Bio:
Rafael Nasser é consultor, pesquisador, professor e empreendedor.
Graduado em Engenharia de Computação, Mestre e Doutor em Informática pela Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (PUC-Rio), é Coordenador Técnico pelo Departamento de Informática da PUC-Rio, onde atua com especial olhar para o fortalecimento da cooperação universidade-empresa e da multidisciplinaridade.
Lidera o enfoque de inovação em diferentes núcleos e iniciativas da universidade, tais como o Laboratório de Engenharia de Software, o núcleo de direito e tecnologia Legalite, Programas de Inovação Tecnológica e a iniciativa de educação digital democrática e gratuita Ecoa PUC-Rio.
O impacto do Covid-19 no mercado de criptomoedas
Deixando o aspecto imediatista de lado (como a precificação dos criptoativos), que transcende qualquer mercado, precisamos nos conscientizar que o Covid-19 está provocando profundas mudanças na sociedade.
Transformações que levariam anos para serem aceitas e se tornarem relevantes em grandes organizações, estão ocorrendo em tempo recorde e com uma intensidade inimaginável (trabalho remoto, assinatura eletrônica, aulas e reuniões online, processos repensados para serem 100% digitais, etc.).
O mundo depois do Covid-19 será inevitavelmente mais digital. As criptomoedas e a tecnologia de blockchain/DLT encontrarão um cenário propício para entregar confiança, eficiência, tokenização e desintermediação em diversos segmentos de negócio.
O mercado global de criptomoedas daqui a 10 anos
A longo prazo acredito no surgimento de criptomoedas estáveis nacionais, em redes multinacionais suportadas por governos, no surgimento de criptomoedas globais “estáveis” para micro-pagamentos e no fortalecimento das criptomoedas “nativas” das principais redes.
Em outras palavras, vejo muito espaço para o surgimento de inovações, tanto de natureza tecnológica, como de também no que se refere a modelos de negócio.
O futuro para as criptomoedas no Brasil?
O Brasil é um país naturalmente “early adopter” de plataformas tecnológicas. Acho que existe um grande lugar de experimentação no país e por ser uma área de pesquisa incipiente, existe muito espaço para os brasileiros.
Seu papel na indústria de criptomoedas e blockchain
O meu papel sempre será de educador e fomentar mudanças positivas… Meu caminho para alcançar tais objetivos sempre foi investindo na relação universidade-empresa e nas pessoas!