Em um dia de forte oscilação para o mercado de criptomoedas, o Bitcoin registrou uma queda de 5,28%, chegando a ser negociado em US$ 62 mil, no entanto, ao longo da noite de 01 de agosto, iniciou uma recuperação, voltando para US$ 65 mil. Assim, Fernando Szterling, Head of Bipa Premium, mantém uma visão otimista sobre a principal criptomoeda. 

Szterling destaca que, apesar da recente queda, o Bitcoin ainda acumula uma valorização de 52,67% em 2024, e a diferença para atingir o seu all-time high (máximo histórico) é de apenas 15,72%.

“A volatilidade faz parte do mercado de criptomoedas, e o Bitcoin não é uma exceção. Vemos um potencial significativo para a criptomoeda recuperar e superar seu máximo histórico no curto prazo”, afirmou o analista.

O recente avanço da vice-presidente dos EUA, Kamala Harris, nas pesquisas eleitorais, gerou preocupações sobre uma possível presidência Democrata, o que, segundo Szterling, trouxe incertezas ao mercado de criptomoedas.

“Há um receio de que um novo governo Democrata possa adotar políticas mais rigorosas em relação ao Bitcoin, o que contribuiu para a recente queda de mais de 10% nos últimos três dias”, explicou.

Apesar desse cenário, Szterling aponta que o sentimento de mercado ainda se mantém neutro, com um índice de 52 (em uma escala onde 0 representa medo extremo e 100 representa ganância extrema). “O mercado não está entrando em pânico. Estamos vendo uma postura cautelosa, mas há otimismo subjacente”, comentou.

Um dos pontos positivos destacados por Szterling é o desempenho dos ETFs de Bitcoin. Nos primeiros quatro dias de criação, esses fundos registraram uma entrada líquida de mais de US$ 1 bilhão, contrastando com os ETFs de Ethereum, que tiveram uma saída líquida de aproximadamente US$ 500 milhões desde sua criação.

“Os ETFs de Bitcoin demonstram uma confiança contínua dos investidores institucionais na criptomoeda. Isso é um indicativo de que grandes players ainda veem valor e potencial de crescimento no Bitcoin”, observou.

O Bitcoin atualmente representa 53% do valor de mercado total dos criptoativos, o nível mais alto desde abril de 2021. Esse domínio reflete a confiança do mercado na criptomoeda em comparação com as altcoins, que continuam apresentando uma performance fraca.

“O domínio do Bitcoin sobre o mercado de criptomoedas é um sinal de sua resiliência e de que ele ainda é visto como o principal ativo digital”, disse Szterling.

A queda do Bitcoin ocorre em um momento de turbulência nos mercados tradicionais. O índice S&P 500 recuou 1,65% no dia, e o Bovespa caiu 0,36%. Além disso, o dólar valorizou-se em 1,46% frente ao real, fechando a RUS$ 5,74/US$ 1,00.

“Os mercados tradicionais também estão enfrentando dificuldades devido a dados negativos de atividade manufatureira e aumento de pedidos de seguro-desemprego nos EUA. Isso tem levado a uma expectativa de que o Federal Reserve possa reduzir os juros em resposta aos fracos dados econômicos”, explicou Szterling.

Fernando Szterling conclui com uma perspectiva positiva para o Bitcoin: “Apesar das oscilações recentes, os fundamentos do Bitcoin continuam sólidos. Com a entrada contínua de recursos nos ETFs e o crescente domínio de mercado, estamos otimistas de que o Bitcoin pode não apenas recuperar, mas também estabelecer novos recordes no futuro próximo.”

 5 criptomoedas que podem subir 100% em agosto.

Diante destas perspectivas de melhora no sentimento do mercado cripto e da recuperação do Bitcoin, um importante analista indicou 5 criptomoedas para comprar no mês e que tem chances de subir até 100% no mês.

O especialista é Danilo Matos, Especialista da NovaDAX, que segundo dados do Cointrademonitor é, neste começo de agosto, a segunda maior exchange em volume de negociações de Bitcoin no Brasil.

Confira a análise e as criptomoedas indicadas.

Bitcoin  

Recentemente, o Bitcoin teve um pump no preço, com a maior alta das últimas seis semanas sendo causada pelo discurso do ex-presidente e então candidato à presidência dos EUA, Donald Trump. Independentemente de sua declaração ser uma jogada política ou não, o fato de candidatos à presidência da maior potência do mundo falarem sobre criptomoedas, que anteriormente eram associadas a golpes, é bem significativo.

O mercado de mineração do Bitcoin também voltou a se estabilizar após um período de capitulação, onde a queda do hashrate levou mineradores a vender BTC para manter suas operações. Com o fim desse período, é comum ver o BTC superar a faixa de preço atual.

A expansão da liquidez dos bancos centrais, embora ainda tímida, também influencia o preço do Bitcoin. A liquidez é uma variável crucial que explica as grandes valorizações do BTC nos últimos ciclos. Quanto mais liquidez disponível, mais o mercado está disposto a arriscar.

Com uma inflação mais contida e o nível de desemprego estável em 4%, o Federal Reserve dos EUA tem a possibilidade de adotar uma política monetária mais amena, o que aumenta a liquidez dos mercados. Esse cenário cria um ambiente propício para que comprar US$ BTC a 100 mil dólares seja apenas questão de tempo (e paciência).

