O mercado de criptoativos está com diversos avanços que vão desde a infraestrutura regulatória até a adoção em diferentes setores.

No Brasil, a digitalização de documentos com registro em blockchain vem acelerando o fim da papelada em cartórios, reduzindo custos em até 90% e trazendo segurança jurídica para operações em áreas como precatórios, agronegócio e mercado imobiliário.

No setor de exchanges, a disputa pela liderança global ganhou novos capítulos. A Bitget consolidou-se entre as quatro maiores do mundo em derivativos, movimentando em média US$ 750 bilhões mensais, enquanto a MEXC saltou para a segunda posição global no ranking da CoinGecko, com 8,6% de participação no mercado spot e mais de 40 milhões de usuários em 170 países.

Já a CoinEx reforçou seu portfólio com novas listagens e soluções de pagamentos, enquanto o token nativo da Bitget, o BGB, se destacou como o terceiro ativo mais negociado do mercado, atrás apenas de BTC e ETH.

Outro destaque foi a crescente adoção de stablecoins na América Latina, liderada pela Bitso Business. Segundo relatório apresentado na Stablecoin Conference 2025, o uso institucional desses ativos dobrou em um ano, puxado pelos setores de games e serviços de pagamento.

Empresas da região passaram a utilizar stablecoins também em câmbio, tesouraria e pagamentos B2B, com México, Brasil, Colômbia e Argentina ampliando sua participação. A Bitso aproveitou o evento para lançar nova identidade de marca e premiar soluções inovadoras em pagamentos programáveis e contratos tokenizados.

As inovações também extrapolam o setor financeiro. A BBChain mostrou como o blockchain pode reduzir a falsificação de medicamentos ao oferecer rastreabilidade ponta a ponta e segurança em toda a cadeia farmacêutica.

Enquanto isso, no universo esportivo, os Fan Tokens de Vasco, Fluminense e Palmeiras chegaram à Cube Exchange, ampliando a presença global dos clubes brasileiros no ecossistema SportFi. E no campo dos investimentos tradicionais, estudo da Franklin Templeton destacou que mais de 90% dos ativos globais em ETFs seguem indexados, mas são geridos de forma ativa e disciplinada, consolidando-se como base das carteiras modernas.

Bitget ultrapassa US$ 500 bilhões em volume

A exchange Bitget foi destaque em relatório da CoinDesk, consolidando-se entre as quatro maiores do mundo em derivativos, com US$ 11,5 trilhões negociados entre 2023 e 2025. Atualmente, a corretora movimenta em média US$ 750 bilhões por mês, 90% em derivativos.

O estudo mostra que 80% do volume spot e 50% dos derivativos já vêm de instituições, dobrando os ativos sob gestão no ano. A Bitget lidera em liquidez de ETH e SOL e ocupa a segunda posição em profundidade de BTC, além de registrar baixíssima taxa de slippage em operações de grande porte.

Outro destaque é o token BGB, terceiro ativo mais negociado do mercado em 2025, atrás apenas de BTC e ETH. Para a CEO Gracy Chen, o desempenho mostra que “instituições estão aqui e escolhem confiar na Bitget”, validando a estratégia de escala, segurança e inovação da empresa.

Bitso destaca adoção de stablecoins

Na Stablecoin Conference 2025, a Bitso Business apresentou o relatório Stablecoins Landscape in Latin America, revelando que o uso institucional de stablecoins dobrou entre 2024 e 2025. Setores de games e prestadores de serviços de pagamento lideraram a expansão.

O estudo mostra que empresas estão integrando stablecoins em câmbio, tesouraria e pagamentos B2B, além das remessas. O México segue como líder regional, mas Brasil, Colômbia e Argentina também ampliaram sua participação. Segundo o CEO Daniel Vogel, milhares de companhias já utilizam a infraestrutura da Bitso para pagamentos locais com eficiência e conformidade regulatória.

Durante o evento, a Bitso também anunciou nova identidade visual e premiou projetos vencedores do Hackathon MXNB, que trouxe soluções em pagamentos programáveis, contratos de aluguel tokenizados e firewalls on-chain para contratos inteligentes. A empresa reafirma sua posição como parceira estratégica de mais de 1.900 instituições na região.

A maioria silenciosa dos ETFs é gerida de forma proativa

De acordo com estudo da Franklin Templeton , o mercado de fundos negociados em bolsa (ETFs) segue em forte expansão, com quase 500 novos produtos lançados apenas nos EUA no primeiro semestre de 2025. Apesar do destaque recente para estratégias ativas, mais de 90% dos ativos globais em ETFs ainda estão em estratégias indexadas. No entanto, o termo “passivo” gera equívocos, já que acompanhar índices exige disciplina, supervisão e ajustes constantes.

Os ETFs baseados em índices evoluíram muito além dos benchmarks tradicionais. Hoje, utilizam dados alternativos como imagens de satélite e modelos de linguagem para capturar tendências específicas. Além disso, estratégias de fatores como valor, qualidade e volatilidade oferecem aos investidores maior diversificação e ferramentas para lidar com períodos de dispersão no mercado. O gerenciamento diário envolve rebalanceamentos, fusões, dividendos e câmbio, exigindo decisões técnicas para manter a fidelidade ao índice.

