Uma nova “altseason” é aguardada por muitos investidores de criptomoedas. O período, conhecido por altas significativas de criptomoedas alternativas ao bitcoin, costuma oferecer muitas oportunidades de lucro para aqueles que souberem identificar as melhores estratégias.

Nesse sentido, Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG, observa um movimento de rotação de capital no mercado cripto. Isso quer dizer que investidores podem estar movimentando seu dinheiro do bitcoin para outras criptomoedas, uma sinalização primária de uma possível “altseason”.

Queda na dominância do bitcoin

“Depois de um longo ciclo em que o Bitcoin liderou o mercado, os sinais de rotação de capital estão cada vez mais claros.A dominância do BTC bateu 66% no início de julho e recuou para os atuais 58%, perdendo sua média móvel anual, um marco que costuma abrir espaço para outros ativos”, disse Matheus Parizotto, analista de research da Mynt, plataforma cripto do BTG Pactual.

A Mynt divulga relatórios frequentes em que os analistas do time de research comentam o cenário atual do mercado cripto e suas oportunidades, disponíveis na íntegra no site ou aplicativo da plataforma. Além disso, a Mynt oferece o investimento direto em carteiras recomendadas desenvolvidas por seus especialistas com rebalanceamento mensal automático. Abra sua conta.

“Nesse intervalo, o Ether saiu na frente: sua dominância dobrou de 7% para 14% em menos de três meses, com preço em dólar subindo mais de 200%. Esse cenário foi impulsionado principalmente pelos fortes fluxos em ETFs de BTC e ETH, além da atuação das Treasury Companies, que deram tração às cotações”, acrescentou Parizotto.

“Agora, o restante do mercado começa a acompanhar: a dominância dos demais criptoativos (excluindo os 10 maiores) fez mínima perto de 7% em julho e atualmente se encontra em 8%, com aceleração clara nos últimos dias”, disse.

Motivos por trás deste fenômeno

Segundo o analista de research da Mynt, uma das principais motivações para este movimento de rotação de capital é o cenário macroeconômico favorável. Nos Estados Unidos, dados divulgados recentemente sinalizam que o Federal Reserve pode tomar uma postura “dovish”, e alimentam expectativas por um corte na taxa de juros do país ainda este ano.

Historicamente, cortes na taxa de juros dos EUA são favoráveis para as criptomoedas, por alimentam o apetite ao risco de investidores ao reduzir o lucro de investimentos de renda fixa.

“O cenário macroeconômico ficou mais favorável ao risco. O mercado aposta em corte de juros nos EUA já em 19 de setembro, e até três cortes de 0,25% até o fim de 2025. Juros mais baixos reduzem o custo de capital e estimulam o investidor a buscar ativos com mais potencial de crescimento. No mercado cripto, isso costuma beneficiar mais as altcoins, como vimos no ciclo de cortes do ano passado, quando elas valorizaram mais que o BTC”, disse Matheus Parizotto.

“Além disso, nos EUA há um momento regulatório bastante construtivo para setores como Stablecoins, DeFi e Tokenização, adicionando dinâmicas específicas para esses segmentos, que podem se beneficiar do aumento do interesse institucional”, acrescentou o analista.

Como aproveitar esse movimento?

Para aproveitar esse movimento do mercado, Matheus Parizotto recomenda “selecionar bem os ativos que irão compor o portfólio”. Nesse sentido, as carteiras recomendadas da Mynt tem apresentado desempenho satisfatório mesmo em momentos de queda do bitcoin, pois têm ativos selecionados e rebalanceados por especialistas de acordo com cenário atual do mercado. Abra sua conta.

“Em blockchains de primeira ou segunda camada, priorizar redes que mostram mais usuários ativos e geração de taxas, que atuam como indicadores da demanda real de uso por essas soluções. Ethereum, Solana e Sui aparecem entre as principais opções”, disse Matheus Parizotto.

“Em DeFi, focar em protocolos que geram receita e redistribuem estes valores com os investidores, seja via recompras e queimas de tokens ou distribuição via staking. Hyperliquid, Aave e Sky surgem como alternativas para composição de portfólio”, disse o analista.

Apesar disso, Parizotto alertou para os risco. O movimento de rotação de capital não é suficiente para determinar a chance de uma “altseason” ou não, que envolve uma série de fatores. O bitcoin, maior criptomoeda do mundo em valor de mercado, pode retomar o protagonismo:

“Esse ambiente amplia as oportunidades, mas também os riscos. Uma virada nos fluxos dos ETFs podem devolver força à dominância do BTC e esfriar as altcoins, enquanto choques macroeconômicos costumam pesar mais entre ativos de menor capitalização”.

Para navegar neste ambiente, o ideal é priorizar qualidade e liquidez: favoreça nomes estabelecidos, com fundamentos em alta, dimensione as posições sem alavancagem e rebalanceie com disciplina”, recomendou o especialista.

 “Se os sinais de rotação de capital e fundamentos perderem força, reduza primeiro a exposição aos perfis mais arriscados’, concluiu.