Solana

É comum que o preço da moeda reflita o crescimento da blockchain em que ela se encontra, e se depender disso, a US$ SOL está muito bem. A Solana é a blockchain mais rápida no contexto de exchanges centralizadas (CEX), tendo sua base de usuários crescido de 200 mil para 500 mil.

Apesar da recente queda no preço da US$ SOL, a movimentação na rede permanece alta, com taxas de transação significativamente baixas em comparação com outras blockchains: enquanto Ethereum cobra cerca de 4 dólares e Avalanche 17 centavos, Solana mantém suas taxas em apenas 0,2 centavos, sendo favorável a movimentação constante na rede.

Isso se deve à sua tecnologia avançada, que combina contratos inteligentes utilizando múltiplos grupos de processadores e uma estrutura de Proof of Stake (PoS) e Proof of History (PoH), permitindo uma alta escalabilidade e baixas taxas de transação.

A rede Solana também se beneficia de validadores como Firedancer e Jito, contribuindo para uma maior descentralização e robustez. Projetos como Sanctum, focado em staking líquido, estão crescendo rapidamente e melhorando a resiliência e a geração de receita na rede, com as constantes atualizações, como SWQOS, SOLAYER e Colosseum, fortalecendo ainda mais sua infraestrutura.

Resumindo, desde o Q2 de 2023, a Solana cresceu em TVL, volume de DEXs, volume de stablecoins, diversidade de DeFi, taxas de liquid staking, número de NFTs e valor de dinheiro arrecadado. Sigo enxergando a Solana como um investimento de longo prazo, sendo ela uma blockchain que não para de crescer, é esperado que o token US$ SOL continue seguindo os mesmo passos.

Toncoin

Assim como a Solana passou por um super ciclo no último ano com o boom de memecoins e DeFi, algo que a Ethereum também já experimentou, a Toncoin está posicionada para um crescimento semelhante.

Enquanto a Solana foi inicialmente vista como uma "Ethereum Killer", a Toncoin agora é considerada uma "Solana Killer". Toncoin almeja grandes avanços tecnológicos e possui um enorme potencial de desenvolvimento, além de sua moeda ter sobrevivido ao processo da SEC, que obrigou a Ton a se separar do Telegram, e hoje é gerenciada pela TON Foundation.

A Toncoin destaca-se pela sua facilidade de uso e interface amigável, tornando mais fácil para os usuários se exporem ao mundo cripto. Já existe uma carteira cripto integrada ao Telegram, permitindo que as pessoas comprem ativos diretamente dentro da rede.

Originalmente desenvolvida pela equipe por trás do aplicativo de mensagens Telegram, a blockchain da Toncoin garante eficiência e anonimato, além de permitir transações rápidas e seguras. Com seu potencial no curto e médio prazo, a Toncoin é uma moeda a ser observada de perto no cenário cripto.

Ethereum 

Continua sendo a principal plataforma utilizada para a construção de contratos inteligentes e aplicativos descentralizados (DApps), o que a torna a principal rede para NFTs e jogos NFTs, além de produtos e serviços financeiros. Com a aprovação de seus ETFs, que já registraram saídas líquidas de US$ 340 milhões (RUS$ 1,9 bilhão) entre os dias 23 e 29 de julho, marcando a primeira semana desses produtos no mercado norte-americano, o US$ ETH teve alta de 0,55% no primeiro dia.

O esperado é que assim como aconteceu com a aprovação dos ETFs de Bitcoin, é que a movimentação de valorização do Ethereum não seja tão perceptível no primeiro momento. Apesar da subida no primeiro dia, após uma semana, seu gráfico mostra padrões de queda. Não é aconselhado que se compre Ethereum hoje com pensamentos de curto prazo, mas sim no médio e longo prazo, pois a perspectiva para o Ether é bastante positiva.

Turbo 

Trazendo sempre uma memecoin nas indicações, o token Turbo (TURBO) começou como um projeto experimental quando o GPT-4 foi designado para criar uma memecoin com um orçamento de US$ 69.

Desde então, teve um aumento de 2.000% em 2024, demonstrando um forte desempenho inicial. Embora o preço tenha atingido um pico de US$ 0.00978 em 29 de maio, ele caiu para US$ 0.006287 em 23 de julho, quando o interesse esfriou. No entanto, alguns dados sugerem que o TURBO pode alcançar US$ 2.00 em breve, com várias previsões otimistas apontando para esse potencial de alta.

Diversos indicadores técnicos sustentam a tese de valorização da Turbo. O suporte fornecido pelas médias móveis exponenciais (EMA) de 20 e 50 dias, junto com o indicador SuperTrend, que mostra um padrão de compra, sugere um momentum positivo.

A formação de uma "cruz dourada" - quando a EMA de 20 dias cruza acima da EMA de 50 dias - indica um aumento na pressão de compra e um sentimento de alta. Além disso, a análise técnica prevê que o TURBO pode iniciar um rali de alta de 100% e alcançar seu topo histórico anterior de US$ 2.00, especialmente se o token continuar atraindo atenção positiva no mercado de criptomoedas.