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Paulo JoséPaulo José

Atlas Quantum terá que pagar R$ 100 mil para ex-funcionário com salário atrasado desde 2019

Além de dinheiro, empresa deve saldo em Bitcoin para coordenador de suporte ao cliente que foi demitido há um ano

Atlas Quantum terá que pagar R$ 100 mil para ex-funcionário com salário atrasado desde 2019
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A Atlas Quantum foi condenada pelo Tribunal Regional do Trabalho da 2ª Região (TRt - 2) a pagar uma dívida de R$ 100 mil com um ex-funcionário que ainda não recebeu o salário de 2019.

Assim, de acordo com a decisão judicial o ex-coordenador de suporte ao cliente da Atlas Quantum deverá receber a verba rescisória apresentada na condenação de forma voluntária.

No entanto, além de dinheiro o ex-funcionário da plataforma alega que possui uma fração de Bitcoin presa no negócio. Porém, a Justiça não acatou o pedido relacionado ao saldo em criptomoedas, já que ele pedia danos morais em relação ao valor retido na Atlas Quantum.

Ex-funcionário processa Atlas Quantum

Um processo trabalhista contra a Atlas Quantum condenou a empresa a pagar voluntariamente R$ 100 mil para um ex-funcionário que foi demitido em dezembro de 2019.

Assim, sem receber salário, férias e verbas rescisórias, o ex-coordenador de suporte ao cliente da Atlas Quantum decidiu procurar a Justiça para quitar a dívida trabalhista.

Inicialmente, o valor da causa foi apontado como R$ 159.278,31 ao considerar o pedido de indenização moral solicitado pelo autor da ação. Mas, com o indeferimento deste pedido, o valor da causa trabalhista foi apontado como sendo R$ 100 mil pela Justiça.

“Narra que não recebeu o salário de nov/19, verbas rescisórias, férias pendentes, vale alimentação e refeição.”

Bitcoin preso

Um processo trabalhista em desfavor à Atlas Quantum cita que a empresa possui uma dívida trabalhista de R$ 100 mil com o ex-coordenador de suporte ao cliente que foi demitido no dia 16 de dezembro de 2019.

Assim, o ex-funcionário da plataforma de arbitragem em Bitcoin alega que não recebeu o salário referente ao mês de novembro daquele ano, além de outras verbas rescisórias.

Enquanto isso, além de não receber o dinheiro devido pela empresa, o ex-funcionário teve também uma fração de Bitcoin bloqueado pela Atlas Quantum, assim como aconteceu com milhares de investidores da plataforma que continuam com saques em atraso.

O valor em Bitcoin que o ex-coordenador de suporte ao cliente possui retido na plataforma é fruto de bonificações oferecidas pela empresa em criptomoedas.

Segundo o processo judicial, a fração de 0,44077140 de Bitcoin (BTC) está retido na plataforma de arbitragem. Sem conseguir sacar as criptomoedas há cerca de um ano, o ex-funcionário da Atlas Quantum pediu indenização moral pelo ocorrido.

Com o indeferimento desse pedido, a Atlas Quantum terá que pagar apenas R$ 100 mil, que corresponde a verba trabalhista que o ex-funcionário tem direito.

Enquanto ao Bitcoin preso na plataforma, a Justiça não deliberou sobre a devolução do valor pela empresa. Como o pedido de devolução em criptomoedas não apresentou provas sobre o bloqueio, o saldo em Bitcoin não foi incluído na decisão sobre o pagamento voluntário da dívida trabalhista por parte da Atlas Quantum.

“Não há nos autos nenhuma prova do alegado bloqueio ou indisponibilidade dos referidos valores.”

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