O dólar perdeu força após fala de Jerome Powell indicar que a taxa básica de juros norte-americana não irá subir no futuro próximo. Com isso, o medo inflacionário ronda os principais relatórios do mercado financeiro e a pandemia segue amedrontando os mercados.
O centro da questão da desvalorização do dólar está justamente na emissão colossal de papel-moeda para manter o sistema financeiro ‘intacto’ durante a crise econômica e sanitária do coronavírus e suas consequências incertezas.
O PIB americano está na casa dos US$ 11 trilhões e o governo imprimiu cerca de US$ 3 ou US$ 4 trilhões para lidar com a crise, o que significa que ele deflacionou sua economia e moeda em 30% ou 40%.
Esse deságio sobre a moeda e por conseguinte, a mesma fração de ágio sobre os ativos financeiros vem alertando todos os economistas e estudiosos sobre um risco de bolha nos mercados de capitais, segundo Salim Ismail, um dos fundadores da Singularity University, como noticiou o Cointelegraph Brasil neste domingo.
Ouro, imóveis e Bitcoin surfam na desvalorização do dólar
O Índice Dólar, que acompanha a moeda norte-americana em relação a uma cesta de seis moedas de mercados desenvolvidos, caiu 0,8%, para seu nível mais baixo nas últimas duas cemanas duas semanas. Já os futuros do ouro subiam 1,9%, estimulados pela expectativa de mais inflação nos EUA.
Na mesma toada o ouro, os imóveis e o Bitcoin subiram imediatamente à fala de Powell semana passada. Os três ativos têm sido vistos como a opção mais fácil para um investidor médio, ou grande em colocar seus ativos neste momento de incertezas. Para os pequenos investidores o Bitcoin é a melhor opção, devido a sua fracionalidade. É possível comprar pequenas quantidades de Bitcoin todos os meses e mantê-los em carteira.
Imagem: Yahoo!Finances
No gráfico acima vemos o desempenho de três índices: ouros, Bitcoin/USD e cotas dos fundos imobiliários do Pennsylvania Real State Investments. O trio vem se destacando, em particular o Bitcoin que superou ambos os ativos na manhã desta segunda-feira (31/08).
Fundos imobiliários brasileiros
Os fundos imobiliários brasileiros também se destacando e atraindo o fluxo de capital para a B3, através da negociação de suas cotas no mercado de opções. Para acompanhar esse mercado é preciso ficar de olho no IFIX, um indicador de desempenho dos fundos imobiliários da B3 (B3SA3).
Imagem: Tradingview
O mercado dos fundos imobiliários cresceu 28% no primeiro semestre do ano e totalizou 2,9 milhões, de acordo com a Associação Brasileira das Entidades dos Mercados Financeiro e de Capitais (Anbima).
Os fundos imobiliários passaram a representar 12% (versus 6% no mesmo período de 2019) de toda a indústria de fundos, atualmente formada por 23 milhões de contas.
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