A empresa de inteligência de negócios que se tornou tesoureira de Bitcoin, Strategy, expandiu significativamente suas reservas de Bitcoin na semana passada, acumulando mais do ativo digital em meio a uma queda mais ampla do mercado que tem pesado sobre o sentimento dos investidores.
A Strategy anunciou na segunda-feira que adquiriu 10.645 Bitcoins (BTC) por US$ 980,3 milhões, pagando um preço médio de US$ 92.098 por moeda.
A compra elevou as reservas totais da Strategy para 671.268 BTC, reforçando ainda mais sua posição como a maior detentora corporativa de Bitcoin do mundo.
O rendimento de Bitcoin da Strategy, uma métrica proprietária que mede a variação percentual das reservas de Bitcoin da empresa em relação ao número totalmente diluído de ações, está em 24,9%, indicando que a estratégia permaneceu eficaz apesar da recente retração do mercado.

A Strategy intensificou suas compras de Bitcoin nas últimas semanas após um período relativamente mais calmo. Como o Cointelegraph noticiou, a empresa comprou 10.624 BTC na primeira semana de dezembro.
Strategy estabelece reserva em dólar americano em meio à volatilidade do mercado
A Strategy estabeleceu uma reserva em dólar americano enquanto enfrenta uma maior volatilidade do mercado após uma forte correção nos preços do Bitcoin e pressão sobre suas ações.
A empresa acumulou uma posição expressiva em Bitcoin direcionando o caixa operacional para o ativo e, mais recentemente, levantando capital por meio da venda de ações e da emissão de dívida para financiar novas compras.
Essa estratégia passou a enfrentar dificuldades com a mais recente queda do mercado de criptomoedas. O Bitcoin caiu de uma máxima histórica de US$ 126.000 para abaixo de US$ 80.000 em novembro, movimento que também pressionou as ações da Strategy, que costumam negociar como um proxy alavancado do ativo digital.

Nesse contexto, a empresa anunciou a criação de uma reserva de US$ 1,44 bilhão em dólares americanos, destinada a cobrir obrigações futuras com dividendos. Segundo a Strategy, a reserva é suficiente para financiar 12 meses de pagamentos de dividendos, com planos de estender a cobertura para dois anos.
O CEO Phong Le disse à CNBC que a medida teve como um de seus objetivos enfrentar o “FUD”, sigla do setor para medo, incerteza e dúvida, que costuma se intensificar em períodos de turbulência no mercado e contribuir para o desconforto dos investidores.

