Na quarta-feira (23), o usuário do Twitter que se identifica como dealer.eth publicou a carteira de um investidor que aumentou em dez vezes o tamanho de seu portfólio em 35 dias. Para obter o retorno superior a 900%, saindo de US$ 52 mil para US$ 531 mil, o trader recorreu a um dos poucos setores do mercado de criptomoedas que ainda conta com alguma liquidez atualmente: o segmento de memecoins.
Especulando com memecoins
o dia 20 de julho, o trader usou US$ 51,3 mil para comprar a memecoin MOG, e vendeu poucos dias depois para duplicar o capital. O investidor, no entanto, ainda não tinha desistido de negociar o token, e comprou mais unidades ainda em julho. O resultado foi um lucro de quase 800%, após vender 90% de seu saldo em MOG.
3/ He scored massive profits from his trades with $MOG
— dealer.eth (@dealerdefi) August 23, 2023
• He bought: ~8,600,137,792,151 MOG
• Total PNL: ~$325,537
• Total purchase price: ~$51,309
The first 2 trades he flipped for almost 2x
Then he bought the coin in parts and later sold 90% of it, making a gain of ~800% pic.twitter.com/0BjpSna3Wr
Outra memecoin utilizada pelo trader é a SPX6900, através da qual ele obteve US$ 10 mil de lucro com trades executados ainda nesta semana. Em sua operação com o ativo BPD, porém, o trader foi lembrado do caráter arriscado do mercado de memecoins.
Após comprar US$ 23 mil do token BPD, o investimento passou por uma valorização de dez vezes em apenas um dia. O investidor apontado por dealer.eth, contudo, não vendeu o seu saldo, e o token derreteu 90% logo após atingir seu pico.
Gráfico do par BPD/WETH mostrando o colapso do token BPD. Imagem: dealer.eth/TradingView
Mesmo com a perda, o trader ainda tinha outras posições em diferentes memecoins, sendo a DMT uma delas. Em 4 de julho, a carteira analisada por dealer.eth comprou US$ $96.864 do token DMT e, em 20 de agosto, vendeu o saldo por US$ 194,7 mil.
Apesar dos lucros, o autor das publicações ressalta que o trader em questão realizou muitas operações que resultaram em prejuízos. Em seu pico, o total mantido na carteira chegou a quase US$ 570 mil.
Febre das memecoins e seus riscos
Conforme noticiado pelo Cointelegraph no dia 15 de agosto, o Bitcoin (BTC) chegou às suas mínimas históricas de volatilidade. A situação da maior criptomoeda em valor de mercado se estende ao restante do mercado, que exibe baixa liquidez.
Como resultado, traders buscando por lucros no curto prazo recorrem às memecoins, que são ativos criados com o único propósito de especular. Por não possuírem fundamentos, torna-se difícil prever quando uma memecoin desabará, seja pela saída dos investidores, por um golpe aplicado pelos fundadores ou por um hack ao seu contrato inteligente.
Embora apresentem lucros exorbitantes em curtíssimas janelas de tempo, é importante ter em mente que muitas dessas memecoins já possuem ‘insiders’. Ou seja, investidores que sabem o prazo de validade do ativo e vão auferir lucros antes que tudo desabe. Nesse caso, investidores incautos buscando especular servirão de liquidez para os insiders.
Conforme a carteira analisada por dealer.eth mostrou, basta um atraso de alguns instantes para que todo o portfólio derreta ao negociar memecoins.
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