Após recuar da máxima histórica de US$ 112 mil, para a mínima de US$ 103,9 mil, o Bitcoin está se consolidando entre US$ 105 e US$ 106 mil, movimento lateral em uma faixa estreita que sinaliza um rompimento que pode ser dada pelo cenário macroeconômico com a guerra tarifária entre China e EUA.
No final da semana passada, Trump intensificou a retórica contra a China, alimentando preocupações sobre uma nova escalada nas tensões comerciais entre EUA e China. Enquanto Trump acusava a China de violar o acordo de Genebra, a China rejeitou as acusações e ambas as nações voltaram a conversar com a previsão de divulgação de uma conclusão na sexta-feira desta semana.
No entanto, buscando antever o movimento tarifário de Trump, os tarders estão de olho nos dados do PMI de serviços do ISM, que serão divulgados na quarta-feira e a folha de pagamento não agrícola de sexta-feira.
Tudo isso promete impactar o preço do Bitcoin nos próximos dias e decidir o rumo do rompimento da faixa de lateralização. Esta tensão com o cenário macroeconômico fica evidente quando analisado os dados dos ETFs, que registrarem entradas líquidas de US$ 5,23 bilhões em maio, mas saídas de US$ 267,5 milhões em junho. A demanda institucional diminuiu e os ETFs de BTC registraram três dias consecutivos de saídas, a maior sequência de saídas desde meados de abril.
Além disso, o interesse de buscas no Google por BTC caiu para níveis observados quando o Bitcoin era negociado bem abaixo de US$ 69 mil, o que aponta para uma falta de interesse dos investidores de varejo na compra de Bitcoin.
Olhando para o movimento de curto prazo, enquanto EUA e China não resolvem seus conflitos comerciais, uma análise da PrimeXBT, destaca que os níveis de suporte e resistência estão em US$ 103,5 e US$ 110 mil respectivamente.
“Se os vendedores retirarem 103,5 mil, isso poderá abrir caminho para uma liquidação mais acentuada em direção a 100 mil. Caso o momentum de alta se intensifique, os compradores podem buscar a resistência em 110 mil. Acima disso, 111,9 mil e novas máximas históricas entram em foco”, disse.
5 criptomoedas para comprar em junho
Atento a este cenário, o analista da Foxbit, Beto Fernandes, que foi certeiro ao prever a máxima histórica do BTC no mês passado, indicou ao Cointelegraph 5 criptomoedas que podem ter um bom desempenho em junho e devem estar no radar dos investidores. Confira.
Bitcoin (BTC)
O BTC acabou de renovar sua máxima histórica, o que já faz dele um ativo para acompanhar. Apesar das correções serem comuns neste momento de mercado, há também um otimismo em torno do ativo, justamente por seu desempenho. Não à toa, os fluxos de capitais continuam constantes, com os ETFs voltando a registrar aplicações a níveis não vistos desde novembro do ano passado.
Ethereum (ETH)
A atualização Pectra do foi implementada corretamente, abrindo um novo capítulo na vida do Ethereum. Os impactos do upgrade, porém, costumam levar tempo, já que suas vantagens aparecem mesmo diante do uso crescente da rede.
Mesmo que ainda não tenha precificado adequadamente seu valor, o token segue em uma esteira forte de desenvolvimento, sendo uma das blockchain mais movimentadas do mundo. Mas vale uma atenção redobrada. Afinal, o token teve uma alta de quase 70% nas últimas sete semanas. Nesse caso, uma realização de lucros mais acentuada poderia reverter o preço do ativo.
Pendle (PENDLE)
A PENDLE teve uma espécie de reviravolta, quando o protocolo passou a ser responsável por 30% de todo TVL em stablecoins. Inclusive, cerca de 83% dos ativos travados na plataforma são justamente de moedas estáveis. Para o mercado, este pode ser um sinal de confiança no protocolo e uma propensão a escalar ainda mais a tokenização de ativos dentro da rede.
Hyperliquid (HYPE)
Dentro do DeFi, a HYPE tem mantido seu prestígio, principalmente pela variedade de tokens e derivativos disponíveis na plataforma. Mas fora o uso, a rede demonstrou boa vontade com a regulamentação do mercado de criptomoedas, enviando dois pareceres sobre a negociação de perpétuos. Essa proximidade com os órgãos reguladores podem trazer ainda mais confiabilidade ao projeto e tracionar o preço do token.
Tron (TRX)
Apesar de não ser uma grande novidade para o ciclo, a Tron tem sido uma opção secundária ao ethereum em nível tecnológico. O token se tornou um dos principais emissores de stablecoins, enquanto vê discussões sobre a criação e um ETF de TRX nos Estados Unidos. Tudo isso coloca uma evidência no token e pode ajudar a trazer uma visão positiva da criptomoeda para outros players.