilidade não se sustentam pelo fato de o mercado de criptomoedas não ser grande o suficiente para suportar as necessidades da Rússia.
Na última terça-feira (1º), o chefe de política da promotora de políticas cripto da Blockchain Association nos Estados Unidos, Jake Chervinsky, postou no Twitter um tópico explicando como “a Rússia não pode e não usará criptografia para evitar sanções”, conforme noticiou o Cointelegraph.
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