A empresa de transporte marítimo anglo-americana Marine Transport International (MTI) implementou seu projeto piloto Blockchain que evitará ataques cibernéticos de tipo NotPetya.

Em um comunicado de imprensa hoje, a MTI, que trabalhou com a Universidade de Copenhague e a Agility Sciences que é baseada em Blockchain para entregar o Container Streams, disse que poderia ver "até 90 por cento de redução" nos custos administrativos.

"Nos últimos meses, a indústria de navegação foi vítima de ataques cibernéticos de escala industrial que deixaram grandes linhas marítimas de envios, como a Maersk, completamente paralisadas e incapazes de servir os clientes", comentou o CEO Jody Cleworth.

"Uma cadeia de suprimentos habilitada para Blockchain é altamente resiliente ao ataque cibernético - uma cópia dos dados de envio essenciais é armazenada em cada nó em uma rede descentralizada, o que significa que, mesmo que um nó seja comprometido, os dados estão seguros".

A logística internacional tem sido um grande objetivo dos protagonistas da indústria que procuram economizar custos e reduzir a papelada através do uso da tecnologia Blockchain.

Junto com a Pacific Lines International neste mês, a própria Maersk fez uma parceria com a IBM, em uma solução Blockchain para aumentar a eficiência gerada pela Hyperledger, apenas uma das múltiplas implementações da plataforma Blockchain da IBM para atingir a economia global este ano.

"Este piloto demonstra o grande potencial das tecnologias de livros-razão distribuídos serem usadas ​​na melhoria dos processos da cadeia de suprimentos", acrescentou Karim Jabbar, do Departamento de Ciência da Computação da Universidade de Copenhague.

"O sistema Container Streams é exclusivo no fato de não exigir a substituição completa dos sistemas existentes - em vez disso, a solução da MTI permite uma interoperabilidade completa com a infraestrutura existente."

O vírus NotPetya ocorreu vários meses após WannaCry, um ataque ransomware Bitcoin que paralisou os sistemas informáticos de empresas e organizações em todo o mundo.

O NotPetya é assim chamado devido à sua interface semelhante ao vírus Petya de 2016, apesar dos pesquisadores concluirem que os motivos dos dois ataques têm pouco em comum.