A Receita Federal do Brasil, que começou a implementar a tecnologia blockchain na base do Cadastro de Pessoa Física (CPF) em 2018, está se preparando para adotar a tecnologia também na base do Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ). A notícia foi divulgada pelo portal econômico brasileiro CIO nesta quarta-feira, 20 de março.

O portal também conversou com a responsável pelo projeto de implantação de blockchain, a coordenadora-geral de Tecnologia e Segurança da Informação da Receita Federal do Brasil (RFB), Cláudia Maria de Andrade. 

Segundo ela, a adoção de blockchain pela Receita serve pra facilitar o compartilhamento de dados e identificar potenciais fraudes a partir do cruzamento de dados com custo menor e maior confiabilidade.

“Com o Blockchain, tenho uma solução que é segura e com um custo bem inferior em relação a um modelo de webservice, por exemplo”, declarou Cláudia na matéria.

Segundo a coordenadora-geral, um dos maiores desafios da implantação da tecnologia de forma global na organização estatal é a adequação à complexidade e diversidade dos serviços oferecidos pela Receita Federal. 

Ela diz que é preciso “uma solução que seja escalável, e também analisar qual a capacidade desta solução para os meus diversos processos de trabalho.”

Apesar das dificuldades, a matéria do CIO também revela que a implementação de blockchain em diversas áreas da receita já está em desenvolvimento. 

Segundo o texto, a lista inclui a implementação de blockchain na base do CNPJ, o chamado b-CNPJ, que já está pronto e deve ser lançado em breve. Além do cadastro de Pessoa Jurídica, haverá também adoção dos chamados b-Connection e do b-Protocol, que ainda estão em fase de estruturação.

A atuação de Cláudia Maria de Andrade à frente da Tecnologia e Segurança da Informação da Receita Federal rendeu a ela o prêmio Executivo de TI do Ano 2019, na categoria Setor Público. A cerimônia premiação aconteceu também na quarta-feira, 20 de março. O prêmio é uma iniciativa da IT Mídia.