Rafaela Romano #35

Chefe de Marketing na Swipe

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Rafaela Romano & Chefe de Marketing na Swipe
Residência São Paulo
Categoria Educação, Tecnologia,
Formação USP
Conhecido por Produzir conteúdo sobre temas relevantes para os entusiastas das criptomoedas.
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Quando eu penso no futuro, uma palavra é responsável por me guiar: interoperabilidade. Para sobreviverem de forma saudável, as criptomoedas precisam evoluir no sentido da conexão com tudo.

Bio:

Mestre em Antropologia pela USP, Rafaela se dedica à um campo de estudo conhecido como “Ciência, Tecnologia e Sociedade”, dentro da antropologia econômica.

No mercado de criptomoedas, tem se dedicado ao estudo dos ativos digitais desde 2015, quando começou a escrever sobre o assunto para portais, fundos e empresas.

Neste período, desenvolveu o projeto “Mulheres Falam sobre Bitcoin”, para ampliar a participação de mulheres no mercado.

Também esteve envolvida com o “brazilians”, comunidade brasileira do STEEM, realizando workshops e projetos de divulgação de suas Dapps.

Atualmente, é chefe de marketing na Swipe, fintech que cria carteiras digitais para empresas de diferentes setores e utiliza tecnologias DLTs para assegurar a segurança desses produtos.

O impacto do Covid-19 no mercado de criptomoedas

Inúmeras organizações internacionais, assim como governos, pediram que as pessoas usassem pagamentos digitais para evitar a contaminação a partir do papel-moeda.

Muito dinheiro precisou ser gasto para desinfetar e deixar as notas em quarentenas, sem contar as grandes emissões que alguns países fizeram. Além da questão de saúde, a verdade é que o dinheiro físico não responde às necessidades da sociedade.

É necessário outras tecnologias, outras soluções. Nesse momento, as criptomoedas podem surgir como uma alternativa.

Ainda é cedo para dizer se isso vai acontecer. Vimos uma grande queda no mercado também. Provavelmente devido a necessidade de realocação dos portfólios institucionais, para respeitar a gestão de risco desses investidores.

O mercado global de criptomoedas daqui a 10 anos

Qualquer projeção de 10 anos é mais um exercício imaginativo do que uma reflexão teórica séria. Então vou me dar a liberdade de responder exatamente assim, com imaginação.

Quando eu penso no futuro, uma palavra é responsável por me guiar: interoperabilidade.

Para sobreviverem de forma saudável, as criptomoedas precisam evoluir no sentido da conexão com tudo. Entre blockchains, interfaces e dispositivos. Atualmente, evoluímos muito pouco nesse sentido. Mas tudo precisa se conectar. Acho que essa é a única forma de resolver o problema da escalabilidade e inovação com segurança.

Quando você tem o primeiro contato com as criptomoedas, é comum a impressão que a blockchain resolve todos os problemas do mundo. Quando você está muito dentro, parece que ela serve para coisas muito pontuais.

Mas um uso realmente interessante é nas economias mais frágeis e nos países em desenvolvimento. Acho que isso também pode proporcionar insights interessantes. Se conseguimos penetrar esse público, focando em soluções de interoperabilidade que respondam às necessidades deles, talvez possam realmente caminhar com a “revolução” das criptomoedas.

Seu papel na indústria de criptomoedas e blockchain

Eu sou pesquisadora e escritora. Isso é claro pra mim desde muito tempo. Então, meu papel

não foge isso. E é muito legal ser antropóloga nesse meio.

O ecossistema das criptomoedas é composto por técnicos incríveis desenvolvendo tecnologias e projetos maravilhosos, mas é muito comum que eles não consigam se comunicar com as pessoas de fora.

O Vitalik ou o Luke Jr talvez sejam exemplos até caricatos disso. Vejo meu papel como uma espécie de tradutora entre técnicos (reguladores, advogados e desenvolvedores) e o público geral. Acho que a antropologia me dá muitas ferramentas para estar aproxima e realizar uma boa interlocução entre esses dois “grupos”. Esse sempre foi o meu papel e vejo que é onde mais posso agregar, tanto hoje quanto no futuro.