Nesta segunda, 14, a Núclea, empresa que vem atuando no mercado de tokenização no país, conquistou uma autorização do Banco Central do Brasil para exercer a atividade de depósito centralizado de ativos financeiros, entre eles Certificado de Depósito Bancário (CDB), Letra de Câmbio (LC), Letra de Crédito Imobiliário (LCI) e Letra Financeira (LF).

Segundo a empresa, o novo serviço vai fazer parte do ecossistema de soluções da Núclea para o mercado de capitais e está alinhado à estratégia de ampliação do portfólio de negócios atual. Com a aprovação, a expansão possibilita que a Núclea passe a ofertar, além do registro de ativos, o novo serviço de guarda centralizada de ativos aos seus mais de 600 grupos econômicos da base atual de clientes.  

“Com a Central Depositária, damos um passo adiante importante para a estratégia da Núclea de ser uma ‘one stop shop’ para o setor financeiro. Vamos manter a qualidade pelo qual somos reconhecidos em registro de ativos com escalabilidade e competitividade em benefício das instituições financeiras e do mercado de capitais como um todo”, explica o CEO, André Daré.   

Em 2024, a Núclea transacionou em seus sistemas mais de 40,7 bilhões de operações que representam mais de R$18,4 trilhões em volume financeiro. A capacidade tecnológica e robustez é comprovada pelo fato de a companhia ser responsável por registro de boletos e recebíveis, além de ser o principal player da liquidação de cartões de débito e crédito no País.  

A expectativa é ter uma participação relevante no mercado de registro e depósito de ativos financeiros ao oferecer acesso a novos modelos que agreguem valor e viabilizem maior independência na utilização de serviços de infraestrutura tecnológica pelas instituições.

“Queremos trazer inovação para um mercado que hoje é consolidado, porém, está em constante evolução com espaço para aceleração e otimização de processos. Com uma larga expertise, a Núclea quer apoiar para que ele se desenvolva cada vez mais”, completa André Daré.  

A construção da Central Depositária é um movimento da Núclea que vem desde 2023 quando anunciou a aquisição da CRT4, que foi incorporada no ano passado e se tornou a área de mercado de balcão organizado da empresa, sob liderança do Superintendente de Negócios Ricardo Dias Gomes desde dezembro.   

O que faz uma Central Depositária 

De modo a garantir a integridade e disponibilidade dos ativos, a Central Depositária, ou Depositário Central, tem a responsabilidade de manter procedimentos de conciliação, divulgar informações aos investidores e assumir o tratamento das movimentações e dos eventos corporativos sendo parte fundamental do processo de liquidação das operações do mercado financeiro, pois garante que o ativo seja transferido somente em razão da compensação financeira de negócios previamente realizados. 

A regulamentação do mercado de capitais no Brasil exige, para que ativos em geral possam ser negociadas em mercado (bolsa de valores ou balcão organizado), que sejam objeto de depósito centralizado, em instituição autorizada a prestar esse serviço, como é o caso agora da Núclea.  

Além de atuar na estrutura e funcionamento relacionado à guarda, à garantia da existência e lastro dos ativos negociados, a Central Depositária tem como incumbência garantir uma segura liquidação das operações, sempre em conjunto aos custodiantes e aos sistemas de negociação e de compensação dos mercados organizados que participa.