Bio:
Bruno Diniz é cofundador da Spiralem, empresa de consultoria focada em inovação para o mercado financeiro e diretor para a América do Sul da Financial Data and Technology Association (FDATA), organização global focada em Open Banking.
Desde 2016, atua como diretor de fintech da Associação Brasileira de Startups (ABStartups), além de lecionar sobre fintech e novas soluções financeiras na Fundação Getúlio Vargas (FGV) e no curso de MBA da Universidade de São Paulo (USP).
Em janeiro de 2020, Diniz lançou seu livro O Fenômeno Fintech, que tornou-se best-seller na categoria bancária e de economia internacional na Amazon Brasil.
O impacto do Covid-19 no mercado de criptomoedas
O COVID-19 irá impulsionar iniciativas de desmaterialização do dinheiro, o que inclui pagamentos instantâneos (o PIX, a ser lançado até o final do ano pelo Banco Central), as criptomoedas (como o Bitcoin, que possuem característica deflacionária) e as moedas digitais emitidas pelos diferentes bancos centrais do planeta, as CBDCs.
Veremos, cada vez mais, a predisposição ao uso dessas soluções, que saem fortalecidas após esse momento de crise global.
O mercado global de criptomoedas daqui a 10 anos
Entendo que um horizonte de tempo tão longo será suficiente para sedimentar definitivamente o uso massivo das criptomoedas e demais ativos digitais na economia. Os próximos dez anos deverão ser bastante acelerados nesse sentido.
O futuro para as criptomoedas no Brasil?
Ainda temos um grave problema relativo à pirâmides financeiras e outras iniciativas fraudulentas que utilizam o nome do Bitcoin aqui no país.
Ultrapassar essa fase é fundamental para que tenhamos um cenário de maior entendimento sobre os ativos digitais e presenciarmos uma evolução maior do seu uso no futuro. O dia em que os criptoativos serão populares e respeitados na economia local vai chegar, mas terá que superar esse desafio antes disso.
Seu papel na indústria de criptomoedas e blockchain
Tenho me envolvido bastante nos últimos anos com iniciativas regulatórias que acabam impactando diretamente o segmento cripto, como o estabelecimento de um Sandbox Regulatório pela CVM.
Para que haja um maior desenvolvimento de novos modelos de negócio no setor, é fundamental termos uma evolução dos mecanismos regulatórios que possibilitarão esse desenvolvimento.
No futuro, continuarei me envolvendo em outras discussões regulatórias fundamentais para o mundo cripto e também relativas à inovação do segmento financeiro como um todo.