O mercado de criptomoedas orbitava US$ 3,3 trilhões (-1,2%) em market cap nas primeiras horas desta terça-feira (17). Na ocasião, o Bitcoin (BTC) era transferido em torno de US$ 106,1 mil (-0,9%) com 63,9% de dominância de mercado, sentimento de neutralidade dos investidores (53%) e a maioria das principais altcoins no vermelho, em até 26%. Já o token SPK estreou em listagem global com 3.800%.
A queda dava sinais de precificação do FUD (medo incerteza e dúvida) pelo início da reunião do Comitê Federal de Mercado Aberto (Fomc, na sigla em inglês) entre terça e quarta-feira (18), quando o colegiado de política monetária do Federal Reserve (Fed) decide pela manutenção ou não da atual taxa básica anual praticada pelo banco central dos Estados Unidos, entre 4,25% e 4,50%.
A decisão da autoridade monetária ocorre em um contexto pouco favorável a mercados associados ao risco, como o de criptomoedas. O que se relaciona com a valorização do petróleo nos últimos dias, em decorrência da intensificação dos conflitos no Oriente Médio, entre Israel e Irã. Nesse caso, os bombardeios israelenses iniciados na última semana também atingiram refinarias iranianas, elevando o preço da commodity e, inclusive, pressionando os títulos do Tesouro dos EUA com a consequente perda de força do DXY, índice que mede a força do dólar americano.
O Bitcoin chegou a esbarrar na resistência de US$ 109 mil em um pico intradiário que coincidiu com a alta a respectivos 6.033,11 (+0,94%) e 19.701,21 (+1,52%) do S&P 500 e Nasdaq, índices historicamente correlacionados ao desempenho do BTC. Avanço que coincidiu pela expectativa de um acordo de cessar-fogo mediado pelos EUA, o que não se concretizou.
Em meio ao FUD, o Volatility Index (VIX), “índice do medo” calculado pela Bolsa de Valores de Chicago (CBOE) a partir do desempenho das empresas de capital aberto que compõem o S&P 500, encontrava-se a 20,60 pontos (-1%) com alta acumulada semanal de 20,2%. Já os fundos negociados em bolsa (ETFs) estadunidenses baseados em negociação à vista (spot) de Bitcoin e Ethereum (ETH) avançaram através de respectivas entradas líquidas de US$ 408,59 milhões e US$ 21,39 milhões, segundo dados da plataforma SoSoValue.
O índice altseason, que se referencia pelas 100 maiores capitalizações de mercado de altcoins. encontrava-se recuado de 28 para 23 pontos em sinal de saída de capital dos principais tokens. No grupo das mil maiores altcoins em market cap, o BCH avançava a US$ 468,72 (+3%), o PENDLE era transferido por US$ 3,88 (+3,1%), o FORM se convertia em US$ 2,58 (+2,1%), o KUB pareava US$ 1,64 (+8,6%), o SPX derretia a US$ 1,41 (-15,2%), o IMX valia US$ 0,42 (-9,4%), o SOS se depreciava a US$ 0,062 (-26,2%), o LAUNCHCOIN estava estimado em US$ 0,12 (-25,4%) e o KTA atraía US$ 0,82 (-19,5%).
As altas de dois dígitos percentuais se apresentavam em menor número. Nesse grupo, o Xphere (XP) estava avaliado em US$ 0,026 (+30,9%), o BOMB explodia a US$ 0,0037 (+32,7%), o FAIR3 representava US$ 0,030 (+11,8%), o U2U alcançava US$ 0,0081 (+35,2%), o CRYPTO se quantificava por US$ 0,014 (+28%) com um acumulado semanal de 113,7%), o OBOL era transacionado por US$ 0,13 (+15,5%) e o EPT se nivelava por US$ 0,0059 (+12,8%).
Entre os destaques estava a listagem inicial do Spark (SPK), que se apresenta como um alocador de capital on-chain, para finanças descentralizadas (DeFi), centralizadas (CeFi) e o mercado de tokens de ativos do mundo real (RWA). Entre as exchanges que listaram o SPK estavam OKX Futuros, Bithumb, Bybit Futuros, AscendEX, Crypto.com, Binance Futuros, Gate.io, Huobi, OKX, Phemex, LBank, BitMart e Bitget, onde o SPK era negociado por US$ 0,057 (+2.770%) com um pico de preço de 3.800%.
No dia anterior, o Bitcoin lutava por US$ 107 mil e as criptomoedas avançavam até 60% em meio ao acirramento do conflito entre Israel e Irã, conforme noticiou o Cointelegraph Brasil.