O Banco do Brasil anunciou nesta semana que iniciou uma nova fase de testes do Drex, a CBDC do Brasil. Nesta fase, segundo o Infomoney, a instituição começou a testar o fluxo total da moeda digital com os funcionários responsáveis pelas áreas de negócios que deve ser impactadas pelo sistema.

Segundo informou o BB, por meio da emissão de um token RWA atrelado a títulos do tesouro, atualmente o caso de uso liberado dentro do ambiente de testes, será realizado a emissão, transferência, resgate e queima dos tokens.

O banco pretende simular operações de clientes, com interação entre pessoa física e jurídica e B2B (entre instituições financeiras). O BB pretende que os testes ajudem os funcionários de cada área a entender melhor como irá funcionar o fluxo do Drex e como ele vai impactar os negócios do banco.

“A familiaridade com esses procedimentos é importante, pois, para acessar a plataforma Drex, os usuários precisarão de um intermediário financeiro autorizado”, disse o diretor de Tecnologia do BB, Rodrigo Mulinari.

Drex

Durante um painel promovido pela Microsoft, no segundo dia do Febraban Tech, o diretor do Drex dentro do Banco Central, Fábio Araujo, revelou que a CBDC do Brasil entrou oficialmente na 'fase 2' de seus testes e, nela, além da tokenização de títulos públicos, haverá novos casos de uso para a moeda digital do Brasil.

Segundo Araujo, a Fase 2 terá justamente como foco estes novos casos de uso que serão propostos inicialmente pelos consórcios que atualmente participam do Drex e, após, haverá a abertura para novos participantes também proporem novos casos de uso.

Araujo ressaltou que todos os casos de uso que serão apresentados só serão 'aprovados', desde que o regulador deste setor também participe do Drex e dos testes.

"Não podemos colocar o ativo na rede sem o regulador conjunto na rede. Então eu não posso colocar um valor mobiliário sem a CVM. A dica que dou é se os participantes do Drex querem propor um caso de uso eles tem que ver primeiro se o regulador daquele setor topa integrar o consórcio e a rede do BC para testar a solução no Drex", afirmou.

Ainda segundo Araujo, em setores que a regulamentação é fragmentada ou possuem vários reguladores, o BC estuda fazer o caminho 'inverso', ao invés de integrar os reguladores no Drex, a proposta é levar a plataforma do Drex para o sistema legado dos reguladores.

"A gente queria que a maioria dos ativos estivesse no Drex, mas nunca vamos conseguir colocar todos eles para dentro,  então a gente leva o Drex para eles", afirmou.