O Bitcoin (BTC) está muito perto de superar sua máxima histórica, em torno de US$ 73 mil, e iniciar um novo movimento de alta que tem o potencial de levar o valor da maior criptomoeda do mercado para mais de US$ 80 mil.
"O S&P500 deve subir entre 2,5% a 5% nos próximos dias, o que pode fazer o BTC subir em torno de 12%, atingindo os US$ 80 mil", afirma Fernando Pereira, gerente de conteúdo da Bitget.
Segundo Beto Fernandes, analista da Foxbit, os fluxos de capital via ETFs e a macroeconomia foram os principais responsáveis pela alta recente do Bitcoin. Ele destaca que no fechamento de terça-feira, o apetite institucional pela criptomoeda ficou muito claro, o que faz o mercado imaginar agora como essa fatia de investidores pode se comportar quando os Estados Unidos começarem a reduzir os juros.
"Isso pode justamente criar o movimento de FOMO, com muitos players correndo atrás para montar suas posições. Apesar de o mercado estar longe de cravar qualquer ação de corte das taxas nos Estados Unidos, fato é que os dados de emprego se mostraram ainda em uma tendência de baixa, enquanto a economia segue avançando por lá. Se o BCE cortar os juros mesmo, este pode ser mais um indício de pressão ao FED para fazer o mesmo. E aí, o mercado de risco tende a se sentir mais à vontade em fazer suas apostas", disse.
Ele também afirma que na análise técnica a linha de tendência serviu como um forte suporte e que agora, os touros vão precisar mostrar força para tentar, mais uma vez, romper a resistência dos US$ 71,6 mil.
"As linhas do MACD cruzaram para cima, e o RSI subiu para os 63 pontos. Ambos os indicadores apontam como o mercado está, de fato, mais sob controle dos compradores neste momento", disse.
Análise Técnica do Bitcoin
Na mesma linha do analista da Foxbit, Taiamã Demaman, líder de reasearch da Coinext, afirma que um fechamento acima de US$ 71 mil é visto como crucial para manter uma trajetória positiva, com possíveis alvos entre US$ 76 mil e US$ 84.3 mil.
"Observa-se uma potencial finalização da fase de acumulação entre 7 e 14 de junho, influenciada pelo indicador Hash Ribbon e fatores macroeconômicos. Embora menos provável, correções poderiam levar os preços para o intervalo de US$ 66 mil a US$ 63.575 mil", disse.
Segundo ele, caso o Bitcoin não ultrapasse US$ 71 mil até 17 de junho ou US$ 74 mil até o final do mês, poderia entrar em uma nova fase de acumulação, com possíveis retestes entre US$ 46 mil e US$ 57 mil até meados de agosto.
Ele também afirma que uma análise do Hash Ribbon, que mede a pressão de venda dos mineradores e os ajustes na dificuldade de mineração, reforça essas expectativas.
Além disso, segundo o analista, é importante considerar o impacto do halving, ocorrido em 20 de abril, que historicamente pode desencadear até três meses de acumulação. Estamos quase na metade deste período, indicando que o mercado pode manter uma lateralidade por mais 4 a 6 semanas.
Demaman observa que para a dominância do Bitcoin, é crucial que haja um rompimento acima de 55% até o meio deste mês. Caso contrário, a perda do nível de 54,6% sinalizará uma fase de lateralização e reacumulação. No entanto, ele aponta que essa situação ainda poderá oferecer uma oportunidade para investimentos de curto prazo em altcoins até o meio de julho.
"A análise on-chain do Bitcoin revela uma exaustão dos vendedores, com o preço se mantendo acima de US$ 66 mil e uma queda nos volumes de venda. Este cenário se assemelha ao ocorrido em outubro de 2023, quando o preço superou os US$ 32 mil após a consolidação impulsionada pela concretização dos ETFs. Além disso, o preço atual para investidores de curto prazo é de US$ 61 mil, reforçando esse patamar como um suporte crítico neste período pós-halving", disse.
Porém, embora a tendência seja de alta, Demaman observa que para o curto prazo, as análises dos mapas de liquidez sugerem que o Bitcoin pode retestar os 67,3 mil dólares com relativa facilidade, mantendo-se na faixa de 67 a 70 mil dólares.
2 criptomoedas brasileiras sobem mais de 312%
Em meio ao cenário de alta do Bitcoin e do otimismo dos investidores do mercado de criptomoedas, dois tokens nacionais aproveitaram o momento e conseguiram registrar forte alta nos últimos dias e meses.
O token Light, da empresa Brillacom, registrou uma valorização de 312,5% nos últimos 9 meses. Em agosto de 2023, 1 milhão de tokens Light DeFi custavam US$ 40, hoje, a mesma quantidade de tokens equivale a US$ 165, segundo dados do Coinmarketcap.
De acordo com Germano Sales, CEO da Brillacom, o crescimento do ativo se deve ao fato dos investidores estarem confiando no projeto desenvolvido, que é único a integrar energia elétrica renovável e tecnologia financeira.
"Este crescimento no desempenho do token Light DeFi se deve à confiança dos interessados no mercado de criptomoedas por depositarem confiança no projeto desenvolvido pela Brillacom. Nosso objetivo é tornar o mundo um lugar melhor e com isso, poder proporcionar resultados sustentáveis dentro de um ambiente inovador por natureza, que é o mercado de criptomoedas”, afirma o CEO.
Outro destaque foi o Cruzeiro Token (CRZO), token oficial do Cruzeiro Esporte Clube, que valorizou 71%, indo de R$ 7,63 para R$ 13, nos últimos quatro dias. A valorização acontece após o Bitybank anunciar a distribuição de R$ 700 mil referentes ao Cruzeiro Token.Este valor distribuído é resultado das transferências de quatro atletas formados nas categorias de base do clube, que totalizam €127.190,79, aproximadamente R$ 700 mil.
"O CRZO tem recebido uma recepção muito positiva. Acreditamos que estamos impulsionando uma tendência robusta no país, que integra o universo do futebol e dos criptoativos", afirma Valdiney Pimenta, CEO do Bitybank.
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