Bio:
Advogado formado pela Universidade Presbiteriana Mackenzie, especialista em Direito Tributário pelo Instituto Brasileiro de Direito Tributário (IBDT), MBA em gestão empresarial pela PPUC-RS, possui experiência em grandes escritórios de advocacia e em consultoria na Ernst & Young.
É sócio-fundador da Steinfeld Advocacia, CEO da Bitwolf, investidor e entusiasta de criptomoedas desde 2015.
Também é um dos criadores da Fiscochain, membro da Comissão de Direito Digital e Compliance da OAB Jabaquara e membro do Instituto Brasileiro de Direito Tributário.
Palestrante e autor de diversos artigos relacionados ao direito empresarial, notadamente em questões relacionadas à criptoeconomia, blockchain e compliance.
O impacto do Covid-19 no mercado de criptomoedas
Em tempos de emissão desenfreada de dinheiro, bem como limitação de saques nos bancos ao redor do mundo, o Bitcoin pode finalmente mostrar o motivo pelo qual foi criado: ser uma moeda global, sem ter necessariamente intermediários (como diz o saudoso JR, “exchange não é carteira”) e, o mais importante, ser à prova de inflação.
De todo modo, nesse início de crise, o Bitcoin desvalorizou frente ao dólar, e seguiu o mesmo caminho dos demais ativos financeiros tradicionais, uma vez que a maioria dos investidores querem ter dinheiro em caixa.
No Brasil, o mercado de criptoativos sofre um pouco mais, pois o grande volume de negociações vem do comércio, os quais se encontram fechados em decorrência da quarentena e, consequentemente, não estão precisando pagar seus fornecedores internacionais.
O mercado global de criptomoedas daqui a 10 anos
Dez anos é um tempo bem longo para a área de tecnologia, pois todo mês surgem.
Inovações - e com o mercado de criptoativos não é e nem será diferente. Eu espero que o Bitcoin seja uma moeda disseminada em todas as classes sociais do mundo inteiro, de modo que a população faça pagamentos de forma rápida e fácil.
O futuro para as criptomoedas no Brasil?
Infelizmente o Brasil não é um país que investe em tecnologia e inovação, tendo uma legislação engessada e instituições excessivamente burocráticas.
Por outro lado, temos empreendedores muito criativos, que conseguem passar por diversas dificuldades e falta de incentivo, alcançando resultados expressivos.
Por mais que várias pessoas sejam contrárias a uma regulamentação do setor, o futuro do mercado de criptoativos no Brasil dependerá de criação de regras simples e claras, buscando afastar a estigma de ilegalidade que ainda persegue os players do mercado e principalmente as discricionariedades cometidas por algumas instituições bancárias.
Seu papel na indústria de criptomoedas e blockchain
Estou há três anos me dedicando ao mercado de criptoativos, ajudando empresas, usuários e investidores a superarem as barreiras regulatórias do Brasil, de modo que meu objetivo é sempre buscar uma segurança jurídica a todos que participam da criptoeconomia brasileira.
Além disso, como empreendedor, quero criar e fomentar mais produtos relacionados à criptoativos e blockchain, sempre buscando atender as necessidades do nosso setor ou da sociedade em geral.