Uma das maiores empresas de casas de câmbio do mundo, a Travelex, pagou cerca de US$ 2,3 milhões em Bitcoin a hackers que invadiram os sistemas da empresa no fim de dezembro de 2019. A informação é do Valor Econômico.

Segundo a matéria, a Travelex não havia revelado os valores do resgate do ataque de ransomware até esta semana, embora tenha confirmado na época que havia sido vítima de um ataque hacker.

De propriedade do conglomerado Finablr, a Travelex foi invadida na véspera de Ano Novo, permanecendo com seus sistemas offline por semanas. A empresa então teria pago 285 BTCs para reaver o acesso aos sistemas.

Um porta-voz da Travelex teria dito que a empresa seguiu conselhos de especialistas e manteve contato com reguladores e parceiros durante o caso, que é investigado pela polícia do Reino Unido. A lei do Reino Unido não proíbe o pagamento de resgate, mas desaconselha a prática.

O grupo de hackers responsável pelo ataque teria usado o malware Sodinokibi, que também é conhecido como REvil e Sodin, bastante usado para crimes cibernéticos deste tipo em 2019 e 2020.

A empresa vive um grande escândalo de contabilidade e governança, com autoridades e operadores de bolsas de valores questionando a capacidade da empresa diante da crise econômica do coronavírus. Em março, a holding declarou que se preparava para um potencial colapso.

A Finablr disse que nomeou um consultor financeiro independente, o banco de investimentos Houlihan Lokey, para explorar opções para evitar o colapso, incluindo reestruturação da dívida, aumento de capital ou venda de ativos, completa o texto.

LEIA MAIS