O ecossistema Solana está em destaque no mercado de criptomoedas, após uma série de airdrops que renderam milhares de reais aos usuários da rede. Entre 4 e 7 de dezembro, US$ 220 milhões foram alocados em aplicações da Solana.
Nessa semana, a Fundação Solana, organização sem fins lucrativos dedicada à disseminação da Solana, divulgou os desenvolvimentos feitos na rede em novembro. O grande destaque foi o anúncio do Firedancer, um novo cliente da Solana que busca aumentar a velocidade e a confiabilidade da rede, e reduzir os requisitos de hardware para validadores.
A expectativa é que o Firedancer seja capaz de processar 1 milhão de transações por segundo, além da capacidade de validar vários blocos de forma simultânea. O novo cliente é visto como o marco de uma nova fase para a Solana, que é constituída por uma blockchain escalável e de alto desempenho.
Breakpoint e Brasil
Outro destaque nos anúncios foi a edição deste ano do evento Breakpoint, voltado a expor os desenvolvimentos da rede Solana. As novidades anunciadas durante o evento entusiasmaram os investidores de criptomoedas, com o preço da SOL saltando 40% durante os dias 30 de outubro e 3 de novembro, quando o Breakpoint foi realizado.
Durante o evento, o Brasil e outros países da América Latina receberam atenção especial. O Coffee Break with Circle and Solana Latam convidou todos os latinos presentes no evento para um momento de networking e troca com a equipe da Circle.
“A Solana Foundation está investindo na América Latina e o Brasil é um ponto importantíssimo desse movimento. Estamos apoiando nossos parceiros, como a Circle, a expandir na região. Esse é um dos grandes diferenciais da Solana: trabalhamos com equipes do nosso ecossistema para crescermos juntos e levar os melhores projetos de blockchain para novos mercados”, comenta Diego Dias, Head of Latam da Fundação Solana e responsável pelo Superteam DAO na região.
O Superteam é uma organização autônoma descentralizada (DAO, na sigla em inglês) responsável pela expansão internacional da Solana, que já está em oito países e tem o Brasil, Argentina e Colômbia como próximos destinos.
Desenvolvimentos com AWS e Google
Em 1º de novembro, a Solana anunciou que a Amazon Web Services (AWS) passou a permitir o uso de nós dentro de sua infraestrutura, sendo a única blockchain além do Ethereum a receber este suporte.
Desde o mês passado, é possível operar nós da Solana por meio do serviço de nuvem da AWS, de forma totalmente automática. Esse movimento impulsiona a descentralização da Solana.
“Isso representa um avanço para o ecossistema Solana”, diz Dan Albert, da Fundação Solana. “A experiência necessária para executar um nó caiu significativamente, tornando mais fácil do que nunca a implantação em Solana”.
Além de impactar positivamente na descentralização, executar nós da Solana também se torna um processo mais simples para empresas.
Outra parceria envolvendo a infraestrutura da Solana foi a integração com o Google Cloud BigQuery, o data warehouse sem servidor do Google Cloud. O Google Cloud BigQuery é um recurso que permite que qualquer pessoa, desde desenvolvedores a empreendedores e empresas, acessem dados de arquivos e de insights analíticos.
O BigQuery promete expandir as capacidades de análise de dados da blockchain, funcionando um armazenamento de dados corporativos totalmente gerenciáveis que ajudam a analisar esses dados com recursos integrados, como machine learning, inteligência artificial, análise geoespacial e business intelligence.
“Adicionar Solana ao programa de conjunto de dados públicos do BigQuery é um marco na missão do ecossistema de equipar desenvolvedores e consumidores Web3 com os insights de que precisam para construir de forma mais eficiente e criativa em Solana”, comemora Dan Albert, diretor executivo da Solana Foundation.
Nova casa para a Render e avanço em jogos
A Solana também anunciou outras movimentações em relação a projetos dentro do seu ecossistema. A Render Network, projeto que descentraliza a renderização 3D, finalizou seu processo de migração da rede Ethereum para a Solana no dia 2 de novembro.
O mercado peer to peer Sling, que permite o pagamento em USDC entre pessoas, foi formalmente apresentado, e utilizará a infraestrutura Solana.
Por fim, o GameShift anunciou o início da fase de testes de sua API para jogos baseados em Web3. GameShift é o serviço criado pela Solana Labs que facilita aos estúdios de jogos a criação de itens em blockchain, assegurando que os usuários tenham posse real dos ativos.