A Divisão de Crimes Cibernéticos do Escritório do Sheriff do Condado de Benton, no Arkansas, lançou um programa piloto envolvendo a mineração de Bitcoin e outras criptomoedas para monitorar as atividades dos criminosos on-line. A divisão gerou sua própria moeda digital para rastrear crimes como a proliferação de pornografia infantil.

Combate aos cibercrimes

Com base em dados do Escritório Federal de Investigação dos EUA (FBI), houve um aumento no número de indivíduos que utilizam o Bitcoin e navegadores secretos para trocar ou distribuir pornografia infantil, comprar drogas ilegalmente e praticar prostituição ou tráfico de pessoas e outras atividades ilegais.

Em uma entrevista para o canal de televisão de notícias KHBS no início de outubro de 2017, o detetive do condado de Benton, David Undiano, afirmou que o programa pretende ajudar seus pesquisadores a lutar contra crimes que talvez eles não estivessem previamente preparados para processar.

"As pessoas estão vendendo pornografia infantil na dark web e na Internet. Eles estão aceitando Bitcoins, não pagamentos. Não podemos usar o cartão de crédito do escritório do xerife e não podemos trocar pornografia infantil. Precisamos de algum tipo de moeda para obtê-las e então identificar de quem as estamos obtendo. Dessa forma, podemos prender essa pessoa".

Oposição ao programa piloto

No entanto, apesar da eficácia potencial da campanha, algumas pessoas parecem não ser muito favoráveis a ela.

Em sua entrevista à Gazeta Democrata do Arkansas, o potencial candidato a xerife Glenn Latham expressou sua oposição à política, alegando que isso acabaria por resultar em despesas muito elevadas que serão suportadas pelos contribuintes locais.

"Essas máquinas que eles têm que usar necessitam de uma enorme quantidade de energia e os custos de resfriamento vão subir. Isso é mais uma despesa para os contribuintes".