O mercado de criptomoedas orbitava US$ 2,61 trilhões (+0,9%) em market cap na manhã desta sexta-feira (11), quando o Bitcoin (BTC) era transferido em torno de US$ 82,7 mil (+1,3%) com dominância de mercado a 62,7%, sentimento de medo dos investidores (21%) e a maioria das altcoins avançadas.

O mercado cripto se dissociou nas últimas horas de índices acionários historicamente correlacionados ao desempenho do BTC, como o S&P 500 e o Nasdaq, recuados a respectivos 5.268,05 (-3,16%) e 16.387,31 pontos (-4,31%). A retração sucedia o acirramento da guerra de tarifas entre Estados Unidos e China, iniciada pelo presidente Donald Trump.

Na última quinta-feira (10), a Casa Branca elevou a 145% o total de tarifas a produtos produzidos no país asiático, que, por sua vez, anunciou nessa sexta a elevação de 84% para 125% o percentual de tarifa alfandegária aos produtos dos EUA, segundo informações da agência Reuters.

O temor de uma recessão global, que pode atingir, em cheio, mercados como o de criptomoedas, pela associação ao risco, também era percebido pela queda do barril do petróleo em mais de 10% no acumulado mensal. Já o Volatility Index (VIX), calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, conhecido como índice do medo, voltou a avançar e se localizava a 41,69 pontos (+24%).

Sobre os trilhos da montanha-russa das tarifas alfandegárias, os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e de Ethereum (ETH) mantiveram o movimento de saídas líquidas, em respectivos US$ 149,66 milhões e US$ 38,79 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue. 

O índice altseason, que mede o nível de rotação de capital para os principais tokens em capitalização de mercado, avançava a 18 pontos em sinal de rotação de capital em direção aos tokens. Nesse grupo, o DEXE recuava a US$ 14,69 (-7,1%), o IP se retraía a US$ 4,06 (-4,8%), o EOS era trocado por US$ 0,63 (-4,2%), o HYPE avançava a US$ 15,32 (+7,9%), o ENA era transferido por US$ 0,32 (+8%) e o CAKE se nivelava por US$ 1,99 (+8,5%).

Quanto às altas de dois dígitos percentuais, o FARTCOIN era trocado por US$ 0,89 (+25%), o CRV respondia por US$ 0,62 (+23%), o AB atingia US$ 0,011 (+18,4%), o JASMY era negociado por US$ 0,012 (+14,9%), o POPCAT valia US$ 0,21 (+32,1%), o CVX representava US$ 2,20 (+18,5%), o SWFTV era comprado por US$ 0,015 (+49,8%), o GPRO estava precificado em US$ 79,18 (+46,6%), o ORCA alcançava US$ 2,83 (+46,5%).

Chamava a atenção o desempenho do Onyxcoin (XCN), token de governança da infraestrutura em blockchain para Web3 Onyx, que era transferido por 0,021 (+80,7%) com acumulado de 153% em sete dias, e o Aergo (AERGO), token da plataforma blockchain empresarial de código aberto Aergo, transferido por US$ 0,21 (+37,1%) com um acumulado semanal de 315%.

Gráfico de sete dias do par AERGO/USD. Fonte: CoinMarketCap

Em relação ao XCN, não era possível identificar um evento pontual para a alta do token, já a ascensão do AERGO sucedia o anúncio de fusão do projeto com outros protocolos.

Entre as novas listagens estavam STRAX e VLT na BitMart, PROMPT na Bitrue, Phemex, Binance Futuros, Coinbase, Bybit Futuros, BitMart, LBank, Gate.io, Bitget, OKX e MEXC.

No dia anterior, o BABY estreou com 7.900% em dia de alta do Bitcoin na 'montanha-russa das tarifas de Trump', conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.