Marcada por uma forte polarização, a eleição presidencial do Brasil se aproxima do segundo turno, que será realizado no próximo dia 30 sob um clima acentuado de rivalidade e até hostilidade, perceptível nas redes sociais e nas ruas, entre boa parte dos eleitores e apoiadores dos candidatos Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Jair Bolsonaro (PL), que disputa a reeleição. 

Com ares de grandes estratégias de mercado ou simples brincadeiras, as coleções de tokens não fungíveis (NFTs) se proliferaram nas principais plataformas de marketplaces deste segmento antes mesmo do registro oficial das candidaturas. Em meados de agosto, por exemplo, ao se digitar “Bolsonaro” no campo de busca do OpenSea, considerado o principal marketplace centralizado de NFTs, a plataforma retornava com 2.647 itens, número que já era de 15.072 na tarde desta sexta-feira (14).

A quantidade de itens da busca por “Lula” também aumentou neste mesmo período, de 2.647 para 15.137, com a diferença que o nome do petista coincide com diversos outros NFTs que não se relacionam com o ex-presidente, mas que também têm o nome de “Lula.” 

Apesar de algumas coleções possuírem nome composto por “Lula” e “Bolsonaro”, o que dificulta o levantamento do número exato de NFTs relacionados aos presidenciáveis,  além da existência de coleções em outras plataformas, os números servem de termômetro da aposta feita pelos idealizadores dos criptoativos em torno dos candidatos. Tanto que a coleção “Presidenciáveis”, por exemplo, tenta emplacar três colecionáveis ao apostar em charges dos políticos para atrair os investidores.

Desde maio o “Bolsonaro Bozo" era oferecido pela bagatela de 22 ETH, US$ 28,1 mil ou R$ 152,4 mil, pelas cotações do Ether na tarde desta sexta. Já o “Lula preso político” era ofertado por 30 ETH, US$ 39,15 mil, em torno de 207,9 mil, enquanto o “Temer Vampirão” saía por 10 ETH, cerca de US$ 13 mil, aproximadamente R$ 69,3 mil.  

Pelo que exibia a plataforma, “Bolsonaro Bozo", “Lula preso político” e “Temer Vampirão” registravam algumas poucas visualizações e nenhuma oferta de compra. Mas a pouca sorte da coleção “Presidenciáveis” não era muito diferente de outras coleções que tentaram explorar o acirramento eleitoral entre Lula e Bolsonaro para venderem NFTs. Outro exemplo é a coleção “Lula vs Bolsonaro” que, pelo monitoramento, havia conseguido efetivar quatro vendas por US$ 11,86 cada uma, cerca de R$ 60,7, de um total de 263 NFTs que compõem a coleção. 

A Dafiti foi por outro caminho na exploração mercadológica dos NFTs, já que a maior fashiontech da América Latina anunciou o lançamento de uma coleção de NFTs que darão desconto no marketplace da marca, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.

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