Para investidores, os ETFs indexados oferecem benefícios como diversificação, baixo custo, transparência e eficiência fiscal. Também permitem exposição a centenas de ativos em um só veículo e ajustes intradiários de portfólio. Longe de serem apenas “passivos”, esses ETFs representam um trabalho ativo de gestão operacional para garantir resultados consistentes. Assim, consolidam-se como peças fundamentais na construção de carteiras modernas em um ambiente cada vez mais complexo.

Torq promove debate sobre inovação

O Torq, núcleo de inovação da Evertec Brasil, realiza no dia 10 de setembro o evento Torq Talks, em parceria com a Sling Hub, dentro da SP Tech Week. O encontro discutirá como a inovação aberta está remodelando a indústria financeira brasileira.

A programação inclui uma palestra de João Ventura, CEO da Sling Hub, seguida de um painel com Thiago Iglesias (Torq), Ventura e Juliana Sarillo (BB Ventures). O debate abordará os principais desafios e oportunidades da inovação aberta no país.

Segundo Iglesias, o objetivo é aproximar startups e grandes empresas, gerando insights práticos e acelerando a transformação digital. O evento será realizado presencialmente em São Paulo e também transmitido ao vivo no YouTube da Evertec Brasil.

Fan Tokens brasileiros chegam à Cube Exchange

Os Fan Tokens de Vasco, Fluminense e Palmeiras foram listados na Cube Exchange, da Austrália, ampliando a presença global dos clubes e reforçando o papel da Chiliz como líder mundial em ativos digitais esportivos. A novidade fortalece a conexão entre clubes e torcedores, levando o engajamento além das fronteiras brasileiras.

Esses tokens permitem que fãs participem de enquetes oficiais, tenham acesso a experiências exclusivas e ofereçam uma nova fonte de receita digital para os clubes. Para celebrar a listagem, a Cube organizou torneios de trading que distribuíram US$ 30 mil em prêmios à comunidade.

Segundo Bruno Pessoa, Country Manager da Chiliz no Brasil, o movimento reforça o país como protagonista no ecossistema SportFi, unindo a paixão pelo futebol à inovação digital. O lançamento consolida a estratégia de internacionalização dos clubes brasileiros por meio da blockchain.

MEXC alcança 2ª posição global entre exchanges

A MEXC se tornou a segunda maior exchange centralizada do mundo em volume de negociação à vista, com participação de 8,6% do mercado, segundo a CoinGecko. Em julho de 2025, a plataforma movimentou US$ 150,4 bilhões, alta de 61,8% em relação ao mês anterior.

Enquanto outras grandes exchanges registraram queda de volumes, a MEXC contrariou a tendência e cresceu 3,7% no segundo trimestre. A empresa já atende mais de 40 milhões de usuários em 170 países, consolidando sua base global.

Para a COO Tracy Jin, o resultado demonstra a força da plataforma mesmo em cenários desafiadores. A exchange se apoia em pilares como diversidade de tokens, taxas baixas, liquidez profunda e eventos de airdrop, que têm atraído mais investidores e aumentado a competitividade frente à líder Binance.

Blockchain reduz falsificação de medicamentos

O setor farmacêutico vem adotando o blockchain para combater a falsificação de medicamentos, problema que atinge 10% dos remédios no mundo, segundo a OMS. No Brasil, em alguns segmentos, esse índice chega a 20%. A tecnologia oferece rastreabilidade ponta a ponta e maior transparência na cadeia de suprimentos.

Segundo André Carneiro, CEO da BBChain, a blockchain permite registrar e acompanhar cada etapa de produção e distribuição de fármacos, protegendo dados sensíveis, evitando fraudes e fortalecendo a conformidade regulatória. O uso de tokens para certificar lotes de medicamentos e a tokenização de patentes e pesquisas estão entre os principais avanços.

Além disso, frameworks como o Ptah, desenvolvido pela BBChain, viabilizam redes blockchain seguras e permissionadas para o setor. A tecnologia garante privacidade de dados de pacientes, facilita auditorias e impulsiona a inovação, ajudando a indústria a reduzir perdas financeiras e proteger a saúde pública.

Registros em blockchain

A digitalização de documentos com registro em blockchain vem transformando setores inteiros no Brasil e no mundo. Com validade jurídica, rastreamento total e inviolabilidade, a tecnologia garante agilidade, segurança e até 90% de redução em custos cartoriais, segundo Pedro Xavier, CEO da startup brasileira Mannah.

Casos práticos já mostram os impactos: precatórios digitalizados foram registrados em blockchain, agilizando negociações; no agronegócio, comprovantes digitais facilitam acesso a crédito; e no setor imobiliário, escrituras e laudos digitalizados permitem transações mais rápidas e até vendas fracionadas. A tecnologia também avança em mineração, com relatórios técnicos registrados digitalmente para antecipação de receitas.

A tendência não é apenas local: países como a Estônia já digitalizaram 99% dos serviços públicos em blockchain. Com estimativas de que o mercado global ultrapasse US$ 1 trilhão até 2030, o modelo de “cartório digital global” se firma como nova base de confiança para negócios e governos.