O Esporte Clube Iranduba, clube de futebol feminino do estado do Amazonas, segue em dificuldades depois de não receber pagamentos de patrocínio acordados com a empresa britânica de criptomoedas VeganNation. A informação é do portal Em Tempo.
Uma primeira tentativa de arrecadação conseguiu arrecadar R$ 2.700 em um crowdfunding online. A Federação Amazonense de Futebol (FAF) também repassou mais R$ 2.000 ao clube, que vê riscos para a disputa do campeonato brasileiro.
A VeganNation supostamente lançaria uma criptomoeda "vegana", mas expirou todos os prazos previstos, o último deles em março de 2020. Os investimentos no clube seriam feitos em criptomoedas, que seriam lançadas no Brasil até maio. Os atrasos se arrastam desde o ano passado:
O diretor de futebol do clube, Lauro Tentardini, diz:
"O novo representante da empresa disse que as pessoas que haviam fechado conosco colocaram prazos irreais, que sabiam que o dinheiro só iria sair em 2020. Ele fez uma nova data limite para as moedas entrarem, em 30 de março que também não veio, além de um aditivo, que consta uma indenização. Ou seja, admitindo que falharam"
As jogadoras não recebem desde fevereiro, e a comissão técnica desde 2019. Muitas jogadoras já deixaram o elenco e a diretoria do clube teme por uma debandada maior.
O Iranduba é um time com relevância para o futebol feminino brasileiro. É recordista de público do Campeonato Brasileiro Feminino, terceiro colocado da Copa Libertadores em 2018 e octacampeão amazonense.
Grandes clubes do futebol brasileiro como Corinthians e Flamento também estão contribuindo para leiloar camisas e ajudar o Iranduba, diz o texto.
O clube agora lança uma nova iniciativa, com meta de arrecadação mais ousada, de R$ 900.000, para salvar o clube. A campanha pretende quitar salários e arcar com os custos do futebol, como hospedagem, transporte e alimentação para os profissionais do clube - quando for possível a prática de futebol depois da pandemia.
O comunicado da campanha completa:
"Nós contamos com sua ajuda para manter o clube vivo e quando dizemos 'vivo', estamos falando de pessoas que dependem do Iranduba para sobreviver e também manter algo que não tem preço: o sonho de uma garota de ser jogadora de futebol. Por favor, ajude!
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