O protocolo de finanças descentralizadas Veda arrecadou US$ 18 milhões para acelerar a adoção de sua plataforma de vaults, que permite que emissores de ativos criem produtos de rendimento crosschain, incluindo stablecoins com rendimento.

A rodada de financiamento foi liderada pela empresa de capital de risco CoinFund, com participação adicional da Coinbase Ventures, Animoca Ventures, BitGo, Mantle EcoFund, GSR, Relayer Capital, PEER VC, Draper Dragon, Credit Neutral, Neartcore e Maelstrom, segundo divulgado pela empresa nesta segunda-feira.

Os investidores-anjo da Veda incluem os cofundadores da Anchorage, Ether.Fi e Polygon.

Lançada em 2024, a Veda é um protocolo para tokenização de uma ampla gama de aplicações DeFi, incluindo tokens de staking líquido, contas de poupança com rendimento e stablecoins. Ela sustenta alguns dos maiores vaults do setor cripto, impulsionando plataformas como Liquid da Ether.fi, cmETH da Mantle e o Lombard DeFi Vault.

O valor total em ativos bloqueados na Veda já ultrapassou US$ 3,3 bilhões, segundo dados do setor. 

O valor total bloqueado (TVL) da Veda disparou desde o final de 2024. Fonte: DefiLlama

A Veda identificou uma demanda crescente por geração de rendimento com Bitcoin (BTC), apesar dos desafios.

“A demanda por rendimento confiável com Bitcoin é alta, mas obter mesmo alguns poucos por cento de rendimento costuma ser complexo e demorado”, disse Sun Raghupathi, cofundador e CEO da Veda, ao Cointelegraph.

A Veda está enfrentando esse desafio por meio de sua parceria com a Lombard, desenvolvedora do Bitcoin em staking líquido na Babylon.

O crescimento das stablecoins com rendimento

O investimento da CoinFund na Veda reflete, em parte, sua convicção crescente de que a adoção de stablecoins está acelerando e trazendo mais riqueza para o ambiente on‑chain.

“O próximo passo natural para a riqueza on‑chain é gerar rendimento e tornar seus ativos (moeda fiduciária ou ativos digitais) produtivos”, disse David Pakman, sócio-gerente da CoinFund e chefe de investimentos de risco, ao Cointelegraph.

Quando questionado sobre o crescimento das stablecoins com rendimento que, segundo relatos, têm incomodado o lobby bancário tradicional, Pakman as classificou como uma “inevitabilidade”, acrescentando que elas são “uma forma muito mais conveniente de obter rendimento de baixo risco com moeda fiduciária do que as contas poupança e os fundos do mercado monetário tradicionais”.

“Concordo que, à medida que surgirem cada vez mais stablecoins com rendimento, as contas poupança dos bancos tradicionais estarão ameaçadas e precisarão evoluir”, acrescentou.

Ranking do mercado de stablecoins. Fonte: RWA.xyz

O CEO da Circle, Jeremy Allaire, disse recentemente que a adoção generalizada de stablecoins está se aproximando, prevendo que esses ativos em breve terão seu “momento iPhone”.

O USDC (USDC), da Circle, é a segunda maior stablecoin, com mais de US$ 61 bilhões em circulação. O USDt (USDT), da Tether, é a maior, com valor de quase US$ 156 bilhões.