O sistema de mensagens interbancárias SWIFT fechou uma parceria com o fornecedor de oráculos de preços Chainlink para trabalhar em um projeto de prova de conceito (PoC) que daria às empresas financeiras dos mercados tradicionais a capacidade de realizar transações em redes blockchain.

O cofundador da Chainlink, Sergey Nazarov, anunciou o projeto na quarta-feira, 28, durante a Conferência SmartCon 2022, que acontece em Nova York , ao lado do diretor de estratégia da SWIFT, Jonathan Ehrenfeld Solé.

A SWIFT está usando o protocolo de interoperabilidade entre cadeias (CCIP) em uma prova de conceito inicial.

O CCIP permitirá que as mensagens SWIFT instruam transferências de tokens on-chain, tornando a rede SWIFT interoperável em diversos ambientes blockchain.

Na conferência, Solé disse que há “interesse inegável de investidores institucionais em ativos digitais”, acrescentando que essas entidades financeiras tradicionais demandam acesso a ativos digitais e tradicionais em uma única plataforma.

O PoC utiliza o protocolo de interoperabilidade de cadeia cruzada (CCIP) da Chainlink, permitindo que as mensagens SWIFT orientem transferências de tokens em quase todas as redes blockchain. De acordo com Nazarov, a funcionalidade acelerará a adoção da tecnologia blockchain de contabilidade distribuída (DLT) nos mercados de capitais e financeiros tradicionais.

O sistema de mensagens interbancárias SWIFT é a plataforma mais utilizada para transações fiduciárias transfronteiriças tradicionais, conectando mais de 11.000 bancos em todo o mundo. Em agosto o sistema registrou uma média de 44,8 milhões de mensagens por dia.

O sistema de mensagens interbancárias SWIFT é a plataforma mais utilizada para transações transfronteiriças de moedas fiduciárias tradicionais, conectando mais de 11.000 bancos em todo o mundo. Em agosto o sistema registrou uma média de 44,8 milhões de mensagens por dia.

No entanto, as transações na rede SWIFT podem levar vários dias para serem concluídas. A empresa está explorando as tecnologias blockchain e DLT e moedas digitais de banco central (CBDCs) para viabilizar transferências mais rápidos.

A Chainlink acrescentou que essa colaboração com a SWIFT permite que as instituições financeiras obtenham capacidade de blockchain sem a necessidade de substituir, desenvolver e integrar novas formas de conectividade em sistemas legados, algo que exigiria modificações substanciais com um custo “excepcionalmente alto”.

Em maio, em uma conferência sobre CBDCs, o CEO da Mastercard, Michael Miebach, disse que espera que em no máximo cinco anos o SWIFT deixe de existir, provavelmente devido à crescente concorrência das CBDCs como forma alternativa para viabilizar pagamentos e liquidações internacionais transfronteiriças.

Mais tarde, a Mastercard fez uma retratação, observando que Miebach simplesmente quis dizer que as operações do SWIFT continuarão a evoluir a partir de seu estágio atual.

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